Para especialista da Trevisan, "uma nova bolsa forte dá maior visibilidade ao mercado financeiro nacional"

Foi anunciado na noite do dia 25 de março (terça-feira), a fusão da Bovespa com a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que criará a terceira maior bolsa do mundo e a segunda das Américas em valor de mercado. Ela terá 50% das ações distribuídas para Bovespa e 50% para BM&F. O comunicado que anunciou a fusão diz que a Bovespa e BM&F "decidiram propor aos respectivos acionistas uma integração das atividades das duas companhias, com formação de uma entidade provisoriamente denominada de 'Nova Bolsa', que será uma companhia aberta, registrada na Comissão de Valores Mobiliários, cujas ações serão negociadas no Novo Mercado". O documento também informa que os acionistas da Bovespa Holding receberão pagamento de R$ 1,24 bilhão.

Para o professor de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, a fusão entre as duas bolsas é extremamente positiva para as ambas as empresas, para seus acionistas e para o mercado financeiro brasileiro, uma vez que gera economia de escala, reduzindo os custos operacionais e otimizando os lucros. “Uma nova bolsa forte dá maior visibilidade ao mercado financeiro nacional e expõe as empresas nela cotadas aos investidores internacionais. Como as duas bolsas possuem atividades complementares, a fusão não limita as operações de nenhuma delas”.