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28/06/2017 - 07:30

Homem X Cavalo — Uma relação duradoura

Neste artigo, pretendo mostrar um pouco de como começou a relação homem x cavalo. Para isso, contarei com a ajuda da expert Cristina Pimentel Cintra do Prado, que há 35 anos atua com educação e cavalos e foi consultora técnica do livro “Larousse dos Cavalos” (2006). Ela também é proprietária da Altamira Vivências, no Parque da Água Branca, em São Paulo, empresa voltada para a educação ambiental e esportiva, que desenvolve programas de educação, lazer, cultura e esportes, envolvendo o cavalo como instrumento de linguagem e motivação. É neste local que minhas filhas praticam aulas de hipismo além, é claro, de terem muito convívio com os 11 cavalos que ali se hospedam.

Cristina conta que os primeiros registros da relação do homem com o cavalo estão nas paredes de grutas e cavernas da Europa em forma de arte paleolítica. “São pinturas que, em alguns casos, têm mais de 30 mil anos. Essa relação teve papel decisivo em nossa sobrevivência. Inicialmente como alimento — ainda hoje há lugares como França ou Japão, onde a carne de cavalo é bastante apreciada —, aos poucos o cavalo tornou-se presente em todos os aspectos da nossa cultura e vida cotidiana. O mais provável é que tenha sido primeiramente domesticado na Ásia, há mais ou menos 5.500 anos, um passo importante para aumentar a nossa capacidade de construir abrigos, produzir e armazenar recursos, caçar, plantar e pastorear. Como meio de transporte ampliou literalmente nossos horizontes, carregando famílias e seus pertences para os quatro cantos do mundo.”

E continua: “Companheiro dos heróis, presente em toda mitologia teve reconhecido seu papel de destaque nas batalhas, lado a lado com extraordinários guerreiros. Gregos, persas, egípcios, mongóis, romanos, europeus, chineses e americanos se apoiaram nos cavalos para expandir seus territórios. Reis e imperadores tinham em seus cavalos importantes aliados e, até a primeira Grande Guerra, os batalhões de cavalaria tiveram papel decisivo nas batalhas”, explica.

A especialista lembra, ainda, que o cavalo também teve seu lugar na cultura e nas artes, sendo inseparável da história do circo e das feiras, onde surgiu o carrossel. “Embora ainda presente no cotidiano de inúmeras comunidades rurais, com a invenção da máquina a vapor ele perdeu muito do seu valor prático. No entanto, como é frequentemente utilizado em jogos, esportes e cerimônias, vem mantendo seu importante valor simbólico, representando força, nobreza, beleza e docilidade, permanecendo assim presente em nosso imaginário e fascinando adultos e crianças”, conclui a expert Cristina — com toda a propriedade do mundo, diga-se de passagem!

. Por: Maria Cristina Basile Palermo, psicopedagoga e semanalmente escreve no Blog Educação e Hipismo, contando como uniu a psicopedagogia e o amor pelo hipismo na criação das filhas. | www.educacaoehipismo.com.br

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