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05/05/2017 - 07:00

Faturamento do setor pet aumenta 4,9% e fecha em R$ 18,9 bilhões em 2016, revela Abinpet

Entidade aponta que o crescimento é orgânico, por conta dos efeitos da crise. Entre os principais entraves estão a carga tributária e as turbulências econômicas, que afetam confiança do consumidor.

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) divulga os dados consolidados de mercado em relação ao ano de 2016. O faturamento total foi de R$ 18,9 bilhões, crescimento de 4,9% sobre o ano anterior. As projeções da entidade, até setembro 2016, calculavam um crescimento de 5,7%, mas o setor sofreu os fortes efeitos da inflação e da crise econômica, com uma queda estimada em mais de R$ 150 milhões no faturamento. Em 2015, o montante foi de R$ 18 bilhões.

Entre os segmentos da indústria para animais de estimação, Pet Food continua a ser o maior, com 67,5% do faturamento. Em seguida, estão os segmentos de serviços, como banho e tosa, com 16,7%; Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos de beleza) no terceiro lugar, com 8,1% e Pet Vet (produtos veterinários) em quarto lugar, com 7,8%. De acordo com a entidade, o faturamento de Pet Food aumentou 4,9% entre 2015 e 2016. Já Pet Care subiu 5,5% entre esses dois anos, e Pet Vet (produtos veterinários), 6,7%.

“Houve crescimento orgânico no setor, porque os preços tiveram de subir por conta da inflação, ou seja, os números não refletem o desenvolvimento do mercado”, explica o presidente executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França. “Além disso, enfrentamos uma alta carga tributária, que aumenta em 51% o preço final dos nossos produtos”. O executivo explica que a denominação de “produto supérfluo” para ração animal, estipulada pelo governo federal, vai contra a noção atual de como se trata os animais dentro de casa. “O animal de estimação é considerado membro das famílias, e seu bem-estar garante a saúde de todos”.

Para a indústria nacional, entre as atividades mais afetadas estão as exportações (pet food, pet care, pet vet e animais vivos). Em 2015, foram exportados US$ FOB 351,4 milhões (queda estimada de 14% em relação ao ano anterior). Em 2016, as exportações somaram US$ FOB 236,3 milhões, 33% a menos quando comparado com 2015, o menor valor de exportação dos últimos 6 anos. Já as importações de pet food para cães e gatos têm quadro mais estável entre os dois últimos anos. Em 2016, o país importou 1,6% a mais do que em 2015, passando de US$ FOB 6,6 milhões para US$ FOB 6,7.

Mesmo atravessando instabilidades econômicas, o Brasil ainda é um dos principais países do mercado pet mundial situando-se em terceiro lugar, e representando 5,3% de um total de US$ 102,2 bilhões em 2015. A estimativa é que o mercado tenha crescido 1,9%, chegando a US$ 104,1 bilhões no último ano. Os Estados Unidos continuam a liderar a lista, com 42% do faturamento total, seguidos por Reino Unido (6,7%), Brasil, Alemanha (5,1%), França e Japão (ambos 4,6%), Itália (3,1%), Austrália (2,6%), Canadá (2,5%) e Rússia (2,1%). Os dados são da Euromonitor International.

No Brasil, há mais de 132 milhões de animais estimação, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calcula-se que os lares brasileiros possuam mais de 52 milhões de cães, 38 milhões de aves, 22 milhões de felinos e 18 milhões de peixes.

Perfil — A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa a indústria Pet, que congrega os segmentos Pet Food (alimento e ingredientes), Pet Vet (medicamentos veterinários) e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza). A entidade fortalece o setor por meio de ações que contribuem para o desenvolvimento de seus associados e também para aumentar a percepção de que os benefícios da relação entre seres humanos e animais de estimação se estendem a toda a sociedade.

A Abinpet desenvolveu a ferramenta de coleta de dados mais confiável do mercado: o Painel Pet, que é mantido atualizado por dados e informações enviados pelos integrantes do setor. Em 2016, o faturamento da Indústria Pet foi de R$ 18,9 bilhões. É cada vez maior a participação desse setor na economia nacional e, por isso, é parte relevante do agronegócio: 67,5% do faturamento vem dos produtos para nutrição animal, cuja composição é 95% agropecuária, com ingredientes como milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes.

Todos os produtos da indústria de alimentos e medicamentos veterinários são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na Secretaria de Defesa Agropecuária (DFIP, DIPOA e Vigiagro).

A Associação é referência técnica para o setor e publica há nove anos o Manual Pet Food Brasil, adotado pelas principais fabricantes de alimento como guia de boas práticas. O Manual contém informações sobre os padrões técnicos e de qualidade de matérias-primas, parâmetros nutricionais, metodologias analíticas aplicáveis e condições ideais de produção para garantir alimentos seguros aos mercados nacional e internacional. Sua atualização ocorre a cada dois anos, considerando o desenvolvimento do setor.

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