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15/08/2017 - 06:49

Estudo comprova que recuperação de solos minerados gera terrenos produtivos

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Viçosa, em experimento da CBA, revela que o escoamento de água em áreas mineradas é menor do que em áreas não mineradas.

São Paulo — A Universidade Federal de Viçosa (UFV) comprovou cientificamente que o escoamento de água de chuva sobre o solo, em áreas mineradas, é menor que em áreas ainda não mineradas no cultivo de eucalipto. Ou seja: o solo mantém uma boa absorção, retendo água de chuva e permanecendo produtivo para o plantio. A pesquisa foi realizada pelo engenheiro florestal Lucas Jesus da Silveira, que conduziu a dissertação de mestrado “Escoamento superficial em áreas de mineração de bauxita, pré e pós lavra, na Zona da Mata Mineira”. Silveira usou como base as áreas mineradas e reabilitadas pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), atestando que, após o processo de mineração, que ocorre em topos e encostas de morros, o escoamento superficial é de 0,17%. Isso representa um volume três vezes menor do que o que ocorre em áreas não mineradas.

O estudo, que teve início em outubro de 2016 e término em maio deste ano, foi realizado em culturas de eucalipto em período de chuvas na região da Zona da Mata Mineira, o que possibilitou um levantamento mais aprofundado e assertivo.

De acordo com a dissertação, a escolha por plantio de eucalipto em áreas reabilitadas é uma ótima alternativa, por três questões: hidrológico, visto o menor escoamento superficial; ecológico, com o aporte de serapilheira que ao longo dos anos se decompõe e auxilia na estruturação do solo; e econômico, dado a manutenção da produtividade do terreno e o lucro com a madeira, gerando poucos gastos para o proprietário das áreas.

Para a CBA, o estudo é a comprovação do que já vinha sendo observado. “Nosso desafio era mostrar que após o processo de lavra e da recuperação ambiental, o solo mantinha sua propriedade de absorção, retendo a água da chuva e, consequentemente, contribuindo para a manutenção dos lençóis freáticos. Agora isso já é realidade”, afirma o gerente geral das unidades de mineração da CBA, Ricardo Vinhal.

Tendo como um de seus pilares o desenvolvimento sustentável, a CBA tem investido em projetos relacionados à conservação hídrica, tanto com a comunidade quanto com seus empregados. Em 2016, a empresa iniciou uma parceria com o departamento de Engenharia Florestal da UFV, a fim de aprofundar suas pesquisas e comprovar que o projeto que vem desenvolvendo é significativo.

Segundo o professor Herly Carlos Teixeira Dias, coordenador do Laboratório de Hidrologia Florestal da UFV e orientador da dissertação de Silveira, o estudo avaliou questões importantes pós-exploração da bauxita. “O estudo mostra que o processo de reabilitação e as tecnologias ali empregadas estão dando retorno acima do que esperávamos”, afirma.

Além da tese de Lucas Jesus da Silveira, outras pesquisas estão sendo desenvolvidas por alunos da UFV em áreas que passaram pelo processo de reabilitação ambiental.

A CBA — Fundada em 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) é a mais tradicional e a primeira indústria nacional fabricante de alumínio do País. A Companhia, pertencente ao portfólio de negócios da Votorantim S.A, é também a única da América Latina a atuar com operação totalmente integrada, realizando desde o processamento de bauxita até a produção de alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e de transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Com sede localizada na cidade de Alumínio (SP), onde ocupa 700 mil m² de área construída, a CBA também possui três plantas de mineração de bauxita, instaladas nos municípios de Miraí, Itamarati de Minas e Poços de Caldas, em Minas Gerais, além de uma empresa de reciclagem de alumínio, na cidade de Araçariguama (SP). A atuação da CBA está voltada, principalmente, para prover soluções e serviços para a indústria brasileira com foco nos setores de embalagens e transportes; bem como para os mercados de bens de consumo, energia e construção civil através de parceiros estratégicos. Com a reestruturação organizacional realizada em julho de 2016, a gestão das operações do Níquel passou a ser responsabilidade da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

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