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28/03/2008 - 10:23

Mangabeira quer novo modelo de desenvolvimento para o Brasil


O ministro de Assuntos Estratégicos de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, criticou, no dia 27 (quinta-feira), em São Paulo, durante palestra, realizada na sede da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), o atual modelo de desenvolvimento econômico e social, baseado, segundo ele, no “fordismo retrógrado”.

Para Mangabeira, o sistema organizacional e tecnológico de trabalho no Brasil pode ser transformado com reorientação social e econômica, o que na visão de seu ministério, deve ocorrer principalmente por meio de uma política industrial mais especializada e avançada e do apoio técnico e financeiro do governo à “nova” classe média empreendedora.

Na opinião do ministro, trata-se de definir nova política rural e industrial inclusiva que dê assistência financeira, via democratização do crédito, e, sobretudo, tecnológica a novos agentes econômicos no campo e nas cidades.

Segundo Mangabeira, essa nova política industrial deveria basear-se na criação de uma Embrapa, que já atua satisfatoriamente no meio rural, para o setor industrial.

O ministro definiu como áreas de atuação de sua pasta a economia, a educação, a gestão pública, a defesa da soberania do País, e a Amazônia.

Após a palestra, durante a sessão de perguntas da platéia, as práticas de sustentabilidade ambiental foram questionadas pelo ministro. Para ele, “o termo sustentabilidade precisa sair do discurso para cair na realidade que se pretende transformar”.

Para atender a tal finalidade, é necessário, segundo o ministro, em primeiro lugar, no caso da Amazônia, que “nós, brasileiros, criemos condições tecnológicas satisfatórias de manejo de florestas tropicais, já que a maioria dos equipamentos existentes foi criada para atender às condições das florestas temperadas”.

Em outras palavras, “precisamos criar, na Amazônia, um laboratório nacional”. O que existe, hoje, nessa região, segundo Mangabeira, a Zona Franca de Manaus e a província mineral no Pará, nada têm a ver com a população, escassa e distribuída em território vasto.

É necessário, concluiu, “criar vínculos permanentes entre floresta, indústria e população dessa extensa região. E isso só é possível por meio da geração de tecnologias específicas”.

A palestra foi assistida por cerca de cem pessoas, dentre elas, o presidente da ADVB, Miguel Ignatios; o presidente do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), José Roberto Roque; o coordenador do Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental, Livio Giosa; e o presidente da União Cultural Brasil Estados Unidos, Paulo Bastos.

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