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28/03/2008 - 10:17

Strategy Consultoria vê com cautela a RN 167 para operadoras de saúde

Resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que traz novo rol de procedimentos, pode quebrar o setor e provocar avalanche de ações judiciais.

Prevista para entrar em vigor no próximo dia 1º de abril, a RN 167 – Resolução Normativa da ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - que amplia o rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde pode trazer prejuízos às operadoras e gerar aumento de preços para consumidores.

A resolução obriga as operadoras a oferecerem cerca de cem novos procedimentos, tais como: transplantes autólogos de medula, laqueadura de trompas, vasectomia, análise de DNA, nutrição, psicologia e outros.

Segundo o presidente da Strategy Consultoria Atuarial, José Luiz Cella, o novo rol irá gerar, no curtíssimo prazo, um enorme prejuízo para as operadoras pois, pela regra da ANS ele deve ser aplicado para todos os beneficiários de planos de saúde e não apenas para os novos planos. “Como os novos procedimentos não foram previstos no cálculo atuarial dos preços dos planos atualmente em vigência, as operadoras terão que arcar com os custos das coberturas introduzidas pelo novo rol sem a contrapartida da contraprestação correspondente. Grosso modo, seria mais ou menos como se uma academia de ginástica fosse obrigada a dar de uma hora para outra, além da ginástica contratada pelo consumidor, aulas de natação e pilates sem ter em seu preço a contrapartida para este custo”, exemplifica Cella.

Em estudo realizado pela consultoria com mais de 3 milhões de beneficiários de planos de saúde, o impacto financeiro da medida para as operadoras é estimado em 9,43%. Embora a resolução possa ampliar coberturas para o consumidor, Cella salienta que esse incremento acabará prejudicando a este mesmo consumidor pois provocará grande aumento das tabelas de preços: “Com planos de saúde mais caros, o acesso dos planos pelo consumidor será menor, prejudicando tanto a este – que não terá condições de pagar o plano – como a operadora, que precisa vender para repor o turn-over natural de beneficiários. Além disso, se a operadora não tiver a contrapartida de receita para cobrir os planos atuais, em algum momento futuro, seja através de aprovação de reajuste pela própria ANS, seja através da via judicial, a Operadora terá que repassar estes custos para o consumidor ou irá quebrar”, complementa Cella.

Segundo Cella a medida vem em momento inoportuno, pois, justamente neste ano, as operadoras iniciam um grande esforço financeiro imposto pela própria ANS e terão que gerar margem para formarem ativos financeiros para continuarem solventes. “É preciso planejar mudança deste nível.

A introdução de novos custos pelo novo rol sem a contrapartida financeira seguramente comprometerá a solvência de operadoras, provocando ou o fechamento de muitas delas ou uma avalanche de ações na justiça. Por outro lado, as tabelas para novos planos sofrerão aumento. E se os custos forem repassados totalmente para os consumidores que já possuem planos, irá provocar cancelamentos e muitas reclamações nos Procons ou ações judiciais. Não será bom para ninguém.”, finaliza.

Perfil da Strategy - No mercado há oito anos, a Strategy Consultoria destaca-se por levar aos clientes consultoria empresarial e atuarial, com soluções estratégicas voltadas ao desenvolvimento de produtos e serviços para planos de saúde. Hoje, a empresa conta com uma carteira com cerca de 160 operadoras em todo o país e desenvolve cálculo atuarial para mais de 6, 1 milhões de beneficiários. | Site: www.strategy.com.br

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