Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

25/03/2008 - 09:08

Onde está a solução para os congestionamentos da cidade de São Paulo?

As medidas anunciadas pela Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo essencialmente buscam melhorar a gestão do trânsito e embutem a perspectiva de melhorias dos corredores de transporte urbano sobre pneus. Trata-se de ações com alguma importância para reduzir um pouco os efeitos do crescimento acelerado do número de veículos nas ruas, o que acarreta longos congestionamentos e entraves para a mobilidade da maioria das pessoas nas cidades. Outras medidas podem e devem ser tentadas – inclusive formas que restrinjam ou desestimulem o uso de automóveis e motos.

Porém, voltando aos termos do que disse o vice-presidente da Aeamesp – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô, Emiliano Stanislau Affonso Neto em entrevistas recentes sobre os pedágios urbanos e rodízios de placas de veículos, estas serão soluções paliativas, que não resolvem a situação. “Será preciso definitivamente colocar a questão da mobilidade urbana dentro de uma visão de abrangente, incluindo os grandes sistemas de transporte de massa que dão conta de movimentar as grandes metrópoles”, acentua.

A Aeamesp tem reafirmado ser preciso também tornar nacional a questão do travamento urbano. As cidades são os pólos mais dinâmicos da economia e não podem perder competitividade, sob risco de trazer problemas para a própria competitividade do País. Para a diretoria da Entidade é preciso defender com mais vigor a idéia de que os grandes sistemas de transporte urbano e metropolitano devem receber recursos da União. Países como a Espanha, Coréia e China estão tratando de ampliar suas respectivas malhas de metrôs a partir de grandes investimentos feitos pelos respectivos governos centrais.

A cooperação nesta hora pode tirar dessa questão grave o caráter eleitoral – neste caso, contraproducente – que tende a assumir. Naqueles três países, além do investimento do poder central, se consolidou uma união muito grande de todos os níveis de governo, em alguns casos, também com o auxílio da iniciativa privada. Como ficou claro da 13a Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 2007, mesmo os Estados Unidos mudaram a antiga visão de deixar o transporte coletivo em segundo plano, e estão colocando recursos federais significativos em projetos de infra-estrutura de transporte público urbano, com contrapartidas estaduais e locais.

Recentemente, o governo paulista anunciou que estará investindo R$ 16 bilhões nestes quatro anos para aumentar a rede do metrô, requalificar os trens urbanos e adquirir novas composições e sistemas. No metrô carioca, o operador privado promete investir na ampliação da rede para aumentar a oferta. O metrô de Brasília/DF informa que vai inaugurar novas estações e também quer aumentar o número de passageiros transportados. Já o governo federal anunciou investimentos para construir ou ampliar os metrôs de Belo Horizonte/MG, Recife/PE, Salvador/BA, Fortaleza/CE e Porto Alegre/RS.orizo

A Aeamesp reconhece que tais iniciativas são importantes para ampliar ou recondicionar os sistemas sobre trilhos, mas assinala que os esforços até significam apenas diminuição de um atraso de décadas. É preciso garantir as fontes de recursos permanentes para o setor e assegurar que tais recursos sejam efetivamente investidos, independentemente de questões conjunturais ou da vontade política de um ou de outro mandatário.

Perfil da Aeamesp : Criada há 18 anos, a Aeamesp tem defendido o contínuo desenvolvimento da tecnologia metroferroviária e investimentos permanentes em redes estruturadoras de transporte público, em especial os sistemas sobre trilhos, que são estratégicos para todo o País, por reduzirem os custos e aumentarem a competitividade dos principais centros urbanos, dinamizando a economia como um todo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira