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21/07/2017 - 07:25

Portfólio previdenciário: renda variável


É deveras preocupante o processo de paralisia da economia brasileira. A nação está de tal maneira envolvida com os desdobramentos referentes aos fatos políticos em curso, que parece não haver energia e foco para priorizar a análise de outros aspectos importantes da vida dos cidadãos comuns, que não dependem das benesses do Estado para custear as próprias despesas.

Dado que o aumento da longevidade e a incapacidade do Estado de prover condições mínimas de sobrevivência à população são fatores incontestáveis, torna-se de vital importância o planejamento para o chamado período pós-aposentadoria, quando muitas pessoas sofrem um decréscimo considerável da capacidade física e da renda. Não faz parte da tradição brasileira pensar no futuro distante, pois muitos confundem planejamento com tentativa de adivinhação. Planejar significa preparar-se para o mesmo, exatamente o contrário do que fazem nossos governantes quando estão no poder, condenando permanentemente o país a ocupar posição subalterna na geopolítica mundial.

A premissa básica para obter sucesso no processo de acumulação de reservas financeiras é começar o quanto antes, por volta dos 20 anos de idade. Isso porque, dado o déficit crescente da Previdência Social, é bem provável que, em função da necessidade de futuras reformas severas do sistema, as novas gerações tenham que trabalhar até 80 anos para aposentarem-se, o que acarretará o encargo de acumular vultosas quantias para manter um padrão de vida digno.

Além disso, deve ser ressaltado que, dado o avanço da tecnologia que substitui pessoas nos postos de trabalho, haverá cada vez mais dificuldade para as pessoas que se acostumaram ao chamado “emprego para toda a vida” encontrarem ocupação permanente. Para os interessados em iniciar o quanto antes a formação de um pecúlio previdenciário, visando complementar a renda pós-aposentadoria, o mercado acionário brasileiro pode ser uma boa opção, desde que evitem-se operações especulativas de curto prazo, mais indicadas para especialistas do setor.

O chamado Investimento em Valor, também denominado Análise Fundamentalista, é a técnica adotada pela maioria do mercado para definir que ação comprar, com vistas ao longo prazo (2 a 3 anos, ao menos) e envolve menos riscos aos iniciantes. Mensalmente são publicadas pelas corretoras de valores as sugestões de papéis que têm bom potencial de ganho.

Para o mês de julho, há as seguintes opções: Itaú PN, Petrobras PN, BMF3, Lojas Americanas, Raia Drogasil, Klabin, Renner, Gerdau, Taesa, Vale, Weg, BB Seguridade, Cosan, Rumo, Vivo, Pão de Açúcar, Ambev, B.Brasil, Bradesco, Brasken, BRF, CCR, Embraer, Grendene, Guararapes, Magazine Luiza, Multiplan, Ser Educacional e Suzano. O mercado acionário brasileiro é ainda incipiente em relação aos mercados dos países desenvolvidos. Porém, exige responsabilidade para ser operado. É muito menos complexo do que parece ser. Nesse aspecto, o renomado economista norte-americano, John Kenneth Galbraith, um liberal por excelência, afirmou no livro de sua autoria, “O Dinheiro, de Onde Veio para Onde Foi”: “Nada há sobre o dinheiro que não possa ser entendido por uma pessoa razoavelmente curiosa, diligente e inteligente”. Portanto, o momento atual é muito propício para iniciar a formação de uma carteira de ações, já que há inúmeros papéis de excelente qualidade sendo vendidos abaixo do preço justo. Procurar uma boa corretora é o primeiro passo a ser dado.

. Por: Fernando Pinho, economista, palestrante e consultor financeiro da Prospering Consultoria.| Fernando Pinho, 60 anos, natural de Bauru (SP), é economista e consultor financeiro com vivência em importantes mercados nacionais e internacionais. Em suas análises relaciona estatísticas, matemática financeira, ciência política e história econômica para tratar de realidades complexas que impactam no cenário econômico do Brasil e do mundo. Fernando gosta de trabalhar em cenários econômicos amplos, mostrando causas e consequências de como a economia afeta diretamente a vida de todos, considerando diversos assuntos e variáveis, como Geopolítica, Política Partidária, Política Monetária, Política Câmbial, Ideologias Econômicas, Psicologia do Consumidor, fenômenos e aspectos da globalização. Formado em Economia pela ITE – Instituição Toledo de Ensino (Bauru-SP), Fernando é Pós-graduado em Psicologia Econômica pela PUC SP e Mestre em Finanças pela Universidade Mackenzie.|http://blog.fpinho.com.br.

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