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06/10/2017 - 07:54

Plug&Play Companies: um modelo radicalmente novo de pensar negócios

De tempos em tempos nos damos conta de que mudanças importantes estão em processo de consolidação. Mudanças tão profundas e significativas que geram impactos imensos em toda dinâmica organizacional: do modelo de negócio ao perfil da liderança. Vivemos hoje um destes momentos, um verdadeiro turning point. O nascimento das Plug&Play Companies, uma evolução natural das chamadas Organizações Exponenciais.

Você já deve ter se dado conta de que, de hoje para o futuro, os grandes players do mercado não serão mais simples fabricantes de um determinado produto ou serviço, mas empresas que compreendem uma necessidade específica e, são capazes de criar ao redor desta necessidade, todo um "ecossistema" para a entrega de valor real. São companhias que transformam radicalmente sua lógica atual de negócio, colocando o valor a ser entregue, o propósito, a experiência e a interação com seus consumidores à frente de todos os principais dogmas corporativos, como a posição na cadeia de negócios ou o dilema da produtividade, por exemplo.

Elas sugiram como consequência direta da evolução tecnológica, da velocidade das transformações e do tamanho do impacto exigido pelo cenário atual. Mas o que isso significa? Significa que o conceito de "empresa" como o compreendemos hoje está deixando definitivamente de ser aquele que define uma organização entre quatro paredes, para se aproximar cada vez mais, dos complexos sistemas que se integram interna e externamente, em camadas e mais camadas (ou layers como costumo chamar) de produtos, serviços, canais de distribuição e tudo mais que se fizer necessário para que a entrega do valor final desejado por seus usuários (ou participantes do ecossistema) seja efetivamente possível. Ou seja, são modelos de organizações capazes de integrar toda a cadeia de valor em si mesmas (sempre que necessário), tornando-a assim, parte de suas próprias operações.

Talvez a melhor forma de entender uma Plug&Play Company seja associá-la a ideia de "plataforma". Um dos primeiros ensaios para a viabilidade desse modelo de organização foi feito por Steve Jobs na Apple ao integrar computadores, celulares e tablets a pontos de contato próprios de distribuição, on e off-line. Desde então, já vimos muitos outros exemplos se formando, como o Uber e o Airbnb, por exemplo. Exemplos que levaram essa mesma lógica a um outro patamar. E eles não param por aí. Empresas como Redbull já estão muito longe dos modelos tradicionais de organização. A organização RedBull pode ser muito melhor compreendida se a entendermos como uma "plataforma de estilo de vida" integrada a uma infinidade de entusiasmados seguidores, todos participantes de um ecossistema específico, uma verdadeira sociedade em si e com um corpo social fluido e dinâmico. E os negócios onde acontecem? No próprio ecossistema.

Enfim, concebendo-se como plataformas de negócio extremante dinâmicas as Plug&Play Companies prometem mudar radicalmente a forma de pensar o ambiente corporativo do futuro. Serão organismos vivos, muito mais capazes de adaptar suas estruturas, seus processos, suas equipes e seus modelos de negócios às transformações em curso, tratando, portanto, a questão da evolução, não mais como uma disrupção ou quebra de seu próprio modelo (como vemos hoje o tema da inovação sendo tratado dentro das organizações), mas sim como algo totalmente incorporado ao seu jeito de ser. Algo natural. Parte da cultura destas organizações.

. Por: Gian Franco Rocchiccioli, cofundador e diretor estratégico da startup de biotecnologia TISMOO, primeiro laboratório do mundo exclusivamente dedicado à medicina personalizada com foco no Transtorno do Espectro do Autismo e outros transtornos neurológicos de origem genética, e diretor da PANDE, uma das principais agência de Design Estratégico e Branding do Brasil.

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