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12/08/2017 - 07:34

Mostra na CAIXA Cultural Rio de Janeiro exibe distopias do cinema nacional

Mostra “Brasil Distópico” apresenta 37 filmes que imaginam diferentes futuros sombrios para o país.

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 15 a 27 de agosto de 2017, a mostra cinematográfica Brasil Distópico, que traça um panorama da produção nacional sobre as distopias. Para a programação, os curadores Luís Fernando Moura e Rodrigo Almeida selecionaram 37 curtas e longas-metragens que imaginam diferentes futuros sombrios para o país, entre clássicos da ficção-científica brasileira e obras menos conhecidas. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

“Se chamamos de utopia uma espécie de futuro ideal, sonhado ou feliz, podemos dizer que a distopia é o seu exato contrário, isto é, um futuro sombrio, que teria dado errado, geralmente marcado pelo medo, pelo desencanto e constrangido por meios sofisticados de opressão, vigilância e controle”, definem os curadores em relação ao tema.

A mostra contribui com a descoberta ou a redescoberta de obras ricas e singulares no cinema nacional, parte delas pouco revisitada pelas últimas gerações ou restrita a um circuito limitado de distribuição. Ao mesmo tempo, propõe uma genealogia da distopia no cinema brasileiro que, ainda que livre e parcial, colabora com a construção de um imaginário ainda tímido sobre a ficção científica na produção cinematográfica nacional.

Na programação, filmes como A noite do espantalho, de Sergio Ricardo; e Hitler, Terceiro Mundo, de José Agrippino de Paula, poderão ser vistos ao lado de longas mais recentes como Serras da Desordem, de Andrea Tonacci; e Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós. Tal aproximação provocará reflexões acerca dos encantos e desencantos estéticos e políticos da época de cada obra e sobre nosso próprio tempo.

Para aprofundar o tema com o público, a mostra oferece um minicurso gratuito sobre a ficção científica no cinema brasileiro nos dias 17, 18 e 19 de agosto (quinta a sábado), sempre às 14h30. Durante os três dias, o professor e pesquisador Alfredo Suppia resgatará a trajetória da ficção científica no cinema nacional, dialogando com outras linguagens no intuito de estabelecer um panorama de diferentes abordagens estéticas, políticas e históricas. Serão disponibilizadas 50 vagas e as inscrições devem ser feitas através do e-mail [email protected] .

A programação inclui, ainda, dois debates. No dia 20 de agosto (domingo), às 17h30, o debate tem o tema Sensibilidades distópicas no presente. Os convidados discutirão o caráter distópico das políticas atuais em diálogo com recente fortalecimento do futurismo e da ficção científica em nosso imaginário. E no dia 24 (quinta-feira), às 19h, na mesa Paisagens distópicas no cinema brasileiro, a conversa trata das características estilísticas e os modos de produção das distopias nacionais. Ambos os debates têm participação gratuita, com ingressos distribuídos 1h antes do início.

As distopias no cinema brasileiro — A curadoria optou por diferentes abordagens na seleção de filmes, convidando o público a descobrir relações, passagens e contrastes entre as diversas obras. Algumas produções revisitam formas de o Brasil catalisar sintomas das grandes crises ocidentais do século XX, como a Guerra Fria e a ditadura militar brasileira, a exemplo de O quinto poder (1962), de Alberto Pieralisi, e Brasil ano 2000 (1969), de Walter Lima Júnior. Outras incorporam de forma mais bruta e cristalina as convenções da ficção científica, encenando a ameaça nuclear e o colapso do planeta, como Parada 88: o limite de alerta (1978), de José de Anchieta; e Oceano Atlantis (1993), de Francisco de Paula.

Há, ainda, aqueles que instalam o cinema de gênero em imaginários locais do Brasil, sequestrando seus modelos para reprocessá-los culturalmente, como é o caso de Abrigo nuclear (1981), de Roberto Pires; e Areias Escaldantes (1985), também de Francisco de Paula. Por fim, há a produção dos últimos dez anos com Brasil S/A (2014), de Marcelo Pedroso; A Seita (2015), de André Antônio; X-manas (2017), de Clarissa Ribeiro; e Hiperselva (2014), de Helena Lessa.

. Brasil Distópico, de 15 a 27 de agosto de 2017, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1, Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca). Telefone: (21) 3980-3815. Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.Lotação: 78 lugares (mais 3 para cadeirantes)?. Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h .Classificação indicativa: ?Consultar programação. Acesso para pessoas com deficiência. Realização: Ponte Produções. Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal. | www.caixacultural.gov.br

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