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23/09/2017 - 08:13

“O que o Rio espera das autoridades públicas”, Sistema FIRJAN em nota

“A situação de descalabro da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro atingiu nas últimas horas um ponto de descontrole que não admite meias-palavras, brincadeiras ou discursos ensaiados. O Rio se encontra em estado de conflagração, com ônibus incendiados, tiros ecoando por diferentes pontos da cidade, balas perdidas matando inocentes.

É inaceitável que não se coloque um ponto final na tragédia de milhões de brasileiros num estado que é, e sempre será, a caixa de ressonância, o cartão de visitas do Brasil.

O governador do Rio de Janeiro afirmou ontem que havia “afinado a viola” com o ministro da Defesa. É uma linguagem que o sofrimento de cariocas e fluminenses não comporta. É irresponsável falar com uma leveza ensaiada num momento tão dramático. É desrespeitoso com famílias que têm perdido seus entes queridos com balas perdidas. É um acinte com famílias de policiais militares, que perdem suas vidas quase cotidianamente para defender as dos demais cidadãos. Não é essa a resposta que a população fluminense espera.

O ministro da Defesa afirmou que avaliaria com “toda a boa vontade” o pleito do Governo do Rio de Janeiro para que as Forças Armadas se ocupassem de 103 áreas conflagradas. Não é de boa vontade que o Rio de Janeiro precisa. É de ação firme e resoluta.

Estamos em guerra.

Não podemos sair de nossas casas.

Perdemos o direito de ir e vir.

Quem trafega pela cidade em carros blindados está a salvo. Não estão a salvo os moradores de comunidades carentes. A desproteção atinge indistintamente a todos, mas ela se abate mais fortemente sobre os menos favorecidos.

O Rio não pode ficar à mercê de vaidades e orgulhos feridos de autoridades públicas. As últimas horas escancaram o sentido de urgência de uma ação coordenada no estado.

Pouco importa o que dizem as “diretrizes” da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Não são os fatos estarrecedores dos últimos dias que têm de caber na GLO. É a GLO que tem de dar conta imediata dos fatos estarrecedores que testemunhamos nas últimas horas. Se suas “diretrizes” não são suficientes, que sejam reformuladas.

Quando um estado da Federação é fraco para se defender do crime organizado, seja pela incompetência de quem o comanda, seja pela falência completa de seu sistema de segurança pública, só as Forças Armadas podem dar conta de restabelecer os direitos dos cidadãos de bem. É o papel constitucional de quem tantos serviços presta à Pátria. É a intervenção que se espera daquelas instituições: garantir a Lei e a Ordem quando estão ameaçadas por quem pretende instaurar um poder paralelo pela força das armas.

O cerco à Rocinha, já autorizado, é fundamental. Mas ele deve ser encarado apenas como o início de um longo processo de resgate da segurança pública no Rio de Janeiro. O caos não está instaurado apenas na Rocinha, mais palpável por se tratar de uma área de enorme visibilidade.

O crime organizado se espraiou indistintamente pela Cidade e pelo Estado do Rio de Janeiro. O presidente Michel Temer certamente estará atento para cobrar do Ministério da Defesa uma ação ampla, firme e resoluta em defesa dos cidadãos fluminenses”, concluji a nota.

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