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12/10/2017 - 08:13

"Resultado mantém a tendência de recuperação gradual", afirma pesquisador do IBRE sobre vendas no varejo

Segundo IBGE, vendas recuaram 0,5% em agosto, comparadas a julho, mas média móvel trimestral avançou 0,1%. Frente a agosto de 2016, as taxas subiram.

As vendas no varejo registraram queda de 0,5% em julho em relação a agosto deste ano, na série com ajuste sazonal, após quatro resultados positivos. Foi o que apontou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já em relação ao ano passado, o volume de vendas avançou 3,6%.

"O resultado era esperado. É normal que em períodos de recuperação, e depois de quatro meses de alta ou estabilidade, ocorra algum ajuste, alguma acomodação. Com isso, esse resultado mantém a tendência de recuperação gradual, até porque em médias móveis trimestrais os principais indicadores continuam avançando", analisou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio do FGV IBRE.

No acumulado deste ano há um incremento de 0,7% nas vendas. Em 12 meses, o cenário ainda é de queda (-1,6%). O recuo registrado em agosto contra o mês anterior aconteceu nas sete das oito atividades pesquisadas – equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (-3,1%); combustíveis e lubrificantes (-2,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).

Apenas as vendas de móveis e eletrodomésticos avançaram (1,7%). Para o economista, o bom desempenho do segmento pode ser explicado por fatores como queda da inflação e da alavancagem das famílias.

"A liberação do FGTS continua sendo um fator relevante nessa recuperação, uma vez que há evidências de que o consumidor usou parte desses recursos para o consumo e também para quitar dívidas. Aliado a isso ainda têm outras boas notícias no campo macroeconômico, como: melhora da massa salarial (ainda que tímida), inflação baixa e o ciclo de redução da taxa de juros. Apesar dessas boas notícias, o momento ainda é de cautela, dado que a velocidade dessa recuperação ainda é lenta e o crescimento no ano ainda deve ser abaixo do crescimento médio do período 2004-2012, em que o setor avançava próximo a 8% ao ano", destacou Tobler.

Segundo o pesquisador, ao analisar os dados, percebe-se uma melhora ao longo do ano mais efetiva em setores ligados ao comércio de produtos duráveis. "O carregamento estatístico para o ano já é de 5,0%. A melhora desses segmentos tem relação com a melhora da taxa de juros, dado que eles possuem uma demanda mais sensível às condições de crédito, e também da liberação do FGTS. Os segmentos ligados a não duráveis também apresentam evolução ao longo do ano.

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