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28/03/2008 - 10:20

Anos de oportunidades para a cadeia produtiva brasileira do PVC

O Brasil tem galgado os degraus do desenvolvimento sustentável, com resultados paulatinos. Mas, enquanto comemoramos algumas conquistas, como foi em 2007 com o menor índice de pobreza dos últimos 15 anos, segundo o IBGE, ainda constatamos que o País vive situações a serem modificadas com máxima urgência.

O saneamento básico é uma delas. São hoje cerca de 93 milhões de pessoas sem esgoto, das quais 45 milhões também não têm acesso à água potável. Investimentos em saneamento, além de garantir qualidade de vida e preservar o meio ambiente, reduzem o custo com o tratamento de água, dinamizam a economia e geram de empregos. Cada R$ 1 milhão investidos em obras de esgoto sanitário geram 30 postos diretos de trabalho e 20 indiretos, além dos empregos permanentes ligados à operação do sistema.

A participação privada no saneamento básico não passa dos 5%. Se compararmos esse índice aos países como Inglaterra, em que o capital privado chega a 100% e França que chega a 75%, percebemos como esse número é inexpressivo. Acabar com o déficit demanda, segundo estudos do Governo Federal, investimentos de R$ 220 bilhões até 2024, ou cerca de R$ 11 bilhões anuais. E segundo o BNDES, o custo médio do investimento em sistemas de esgoto sanitário (coleta e tratamento), varia de US$ 420 a US$ 840 por domicílio atendido.

Especialistas afirmam que esses custos podem cair até 40%, se forem usados componentes de plásticos em substituição a outras matérias-primas, o que faz com que o cenário, apesar de desafiador para o País, seja de oportunidades à cadeia produtiva do PVC - o principal plástico do segmento de tubos e conexões. Por exemplo, em relação à infra-estrutura, o PVC domina 60% do mercado brasileiro de tubos para esgoto, 75% do mercado americano e 80% do europeu. Desde o ano passado, com o advento do Marco Regulatório do Saneamento Básico - Lei nº.11.455, sancionada pelo governo em 5 de janeiro de 2007, a indústria do PVC ampliou ainda mais sua participação no setor.

O PVC contribui também para a preservação ambiental. Além de ser 100% reciclável, é o único plástico que não é totalmente originado do petróleo. Ele é composto por 57% de cloro (derivado do cloreto de sódio - sal de cozinha – recurso inesgotável na natureza) e 43% de eteno (derivado do petróleo). As propriedades do PVC tornam o material apropriado para diversas aplicações (embalagens, brinquedos, veículos, arquitetura, design, peças de alta tecnologia, etc). Isso se dá também nas aplicações de longa vida, como nos casos do saneamento e da construção civil, segmentos que representam cerca de 65% das aplicações de PVC.

A construção foi outro setor que teve um bom ano no Brasil. Além de ações do governo, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ampliação do crédito também impulsionou a construção e outras aplicações do PVC. E o que está por vir deve dar continuidade a esse bom momento, como as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014. Nenhum dos estádios brasileiros cumpre as exigências da Fifa para o evento. E para a chegada de 500 mil turistas em um mês, reformas colossais, construção de instalações, obras de infra-estrutura e saneamento, além de melhorias dos arredores de cada sede - deverão movimentar a construção no Brasil nos próximos anos.

O uso do PVC vem crescendo em todo o mundo a uma taxa de 4% a 7%. No Brasil, o produto teve um ótimo desempenho em 2007. Não apenas a produção aumentou, mas também as vendas internas atingiram a marca de 670 mil toneladas (crescimento de 10,8% em relação a 2006) e o consumo aparente (a soma da produção e importação, menos as exportações), que cresceu 8,0%, atingiu a marca de 829 mil toneladas.

O futuro é de oportunidades e desafios. A cadeia produtiva do PVC está investindo pesado em inovações e, por exemplo, já busca alternativas para as matérias-primas usadas hoje. Nesse sentido, a indústria brasileira saiu na frente e anunciou em 2007 a produção de PVC a partir de cana-de-açúcar – matéria prima 100% renovável - substituindo os 43% de petróleo que compõe a resina. Além disso, nossos investimentos em nanotecnologia conferem mais competitividade e valor agregado aos produtos. Se os desafios estão presentes, devemos encará-los como parte do esforço para conquistarmos mais e mais mercado. Os avanços que temos dado também nos fortalecem e nos credenciam para atuar não só hoje, mas, sobretudo nos promissores próximos anos no Brasil.

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