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28/03/2008 - 12:00

Processo de outsourcing é irreversível

O único evento global de outsourcing, realizado pela International Association of Outsourcing (IAOP), ocorreu no início deste ano, em Orlando, nos Estados Unidos. Algumas empresas brasileiras participaram do acontecimento.

A IAOP é uma associação bastante conceituada, com sede em Nova York e que leva a todos os países a experiência obtida e desenvolvida pelos seus membros, composta por empresas e profissionais, sobre as boas práticas de outsourcing.

A indústria deste mercado movimenta, anualmente, mais de 4 trilhões de dólares e não poderia sobreviver sem uma associação com destacada atuação. De acordo com dados divulgados no evento, o crescimento contínuo da área representou em 2003 o equivalente a 300 mil postos de trabalho no mundo; em 2005, este número cresceu para 800 mil. A perspectiva para 2010 é de 1,7 milhão de empregos no setor. Em 2015, este número chegará aos 3,3 milhões.

O evento contou com três dias de imersão ao universo do outsourcing. Desta experiência é possível perceber que no Brasil ainda temos muito que avançar, seja como provedores ou tomadores destes serviços. Não esquecendo também dos órgãos regulamentadores, fiscalizadores, o próprio corpo de funcionários desta área e aqueles que acabam migrando para a prática.

Aqui no Brasil, ainda se confunde muito o outsourcing com a alocação de mão-de-obra; a simples transferência de um processo para o prestador de serviços. Porém, achar que isto é um bom negócio é ilusão. No momento da contratação de empresas de outsourcing, o contratante deve levar em consideração o valor agregado; a minimização dos riscos; o ganho da qualidade; e a modernização dos seus processos. É extremamente importante que provedores e tomadores destes serviços busquem cada vez mais explorar todos os aspectos desta relação, não somente a redução de custos — uma cultura brasileira. Se sairmos deste pensamento, de que a terceirização só se justifica se houver redução de custos, ambos os lados ganham.

No Brasil, há apenas terceirização; e nos países de primeiro mundo, outsourcing. Se terceirização é a tradução da palavra inglesa “outsourcing”, então o que isto significa? Outsourcing é, na verdade, um conjunto de elementos muito mais estruturado, com vistas a outro conjunto de benefícios e valores agregados. A linguagem básica é que o outsourcing se justifica quando o tomador de serviços permite que o seu processo seja alterado, adequado e modificado de tal sorte, que os ganhos em qualidade, produtividade, modernização, redução de riscos e até a redução de custos (porém, este não é o mais importante) afetem de forma positiva o seu negócio. Podemos conferir neste encontro, citado no início do texto, diversos “cases” de sucesso, relatados por empresas. Porém, todos só foram possíveis com a modificação e modernização dos processos operacionais e sistêmicos.

Este processo de terceirizacão é mundialmente irreversível. No Brasil, só precisamos melhorar nossos conceitos para que as partes interessadas tirem o melhor proveito possível desta relação, para suas empresas e seus negócios.

.Por: Geuma Campos Nascimento é sócia da Trevisan Outsourcing e professora da Trevisan Escola de Negócios; e Roni de Oliveira Franco é sócio da Trevisan Outsourcing.

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