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18/10/2017 - 07:23

Setor de Serviços do Rio tem queda muito acima da média do país

Segmento de hospedagem e alimentação desacelera 7,5% em agosto, a maior queda da série histórica iniciada em 2011.

O setor de Serviços registrou queda de 1,0% em agosto na comparação com julho. No mesmo período, os Serviços prestados às famílias desaceleraram 4,8%, após três meses consecutivos de crescimento. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento mais afetado foi o de hospedagem e alimentação (bares e restaurantes), que despencou 7,5% – a maior queda da série histórica desde 2011.

"Ao contrário da Indústria e do Comércio, que já apresentam taxas positivas nas comparações interanuais nos últimos meses, Serviços mantém taxas negativas nesse tipo de comparação desde abril de 2015, portanto há 29 meses. Os estímulos à Indústria e ao Comércio vêm de fatores como: aumento da safra agrícola, desempenho positivo das exportações, melhora nas condições de crédito e liberação de recursos do FGTS, que têm efeitos bem mais moderados sobre consumo de serviços por parte de empresas e famílias, uma vez que a demanda de serviços é mais sensível à evolução da massa salarial. Vale citar ainda que a demanda por parte da administração pública também tem sido impactada pelo quadro de desequilíbrio fiscal", avaliou o consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE).

A PMS revelou ainda que o Rio de Janeiro teve desaceleração bem acima da média registrada no país em alguns segmentos e na comparação com agosto de 2016. A taxa do segmento de Serviços prestados às famílias caiu em agosto 30,7% no Rio contra -4,4% na média do Brasil, em comparação com agosto do ano passado. O mesmo acontece com Atividades Turísticas: -8,1% para todo o país contra -32,4% para o Rio.

"No caso do Rio de Janeiro, a severa queda nessa atividade parece combinar os efeitos de uma base de comparação mais elevada (consequência da realização das Olimpíadas em agosto do ano passado) ao fato de as atividades de bares e restaurantes, além da hotelaria, provavelmente estarem se ressentindo dos efeitos do aumento dos índices de violência no estado. O IBGE calcula um índice das Atividades Turísticas a partir da agregação das informações da PMS. Nesse indicador, onde o setor de bares, restaurantes e hotéis tem peso significativo, os resultados para o Rio estão bem abaixo dos observados para o total do país", detalhou Sales.

Para este ano, segundo cálculos do IBRE, a Pesquisa Mensal de Serviços deve terminar em queda de quase 3%. "Considerando o resultado de agosto, o carregamento estatístico para o final do ano (que supõe uma estabilidade da produção até dezembro) indica uma queda de 2,7% para a PMS em 2017, que será a terceira taxa anual negativa consecutiva, ficando bem abaixo das projeções de um ligeiro crescimento para o total do PIB neste ano", concluiu.

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