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11/05/2017 - 07:22

Prefeito Crivella anuncia programa social para as comunidades carentes


Cujo objetivo é reduzir índices de criminalidade.

Rio de Janeiro — O Complexo do Alemão vai ser a primeira comunidade do Rio a receber um programa de ações preventivas que busca reduzir os índices de criminalidade, tendo como foco crianças e adolescentes. A novidade foi anunciada pelo prefeito Marcelo Crivella, no dia 8 de maio (segunda-feira), na segunda reunião geral do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que conta com órgãos municipais e forças de segurança de todas as esferas. Centralizado pela Subsecretaria de Planejamento e Gestão Governamental, e com participação direta do Instituto Pereira Passos (IPP) e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o plano piloto deve ser concluído em até duas semanas.

Conduzido pelo prefeito Crivella, o encontro realizado na sala de crise do Centro de Operações Rio (COR) reuniu mais de 40 autoridades de diversas áreas que discutiram também ações de combate à entrada ilegal de armas e munições, dando continuidade ao tema tratado nas duas reuniões técnicas do GGIM. À frente de projetos de segurança em funcionamento em diversos países — como o de videomonitoramento de Madri e o de controle da fronteira mexicana —, o grupo espanhol El Corte Inglés apresentou soluções tecnológicas para ampliar o cerco eletrônico em pontos estratégicos do Rio. Um exemplo são os equipamentos portáteis com visão de Raio-X, como portais e caminhões scanner.

— Em quatro horas de reunião, discutimos a segurança para o Rio que já não suporta mais tanta arma e munição. Vimos exemplos de cercos eletrônicos que deram certo em outras cidades e também tratamos da cidadania. Eu cobrei dos meus secretários a apresentação de ações sociais, como atividades esportivas e de capacitação que vamos levar para as comunidades, começando pelo Alemão. E nosso foco serão as crianças e os adolescentes, porque é triste constatar que a violência não só aumentou, mas ficou mais jovem — disse Crivella, destacando a necessidade imediata de ações que minimizem a evasão escolar.

Na reunião, o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Amendola, reforçou a importância da municipalidade atuar na prevenção primária de forma integrada com as forças de segurança, principalmente a Polícia Militar, mais próxima das comunidades por conta das UPPs.

— A Polícia atua no efeito da criminalidade, mas cabe à prefeitura com o serviço de seus diversos órgãos atuar nas causas, com ações preventivas que resolvam os problemas gerados da violência. Só assim, atuando juntos, é que conseguiremos reduzir os índices de criminalidade. Mas é preciso um planejamento integrado, com cada um fazendo a sua parte. Se isso tivesse sido feito na época da implantação das UPPs, o projeto não teria fracassado — destacou o secretário Amendola.

No encontro, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) das Promotorias de Justiça Criminais, promotora Somaine Patrícia Cerruti Lisboa, ressaltou que a legislação para delitos menores é um dos problemas que propiciam aumentos dos índices de criminalidade:

— Ninguém começa com delitos maiores, e hoje existe um ralo na nossa legislação que é frouxa, permitindo absurdos principalmente na área da infância. Já é possível ao jovem infrator esperar em casa diante da falta de vagas, e estamos falando de jovens que cometem casos graves como estupro. Precisamos de alterações legislativas urgentes. Também acredito que não somos ilhas e precisamos integrar em busca de soluções.

O delegado da 35ª DP (Campo Grande), Marcelo Ambrósio, destacou que a segurança pública é um sistema, e não só coisa de Polícia: — A segurança começa na família e está presente em todas as interações, e passa pelo município também. Um exemplo é o caso da iluminação. Quero até agradecer ao secretário de Conservação que atendeu à nossa solicitação e instalou lâmpadas em um das ruas onde estava havendo muitos assaltos, e depois disso não teve mais nenhum. Isso prova que a segurança é uma questão de todos, e todos têm a contribuir. Com esses esforços vamos mostrar não só ao Brasil, mas ao mundo que o Rio de Janeiro vai conseguir viver em paz.

A reunião foi encerrada com um minuto de silêncio em memória do guarda municipal Danilo Gonçalves, assassinado no último dia 4 de maio ao defender uma vítima de assalto em São Cristóvão. O pedido foi feito pelo prefeito Crivella, que leu um texto em homenagem ao servidor que terá o nome eternizado em uma nova escola municipal.

Além de secretários municipais e de autoridades do Ministério Público, de delegacias da Polícia Civil e do Ministério da Justiça, participaram da reunião representantes de órgãos como o Tribunal de Justiça do Estado; Polícia Federal; Instituto de Segurança Pública (ISP); Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Superintendência de Segurança e Emergência do Aeroporto Internacional Galeão; Secretaria de Estado de Administração Penitenciária; Polícia Rodoviária Federal (PRF); Polícia Militar; Secretaria de Estado de Segurança (Seseg); Corpo de Bombeiros; Procuradoria Geral do Município; Marinha; Defesa Civil; e Guarda Municipal.

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