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26/03/2008 - 11:25

Iluminação, beleza e segurança na arquitetura

De acordo com os índices da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o número de assaltos às residências triplicou nos três primeiros meses de 2007. Sabendo disso, muitos moradores de casas e condomínios fazem uso dos mais variados equipamentos eletrônicos focados em tecnologia, como biometria, circuitos de câmeras, alarmes, luzes com sensores de presença, vidros blindados, cerca elétrica, entre outras possibilidades. Todas essas ferramentas são usadas na tentativa de ficarem protegidos. Mas, mesmo com tanta tecnologia, porque não estamos seguros?

O problema pode estar no projeto arquitetônico ou na construção do imóvel. Isso porque, antes da realização de um projeto, deve ser feito um estudo da região em que se pretende construir o empreendimento, a fim de avaliar o impacto das variáveis externas, como os índices de criminalidade, atuação de quadrilhas, distância de postos policiais, rotas de fuga, taxa de desemprego e até mesmo o isolamento do local.

Apenas após conhecer os problemas externos é que se torna possível definir estratégias e aplicar técnicas de prevenção de crimes, desde o anti-projeto, ou seja, os primeiros desenhos feitos antes da aprovação da obra na prefeitura. Em parceria, os profissionais devem analisar aspectos importantes da arquitetura, já que eles podem, ao mesmo tempo, colaborar com a beleza, mas dificultar a segurança.

No caso do paisagismo, a atenção deve ser voltada para árvores muito altas, como coqueiros. Elas dão beleza a um projeto, mas quando plantadas próximas aos muros, podem servir de escada. Quanto à iluminação externa, o jogo de luz e sombra, principalmente o que imita a luz prateada da lua, tem a preferência dos especialistas em iluminação, mas quando excedem na sombra, podem facilitar uma invasão. O dry wall - vedete da arquitetura, por utilizar gesso - apresenta-se como uma excelente solução na forma de paredes para separar ambientes. Porém, quando mal localizados, podem ser facilmente rompidos e servir de passagem.

Na garagem, o melhor é utilizar uma iluminação geral e homogênea que pode ser direta ou indireta. Lâmpadas de alta tecnologia como os Leds de cor âmbar são muito aplicados e deixam o ambiente mais sofisticado. Porém, cuidado com a iluminação indireta (quando o foco luminoso é direcionado para as paredes e só então é refletido no ambiente), pois ela pode ocasionar sombras que proporcionam a oportunidade ideal para que criminosos preparem uma invasão do domicílio, por exemplo.

Por fim, o caminho percorrido desde a portaria do condomínio até o hall de entrada das residências precisa de luzes de sinalização. São as chamadas "luzes de balizamento", que iluminam o percurso do veículo e permitem o seu direcionamento com segurança. O que se ignora, porém, é que o caminho está iluminado, mas o ambiente ao redor dele não, e isso cria sombras estratégicas que possibilitam ações criminosas.

Afinal, é preciso cuidado com soluções que dão chance à marginalidade, pois se os detalhes fazem a diferença em um projeto arquitetônico, na segurança a diferença é ainda maior.

. Por: David Fernandes, CPP, diretor da Previne Security, empresa especializada em consultoria em segurança e sistemas integrados. É diretor do 1° Portal do Gestor de Segurança Acadêmico. No Brasil, é o 31º brasileiro a receber o CPP - Certified Protection Professional, maior certificação internacional em segurança e que representa uma medida objetiva do conhecimento e competência de um profissional na área de gestão de segurança empresarial. Em todo o mundo é o maior reconhecimento aos profissionais da área. Também é Diretor de Assuntos de Prevenção do CONSEG Água Fria / Mandaqui / Tremembé.

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