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11/05/2017 - 07:14

Randon atinge Ebitda do 1T17 em R$ 48,2 milhões, alta de 3,8% no 1T17


Superior ao valor obtido no mesmo trimestre de 2016.

O primeiro trimestre de 2017 encerrou com otimismo moderado para as Empresas Randon, apesar dos desafios para a retomada do crescimento econômico sustentável e com reflexos efetivos sobre os resultados. No 1T17, a produção de implementos rodoviários teve queda de 15% em relação ao 1T16. Por outro lado, a produção de caminhões apresentou crescimento de 4%, no comparativo com o mesmo período de 2016, suportado, principalmente, pelo aumento das exportações, impulsionando os volumes de vendas de autopeças. “Mesmo com a confiança de consumidores e empresários melhorando e com o controle da inflação e redução de juros, o cenário do setor automotivo ainda demonstra prudência nos investimentos por parte dos clientes”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina, para quem ainda é preocupante a alta ociosidade do parque fabril automotivo brasileiro.

Diante deste cenário, a receita bruta total, com impostos e antes da consolidação, somou R$ 841,5 milhões no 1T17 ou 17,5% menor quando comparada ao mesmo período do ano anterior (R$ 1,0 bilhão). No comparativo com o 4T16, em que a receita bruta era de R$ 866,8 milhões, houve redução de 2,9% no 1T17. A receita líquida consolidada atingiu R$ 579,7 milhões, retração de 21,1% no comparativo com o mesmo trimestre de 2016. No 1T16, foram vendidos 726 vagões, contra 169 unidades no 1T17 (-76,7%). Esta redução impactou negativamente o comparativo da receita trimestral. Além disto, a apreciação do Real frente ao Dólar afetou positivamente as receitas oriundas do exterior.

As vendas consolidadas para o mercado externo, no 1T17, somaram US$ 30,9 milhões ou redução de 3,9%, em relação ao 1T16. As exportações das Empresas Randon representaram 17,0% da receita líquida consolidada no 1T17, contra 16,6%, no mesmo período de 2016. As exportações para os países do Mercosul e Chile cresceram e representaram 45,0% do total exportado no 1T17. Alguns países deste bloco foram beneficiados pelo aumento da safra, que assim como no Brasil, foi superior ao ciclo anterior e movimentou os negócios. Já as vendas para o continente africano permanecem perdendo relevância nos volumes exportados, representando apenas 4,2% do total exportado (8,0% no 1T16), principalmente devido ao preço do petróleo estar abaixo das marcas históricas.

O Ebitda do 1T17 foi 3,8% superior ao valor obtido no mesmo trimestre de 2016, atingindo R$ 48,2 milhões (8,3% sobre a receita líquida consolidada) ante os R$ 46,5 milhões do mesmo trimestre de 2016 ou 6,3% sobre a receita líquida consolidada. Ajustado aos efeitos do hedge accounting, o ebitda soma r$ 56,5 milhões (9,6% margem ebitda) no 1T17.

O lucro bruto alcançou R$ 118,4 milhões no primeiro trimestre de 2017 e representou 20,4% da receita líquida consolidada, sendo 9,6% inferior ao total obtido no primeiro trimestre de 2016, quando totalizou R$ 131,0 milhões ou 17,8% da receita líquida consolidada. No comparativo com o quarto trimestre de 2016, o lucro bruto teve acréscimo de 2,6%, e a margem bruta passou de 18,6% no 4T16 para 20,4% no 1T17. No 1T17, foi obtido lucro líquido de R$ 1,6 milhão contra R$ 9,6 milhões de prejuízo líquido no mesmo trimestre de 2016. O percentual de margem líquida consolidada ficou em 0,3% no 1T17, contra -1,3% no 1T16.

Desempenho por segmento: implementos e Veículos — O 1T17 iniciou refletindo a fraca demanda dos últimos meses de 2016. Além disso, os volumes deste segmento também foram afetados por mudanças de legislação que causaram redução de pedidos, principalmente de semirreboques canavieiros.

Por outro lado, a safra recorde de grãos ajudou a reduzir o tamanho da frota ociosa e está possibilitando a retomada de negócios em alguns segmentos. O reflexo foi o aumento no número de pedidos ao longo do trimestre, principalmente no mês de março.

Nesse contexto, a Companhia encerrou o 1T17 com a venda de 2.423 semirreboques contra 2.303 unidades no 1T2016 (+5,2%), somando-se as vendas no Brasil e mercado externo.

Vagões ferroviários — O transporte de cargas voltadas à exportação, como grãos, minérios e celulose tem balizado o crescimento do modal ferroviário no Brasil nos últimos anos. No entanto, por contar com um mercado restrito a poucos players, a sazonalidade de pedidos interfere de maneira significativa nos volumes de vendas dos fabricantes de vagões, como foi o caso do 1T17, em que a Companhia vendeu 169 vagões contra 726 unidades no 1T16 (-76,7%). Para o próximo trimestre, a Companhia já está com a carteira definida, mas continua em negociação para volumes adicionais.

Autopeças — O mercado de caminhões vem apresentando um cenário distinto entre mercado interno e externo. Por um lado, a demanda doméstica permanece fraca, registrando queda de 26,3% ano contra ano (9.665 unidades no 1T17 contra 13.110 unidades no 1T2016). Do outro, o crescimento das exportações contribuiu significativamente para números positivos de produção, que registrou crescimento de 4% em relação ao 1T16 (15.748 unidades no 1T17 contra 15.136 unidades no 1T16). Este cenário tem permitido às empresas de autopeças capturar oportunidades para ampliar volumes e receitas, como é o caso da controlada Master, que no 1T17 registrou receita líquida 12% maior quando comparada ao 1T16. As demais empresas dessa divisão também estão apresentando volumes melhores de produção no 1T17 em comparação ao 1T16, e à medida que a crescimento do segmento de caminhões se intensifique, essas empresas poderão se beneficiar de maneira mais consistente.

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