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17/05/2017 - 08:07

Rebanho bovino pode ganhar peso mesmo no período seco

Quando caem os níveis de energia, minerais, e principalmente os teores de proteína da pastagem, no período seco, o desempenho animal é extremamente prejudicado. No período da seca, as pastagens amadurecem, elevam-se os teores de fibra, diminui a produção de folhas, caem os níveis de energia, minerais, e principalmente os teores de proteína, chegando este nutriente a representar menos de 7% da matéria seca, tornando-se o principal limitante nutricional. Com isso o desempenho animal é extremamente prejudicado, pois o teor mínimo de proteína na dieta (7% na matéria seca) é fundamental para fornecer nitrogênio para a manutenção da multiplicação e ação da microbiota ruminal, que atuará fermentando o alimento ingerido, disponibilizando nutrientes para o bovino.

Para o médico veterinário Marco Antônio Finardi, do Departamento de Nutrição Animal do Grupo Matsuda, “apesar dessas características típicas do período seco, é possível sim ao rebanho ganhar peso durante o período seco, quando se trabalha com proteinados”. Ele explica a afirmação dizendo que, “quando falamos em nutrição de ruminantes, temos que nos atentar para fornecer as melhores condições para a microbiota ruminal, mantendo um equilíbrio entre os nutrientes e dessa forma maximizando o poder de ação dessa microbiota, que disponibilizará e processará por sua vez uma maior quantidade de nutrientes, o que favorece um melhor desempenho dos ruminantes”.

Por esse motivo, quando se adequa os níveis de proteína da dieta no período seco, e consequentemente a capacidade da microbiota em fermentar o volumoso, a forragem ingerida é digerida mais rapidamente, liberando espaço no rúmen para que o animal consiga ingerir mais pastagem, resultando em um consumo maior de energia e proteína, auxiliando o animal a se manter produtivo.

Marco Antônio Finardi ressalta que, “para que o emprego de um suplemento mineral proteico tenha resultado, é fundamental possuir volume de pastagem, mesmo que esteja seca. E o momento certo de começar a fornecer um suplemento mineral proteico específico para a seca depende de se observar a apresentação das pastagens, quando se encontram amareladas e secas. É importante observar esse estágio das pastagens porque caso o suplemento de seca seja fornecido em um momento inadequado, ou seja, quando a pastagem ainda estiver verde, o consumo do suplemento se torna muito baixo, não atendendo as exigências minerais do animal, o que também pode trazer prejuízos no desempenho dos mesmos”.

Por isso o técnico do Grupo Matsuda recomenda “trabalhar com produtos específicos também no período de transição, que envolve a maturação da forragem, até que ela seque. Esses produtos para o período de transição são formulados para atender às exigências animais, propiciando um auxílio à multiplicação da microbiota ruminal quando a pastagem começa a perder valor nutricional (aumento dos teores de fibra e queda dos teores de energia, minerais e principalmente proteína.

Existem proteinados desenvolvidos para cada categoria e proteinados que, por atenderem à categoria mais exigente, que é a de cria, também podem ser utilizados para as outras categorias. O Grupo Matsuda mantém em sua linha, formulações específicas para cada necessidade, dentro de seu Programa de Desempenho Máximo, um protocolo de manejo nutricional desenvolvido pelo Departamento Técnico de Nutrição Animal da empresa, com o objetivo de facilitar o emprego das diversas formulações de suplementos minerais, energéticos e proteicos pelo pecuarista, para que ele obtenha o máximo de resultados possível, dentro de sua propriedade, seja ele produtor de bezerro, de carne, de leite a pasto ou em confinamento, independente do seu sistema de produção ou nível tecnológico adotado em sua propriedade.

Marco Antônio Finardi finaliza afirmando que “é possível sim ganhar peso durante o período seco quando se trabalha com proteinados. Contudo para se conseguir esse resultado é fundamental que seja fornecido aos animais, além de um proteinado adequado à categoria, volumoso à vontade, de forma que o animal tenha em seu rúmen fibras para serem digeridas pela microbiota. Ainda, quanto melhor for a qualidade dessa fibra, melhor será a atividade da microbiota ruminal e consequentemente o desempenho dos animais”.

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