Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

06/09/2017 - 05:35

Professor da FGV analisa a participação de Temer na reunião dos Brics

Após o anúncio do pacote de 57 privatizações, o presidente brasileiro Michel Temer viaja na próxima semana para a China, onde participa da reunião de cúpula dos Brics, em Xiamen. Para o coordenador do MBA em Relações Internacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Oliver Stuenkel, o representante brasileiro deve buscar mecanismos de incluir ainda mais investimentos do país asiático em nossa economia.

"Michel Temer vai ter uma reunião bilateral com o presidente chinês Xi Jinping. Na ocasião, deve apresentar o plano para privatizar mais 57 ativos de controle estatal. O país asiático se torna cada vez mais um ator importante na economia mundial, e eles podem ver a nossa crise como uma oportunidade de investimentos", aponta Oliver Stuenkel.

O professor da FGV ressalta ainda que, no encontro, líderes deverão assinar acordo de cooperação alfandegária para dinamizar trocas comerciais. O objetivo segundo o especialista será criar canais de comunicação mais ágeis entre as autoridades aduaneiras. "Essa medida visa dinamizar os trâmites comerciais – o que poderia levar a uma expansão do comércio brasileiro sem a obrigação de fazer mudanças em barreiras tarifárias e fitossanitárias, que envolvem negociações mais complexas", ressalta Oliver Stuenkel.

Novo Banco de Desenvolvimento — Entre os principais temas de discussão da oitava reunião de cúpula do grupo estão a facilitação do comércio e avanços em questões técnicas do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco dos Brics. "O banco é o grande símbolo da institucionalização do grupo e é sempre utilizado como resposta quando há críticas de que o Brics não é um grupo tão sério", afirma Oliver Stuenkel.

O especialista relata ainda que a instituição avança um pouco devagar neste momento, já que Brasil, Rússia e África do Sul estão em situação econômica delicada, o que limita a capacidade e velocidade de expansão. No entanto, de acordo com ele, mesmo assim, funciona. "O Brasil receberá um empréstimo de 300 milhões de dólares por meio do BNDES para projetos em energia eólica. Há projetos contemplados também na Rússia, Índia e China", destaca Stuenkel.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira