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29/03/2008 - 10:11

"Jóias Escravas” no Museu Imperial, em Petrópolis

A Escola de Ourivesaria do SENAI-RJ, a primeira do gênero no Estado do Rio, está participando das comemorações dos 200 anos de chegada da Família Real ao Brasil de forma especial: uma exposição inspirada no trabalho de ourives escravos dos séculos XVIII e XIX. A mostra "Jóias Escravas” estará no no Museu Imperial, em Petrópolis, onde será exibida até o final de maio. A exposição é uma parceria entre SENAI-RJ, Museu Imperial, Iphan, Ministério da Cultura e Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio (Ajorio).

A exuberância das jóias usadas pelas escravas e a adoção de técnicas utilizadas pelos ourives, como a cinzelagem e a filigrana, foram os ingredientes que instigaram os alunos no desenvolvimento de suas peças. A mostra reúne trabalhos de 27 estudantes da Escola de Ourivesaria.

"Senhores de escravos, para ostentar suas posses, faziam com que os negros usassem jóias, muitas confeccionadas por eles próprios. Em nossa pesquisa para escolher o tema da mostra deste ano, os alunos ficaram deslumbrados com a perícia dos ourives africanos. Deste encantamento nasceu o tema da exposição. Nossos alunos traduziram em belos trabalhos os conceitos, técnicas e competências desenvolvidas nos cursos”, enfatiza Bernardo Schlaepfer, Gerente Executivo do SESI/SENAI Tijuca, unidade que abriga a Escola e Ourivesaria.

A preparação da exposição começou no início de 2007. Os alunos participaram de um workshop e palestra com Solange Godoy – autora do livro “O Círculo das Contas” - a respeito da joalheria crioula do Recôncavo Baiano. Além disso, foi realizada uma visita guiada à exposição de jóias permanente do Museu Imperial, onde os alunos puderam ver outros exemplares da joalheria colonial e imperial brasileira.

O Museu Imperial também abriu seu acervo, permitindo que os participantes, sob a orientação de museólogos e professores da Escola, tivessem a chance de analisar em suas próprias mãos algumas peças.

Durante a abertura da exposição, a escritora e historiadora Solange Godoy fará a palestra "Joalheria dos Escravos dos Séculos XVIII e XIX – Resgatando as nossas raízes para a atualidade".

Escola de Ourivesaria formou mais de mil profissionaism - O Rio de Janeiro é considerado um importante pólo produtor de jóias e bijuterias, reunindo mais de 100 indústrias e dois mil pontos de venda. De acordo com levantamento realizado em 2002 pela Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Estado do Rio, o Estado é responsável por 25% das 30 toneladas de ouro trabalhadas no Brasil, o que se reflete de forma muito positiva nas exportações de jóias.

A mão-de-obra para o setor, entretanto, começou a ser qualificada profissionalmente a partir de 1999, quando o Sistema Firjan, através do SENAI-RJ, abriu a Escola de Ourivesaria, com a finalidade de preparar profissionais nas diversas áreas do conhecimento da indústria de joalheria.

Hoje já são mais de mil os profissionais formados pela Escola, alguns merecedores de prêmios nacionais e internacionais, que ajudaram a reforçar a imagem de lançadora de novos talentos no mercado.

A Mostra estará a partir do dia 30 até maio, de terça a domingo, das 11h às 17h30, no Museu Imperial, Rua da Imperatriz, 220, Centro, Petrópolis (RJ). Telefone.: (24) 2237-8000. [ Escola de Ourivesaria do SENAI-RJ, Rua Morais e Silva, 53, Tijuca, Rio de Janeiro | Telefone.: (21) 3872-9700].

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