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29/03/2008 - 09:53

Setor siderúrgico garante a ministro que não faltará aço para o mercado interno

São Paulo - O setor de siderurgia garantiu no dia 28 (sexta-feira), ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que não haverá problema no abastecimento do mercado interno e que não faltará aço no país. Depois de participar de uma reunião com representantes do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Mantega disse que o setor conseguiu atender satisfatoriamente ao aumento da demanda de aço, de cerca de 17% no ano passado.

“O setor siderúrgico vai muito bem e está respondendo muito bem ao desafio colocado pela demanda de aço no Brasil”, afirmou, e acrescentou que esse atendimento à demanda está assegurado com tranqüilidade nos próximos cinco anos.

Em nota, o IBS informou que “a capacidade de produção do setor é cerca de 60% superior à demanda interna” e que não deve “existir qualquer possibilidade de ocorrer problemas no abastecimento do mercado interno”. Para 2008, a expectativa é de aumento na produção de aço, de 33,8 para 37,6 milhões de toneladas. “Esse crescimento deve superar em mais de 30% o aumento previsto para o consumo doméstico”, diz a nota, ressaltando que com isso o setor deve continuar atendendo a capacidade do mercado interno e até aumentar em 20% o volume da exportação.

Mantega disse que estava preocupado com a possibilidade de um novo aumento nos preços do aço, mas foi informado pelo setor de que a alta se deveu aos reajustes nos preços do minério de ferro e do carvão. De acordo com o ministro, o aumento nos preços internacionais dos produtos básicos (commodities) foi responsável pelo resultado divulgado ontem (27) pelo Banco Central, que prevê inflação acima da meta de 4,5% para este ano. “Esses preços levaram a inflação brasileira ao centro da meta. Sem eles, estaríamos com a inflação abaixo do centro da meta”, disse.

O ministro informou que o Brasil e outros 53 países em desenvolvimento ampliaram sua participação na diretoria-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil, que detinha 1,4% nas cotas do Fundo, passará a ter 1,7% de participação nas decisões do FMI. Para Mantega, trata-se de “um reconhecimento de que os países emergentes têm hoje um peso econômico e político maior” nas decisões do FMI. Ele acrescentou que esse será o “primeiro passo, não o passo definitivo” em direção a uma participação maior desses países no FMI.

“O Brasil se saiu bem nessa mudança e continuaremos pleiteando novas mudanças, de modo que o país tenha um peso adequado e proporcional à sua importância política e econômica no mundo”, disse. Para aumentar essa participação nas cotas, acrescentou, o Brasil “terá que integralizar algo em torno de US$ 2 bilhões”.

O ministro não deu detalhes sobre esse aumento de participação e nem sobre previsão de prazo para que isso ocorra, mas informou que esse montante sairia de recursos orçamentários.

Mantega também informou que mais detalhes sobre esse assunto deverão ser conhecidos na reunião de governadores do FMI prevista para ocorrer em abril, nos Estados Unidos. | Por: Elaine Patricia Cruz/ABr

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