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27/09/2017 - 07:15

A importância do manejo adequado da ferrugem asiática

A soja (glycine max) é hoje a cultura mais importante do agronegócio mundial, com uma produção da ordem de 350 milhões de toneladas. O aumento da área plantada e os ganhos em produtividade têm sido fatores determinantes para o desempenho da cadeia produtiva da soja, bem como para o atendimento da alta demanda global pela oleaginosa e seus subprodutos.

Para atingir seu máximo potencial produtivo, a soja necessita se desenvolver, ao longo do ciclo da cultura, livre de qualquer interferência. No Brasil, particularmente, a ferrugem asiática ou ferrugem da soja tem sido um dos principais entraves do produtor. A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, permanece desde 2001, quando chegou ao País, entre as mais agressivas ocorrências das lavouras, levando a perdas de 10% a 90% das áreas atingidas. O patógeno causador da ferrugem encontrou no País as condições climáticas ideais para seu desenvolvimento. Recentemente, adquiriu também resistência a ingredientes ativos de fungicidas. O fungo Phakopsora pachyrhizi criou preocupantes estratégias de sobrevivência, a ponto de levar empresas, Governo e pesquisadores a trabalhar fortemente no desenvolvimento de métodos inovadores para controlar a ferrugem. A utilização de fungicidas, por sinal, não constitui a única ferramenta recomendada ao controle eficaz da ferrugem asiática. É importante que o produtor adote ainda outros mecanismos preventivos, como resistência genética, controle cultural, monitoramento da cultura, respeito ao vazio sanitário e plantio no início da época recomendada. Já no tocante aos fungicidas, é fundamental que o produtor opte por um programa de tratamento preventivo e eficiente desde as primeiras aplicações.

Programa de fungicidas — Após vários anos de estudos, a equipe de pesquisadores da DuPont Proteção de Cultivos desenvolveu um novo programa de fungicidas para controle da ferrugem da soja e outras doenças da oleaginosa. O tratamento é ancorado num programa de aplicação que contempla o uso intercalado dos diferentes modos de ação dos produtos Aproach® Prima (Picoxystrobina + Ciproconazole) e Vessarya® (Picoxystrobina + Benzovindiflupir). Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos por esse programa, dados que foram compilados em mais de 450 campos experimentais instalados nas principais regiões da soja brasileira. A linha da pesquisa, em resumo, comparou o desempenho do programa de fungicidas da DuPont ao tratamento padrão que vem sendo adotado pelos produtores.

De acordo com os cientistas e pesquisadores envolvidos no trabalho, a alta produtividade dos 450 campos experimentais da DuPont - e a superioridade dos resultados obtidos ante os do tratamento padrão do produtor - está relacionada ao controle eficaz da ferrugem e de outras doenças da soja, incluindo mancha-alvo, oídio e as doenças de final de ciclo. O sucesso do tratamento, por sua vez, deveu-se à combinação entre as formulações dos fungicidas Aproach® Prima e Vessarya®, que formam a base do programa de fungicidas da DuPont. Aproach® Prima contém a Estrobirulina mais potente do mercado associada a um Triazol. Vessarya® reúne na fórmula uma mistura entre os ingredientes ativos Picoxystrobin e Benzovindiflupir, que dispensam o uso de adjuvantes na pulverização. Benzovindiflupir é considerada hoje a Carboxamida mais potente em linha no Brasil.

O programa DuPont lado a lado com o programa do agricultor. Note que a média de produtividade do programa de fungicidas da DuPont foi de 67,7 sacas de soja por hectare, contra 59,8 sacas por hectare do programa padrão ou programa do produtor.

Também é importante ressaltar que a utilização combinada dos fungicidas contribui para a sustentabilidade das tecnologias hoje existentes para controle da ferrugem. O produtor deve ficar atento, ainda, às seguintes recomendações de manejo:

. Realizar aplicação preventiva dos fungicidas, iniciando as aplicações antes da entrada das doenças |. Respeitar doses e os intervalos de aplicação de bula |. Aplicar programa de fungicidas contendo vários modos de ação para controle de doenças |. Fazer no mínimo duas aplicações de fungicidas multi-sítios por ciclo da cultura da soja. |. Fazer no máximo duas aplicações de fungicidas a base de Carboxamida por ciclo da soja |. Respeitar o período do “vazio sanitário.”|. Utilizar outras estratégias de controle, como uso de variedades de soja com tolerância genética, variedades de ciclo curto e adoção de boas tecnologias de aplicação de fungicidas.

O controle da ferrugem asiática não permite erros ou falhas de recomendação, ou seja, o programa escolhido pelo produtor deve ser eficiente durante todo o ciclo da soja. De acordo com a Embrapa, os custos ocasionados pela incidência da ferrugem na soja brasileira são estimados em US$ 2 bilhões por ano, abrangendo despesas com aplicações de fungicidas e perdas de produtividade. Esse montante equivale a aproximadamente 7% do valor bruto da produção brasileira de soja. |. João B. Cason, engenheiro agrônomo da equipe da DuPont Brasil Proteção de Cultivos.

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