Petrobras estuda alcoolduto para ligar Mato Grosso do Sul ao Paraná

A região de influência será principalmente o norte e o noroeste do Estado do Paraná e o Estado do Mato Grosso do Sul. Além disso, haverá sinergia do alcoolduto com a Hidrovia Tietê-Paraná.

A Petrobras vai iniciar a análise da viabilidade técnica de construção de alcoolduto que ligará Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá, no Paraná. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo e os governadores do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e do Paraná, Roberto Requião, assinaram dia 20 de março, em Foz do Iguaçu, Termo de Cooperação Técnica para a criação do Grupo de Trabalho (GT), com a finalidade de desenvolver os estudos de viabilidade para a execução da obra. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, entre outras autoridades.

O estudo terá como objetivo principal analisar o escoamento da nova produção de etanol dos dois estados para o mercado de exportação, através de um alcoolduto com cerca de 920 km de extensão, desde Campo Grande até o porto de Paranaguá. O Relatório final sobre a viabilidade do projeto será entregue em aproximadamente 90 dias.

A previsão é de que o alcoolduto comece em Mato Grosso do Sul e termine no Paraná. A região de influência será principalmente o norte e o noroeste do Estado do Paraná e o Estado do Mato Grosso do Sul. Além disso, haverá sinergia do alcoolduto com a Hidrovia Tietê-Paraná.

O grupo de trabalho será formado por representantes da Petrobras, da Secretaria de Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul do Estado do Paraná, e da Secretaria de Obras e de Transporte de Mato Grosso do Sul.

Também participam do grupo de trabalho a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a Companhia Paranaense de Gás (Compagas), a Administração dos Portos de Paranaguá (Appa), a Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar) e a Companhia de Gás do Estado do Mato Grosso do Sul (MSgás).

O GT terá como atribuições a definição do traçado do alcoolduto, o levantamento dos tipos de álcool, características físicas e volumes mensais de produção do combustível a ser transportado até Paranaguá, o dimensionamento e definição da tubulação a ser utilizada.

Também serão definidos o projeto preliminar, o orçamento do empreendimento, a análise de viabilidade econômico-financeira, a avaliação do impacto ambiental e suas conseqüências sobre o projeto, entre outras.

Além da criação de cerca de 38 mil empregos diretos e indiretos, o projeto deverá incrementar a economia nacional com o crescimento das encomendas à indústria de base (indústrias de bens de capital, siderurgia, etc.). O alcoolduto terá impactos no desenvolvimento do mercado internacional de álcool. Contribuirá também para a continuidade da liderança brasileira na exportação de álcool e na redução de fretes que tornam o etanol brasileiro ainda mais competitivo. Provocará, ainda, ganhos ambientais com a redução de emissão de CO2 quando comparado com o modal rodoviário.