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10/08/2017 - 07:52

Goiás é destaque na produção de jeans


Por mês, o Estado produz cerca de 50 milhões de peças de vestuário, a maioria em jeans. Para competir com grandes concorrentes, indústria investe em tecnologias, mas sem abrir mão dos acabamentos artesanais. Para quem nem imagina como funciona este processo, visitar a fábrica da Jean Darrot, em Trindade, pode ser surpreendente.

O Brasil é o segundo produtor mundial de jeanswear, só perde para a China, segundo o relatório do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI). De acordo com o Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral do Estado de Goiás (Sinroupas), Goiás ocupa a 6ª posição no ranking nacional dos maiores produtores de vestuário, sendo o jeans o carro chefe. Por mês, o estado produz cerca de 50 milhões de peças de vestuário, a maioria em jeans, informa o outro sindicato da categoria, Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Goiás (SINVEST).

A produção goiana é reconhecida por sua inovação, diz o presidente do Sinroupas Edilson Borges. Para ele, a presença de quatro faculdades de moda e cursos técnicos agregaram ainda mais a criatividade dos estilistas. “No total, são 2,5 mil indústrias de confecção habilitadas em Goiás”, informa. Além de abastecer o mercado nacional, a produção também vai para Europa e Estados Unidos.

Para competir com grandes players e concorrentes mundiais, a indústria brasileira tem investido em tecnologia, qualidade e design. Líder na produção de jeans no Estado, com uma produção diária de 1,8 mil peças por dia, a Jean Darrot investe em um parque tecnológico avançado, misturando-o ao trabalho artesanal que também é importante para o acabamento das peças. Um dos destaques é o processo de lavagem do jeans para dar o aspecto surrado às peças, uma tendência mundial.

“Para que a indústria possa dar ao jeans, em sua forma bruta, uma cara de envelhecido são necessários muitos cuidados, técnicas e tecnologia. Somente desta forma é possível alcançar um resultado natural e não comprometer tanto a qualidade do tecido”, conta Rúbia Cristina, gerente de fluxo de produção da fábrica.

O grande investimento em tecnologia já pode ser notado desde o setor de modelagem, onde tudo é informatizado, mas a grande “mágica” acontece mesmo na lavagem. “Cada mancha, rasgo, desgaste ou desbotamento é realizado de forma minuciosa, de acordo com a receita elaborada pelos estilistas”, conta a diretora executiva Lorena Darrot.

A fábrica, com 35 anos de história, abriu a unidade especializada de lavagem há cerca de 10 anos e, desde então, investe em tecnologia de ponta para esse processo. Mas há alguns efeitos que só são alcançados por processos manuais mesmo. No total, 480 pessoas trabalham para chegar ao resultado final planejado pelos estilistas.

“Quando eles idealizam a peça, a gente faz um piloto para definir o passo-a-passo, que posteriormente é padronizado e aplicado nas demais”, explica Eusébio Ferreira, coordenador geral da unidade. No total, uma peça pode passar por quase de 10 processos. São profissionais dedicados a executar rasgos, amassados, lixados, tingimentos e outras intervenções que dão o ar surrado para a calça.

Trabalho artesanal - Entre os trabalhos manuais feitos estão os bordados com pedrarias, alguns lixados especiais para desbotar as peças ou a aplicação de produtos. Tudo isso dá mais vida ao desenho feito com o lixado. Sendo assim, a marca possui um contingente de colaboradores destinado especificamente para este trabalho artesanal. Valéria Peixoto é bordadeira e faz parte desta equipe. “Quem vê até pensa que é um trabalho fácil, mas mesmo para quem já tem prática, é algo complicado. É preciso ter muita criatividade, concentração e paciência. Dependendo da complexidade do bordado levamos horas para terminar apenas uma peça”, conta.

Ela conta que, quando o bordado é feito com ajuda das máquinas, tudo é mais rápido. Isso porque elas podem fazer de 800 a 1.200 peças bordadas por dia, dependendo da quantidade de pontos do bordado. “ Por outro lado, as máquinas podem fazer muita coisa, mas há detalhes que só conseguimos fazer manualmente. E são esses detalhes que dão os acabamentos que fazem a diferença das peças”, revela.

Com 32 anos de história, a Jean Darrot tornou-se referência de moda em Goiás. É líder na produção de jeans no Estado de Goiás, se destacando também na alfaiataria, que é desenhada a partir das tendências internacionais de estilo. A empresa fabrica cerca de 30 mil peças por mês, que são distribuídas em suas 20 lojas próprias em Goiás e Tocantins, além de serem revendidas por lojas multimarcas em todo Brasil. No total, são quase 1000 colaboradores diretos e indiretos, envolvidos com os processos de produção.

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