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12/08/2017 - 07:42

Como transformar TI em TN

Empresas precisam estar atentas para que a informação evolua para conhecimento e possibilite o incremento nos lucros, agregando valor aos clientes.

Há tempos a Tecnologia da Informação vem desempenhando papel primordial nos negócios e auxiliando as empresas na definição de padrões, ferramentas, sistemas e até mesmo de novos processos. A transformação digital enfrentada pelas companhias traz à tona um novo desafio: fazer com que a TI se torne TN, ou seja, Tecnologia de Negócios.

Embora o termo seja relativamente novo, essa sigla decorre de uma longa evolução tecnológica já prevista há algum tempo e que leva o mercado a compreender como a tecnologia pode incrementar os resultados de grandes companhias. Algumas delas já estão realizando a migração para esse nível na prática, utilizando conhecimento para apoiar o negócio e fazendo interface não apenas com o usuário, mas com toda a empresa.

A princípio, o discurso pode parecer repetitivo, afinal, não é de hoje que ouvimos que a TI precisar estar mais próxima do negócio. Isso é passado, assim como dizer que a TI é o negócio. Porém, a necessidade de reinventar-se digitalmente pela qual passam as empresas está fazendo com que o CIO precise sim pensar como negócio e deixe de olhar para a TI tradicional.

Obviamente que o sucesso de qualquer negócio depende de fatores como uma análise precisa de indicadores e por isso é necessário escolher a tecnologia certa para suportar a operação e ter uma boa visão de futuro. Esse é o papel do CIO. Porém, não basta ele se preocupar somente com as as ferramentas que serão adquiritas e implementadas: ele precisa avaliar de perto como os investimentos em TI impactarão no desempenho do negócio e deve ainda planejar as estratégias junto com o restante do board da empresa, traçando um caminho de crescimento contínuo e sendo parte dele.

A questão é que os CIOs ainda não compreenderam que a área de TI deve conversar de igual para igual com as demais áreas. Se avaliarmos o nível dos sistemas e informações utilizados versus o que existe para a TI e traçarmos um paralelo, seria o mesmo que dizer que a TI está vivendo na época das planilhas, enquanto o negócio vive a era do Business Intelligence.

Enxergo que o CIO possui papel extremamente relevante diante dos desafios da transformação digital. Porém, pesquisas recentes do Gartner mostram que 80% dos CEOs têm iniciativas de modelos de negócios digitais, mas somente 70% deles têm um líder digital e, desses, apenas 20% deles são CIOs. E mais: 40% dos CEOs acham que os CIOs têm habilidades para ser o líder digital, enquanto apenas 10% deles mencionam o CIO como fonte primária de informação. Sendo assim, podemos dizer que os CEOs continuam liderando a visão dos negócios digitais, enquanto o CIO está cuidando apenas com a TI tradicional.

Por outro lado, o gestor de TI, diferente dos gestores das demais áreas da empresa, não está munido de sistemas inteligentes e automatizados que o auxiliem na identificação de comportamentos que possam colocar em risco a operação ou mesmo o negócio. O que existe, via de regra, é um mar de fornecedores, ferramentas e equipamentos que entregam apenas dados, com pouca (muitas vezes nenhuma) integração. Uma grande dúvida paira no ar: como fazer a gestão de tudo sem informações quantitativas e qualitativas referentes à performance de cada um dos recursos utilizados?

. Por: Alexandre Paoleschi, CEO da Konics.it .

O agronegócio tem sido a salvação da economia brasileira. Porém, poderia figurar em outro patamar de qualidade. No epicentro de uma economia de mercado, livre e democrática. Desenvolvido em favor de todos os brasileiros e do mundo, não seria necessária uma "bancada ruralista" para defender seus interesses corporativos; interesses de uma minoria, que poderá transformar-se na maioria das empresas produtoras brasileiras.

Nosso solo não foi tratado, como o foi o dos Estados Unidos há um século.

De todo modo, há tempo para salvar a população planetária, por meio de um grande sistema de sustentação alimentar que deve abranger, também, os países africanos. Em 2050 a população do planeta será de aproximadamente 10 bilhões de habitantes e, se não cuidarmos da agricultura, boa parte do povo desfilará em automóveis sofisticados, não tirará seus olhos de aparelhos eletrônicos, mas serão verdadeiros zumbis em busca de alimentos.

Podemos integrar os lavradores pobres dos países em desenvolvimento enquanto processo de prioridade econômica? Sem nenhuma dúvida. Mas, como diz Esther Ngumbi, pesquisadora da Universidade Autum no Alabama, não será nada fácil alimentar o mundo com facilidade. Mudanças climáticas, conflitos sociais e disponibilidade de água doce serão provavelmente os maiores complicadores.

Mas há os micróbios do solo, que, por paradoxal que pareça, podem ser a salvação do homem na terra. Eles ajudam a fomentar a saúde das plantações e melhorar a produção da lavoura. Temos, contudo, que contribuir em favor da população microbiana do solo, repondo-os a solos esgotados e descartando fertilizantes e pesticidas. O meio ambiente agradecerá. Em tal sentido já trabalham vários "startups", como a Biome Makers, de São Francisco, a Indigo, de Boston e a Patway Biologic na Flórida. Mas não devemos ficar dependentes nas mãos de multinacionais americanas.

Nossas Universidades dispõem de boas condições para desenvolver pesquisas microbianas. Os pés de milhos plantados em solos de determinadas bactérias criam raízes três vezes maiores. As bactérias também protegem as lavouras das secas. O mercado atual de micróbios é de US$ 2,3 bilhões e podem atingir US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos.

Ora, o Brasil, com seu imenso território e seus solos disponíveis, continuará a buscar o desenvolvimento por meio só de produtos industriais de valor agregado, setor em drástica crise, ou deve valer-se dessa imensa riqueza para tornar seu agronegócio fonte de manutenção da vida e de sobrevivência do homem no planeta? Essa nossa vocação, assim como de países africanos de amplitude territorial, deveria ser posta na liderança de nossas preocupações do desenvolvimento sustentável; democratizar o agronegócio, fortalecê-lo por meio do BNDES em suas expressões médias e pequenas, será a reforma agrária ditada pela ciência e não pela política. Tal como na homeopatia, as bactérias podem ser a fonte de nossa cura e de nossa expressão mundial, num planeta que depende desesperadamente de projetos de sustentação alimentar, sob pena de caminhar-se para seu fim.

. Por: Amadeu Roberto Garrido de Paula, Advogado e sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

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