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24/10/2017 - 07:31

Rio tem quatro vencedores regionais no Prêmio Itaú-Unicef

Em parceria, Organizações da Sociedade Civil e escolas públicas realizam ações socioeducativas para crianças e adolescentes de 6 a 18 anos.

Foram conhecidas no dia 20 de outubro (sexta-feira) as quatro parcerias do Rio de Janeiro premiadas na fase regional da 12ª edição do Prêmio Itaú-Unicef. O objetivo é reconhecer e estimular as parcerias entre Organizações da Sociedade Civil (OSC) e escolas públicas no desenvolvimento de ações socioeducativas que ampliem tempos, espaços e conteúdos de aprendizagem para crianças e adolescentes na faixa etária dos 6 aos 18 anos. Desde 1995, já recebeu mais de 17 mil inscrições, premiando iniciativas em 1.752 cidades.

Nesta fase, serão reconhecidas 32 parcerias, selecionadas entre as 96 finalistas divulgadas na etapa anterior. Em cada regional são premiadas quatro parcerias, de acordo com o porte orçamentário das organizações (micro, pequeno, médio e grande). Por esse método, as organizações concorrem dentro de suas regionais com outras do mesmo perfil orçamentário. Como finalistas da etapa anterior, OSC e escola receberam R$ 10 mil cada uma. Agora, como regionais premiadas recebem mais R$ 20 mil cada.

“O Prêmio dá luz a boas práticas que são mobilizadoras e incentivam outras organizações a também desenvolverem ações socioeducativas com crianças e adolescentes. As parcerias entre OSCs e escolas públicas são muito importantes para a efetivação da educação integral. Por meio delas as crianças têm mais tempo de aprendizagem, circulam por espaços diferentes, acessam conteúdos e informações novas”, explica a coordenadora de Fomento da Fundação Itaú Social, Camila Feldberg.

Parcerias premiadas: Microporte — Ação “Gente é pra brilhar”, realizada pelo Núcleo Especial de Atenção à Criança – NEAC (OSC) e a CIEP Anita Malfatti, na cidade do Rio de Janeiro. O projeto está inserido no Comari I-B, bairro de Campo Grande, zona oeste. A comunidade surgiu há pouco mais de 25 anos, quando 328 famílias ocuparam o pedaço. O ABCDesafio dá apoio pedagógico às crianças com maior dificuldade de alfabetização. Duas vezes por semana, educadoras sociais da OSC vão até o CIEP e trabalham a leitura e a escrita de forma lúdica. A oficina de informática também fortalece a alfabetização por meio de software específico.

Além disso, são ofertadas para 90 crianças e adolescentes oficinas de balé e jazz, banda de percussão, capoeira e esportes, onde elas aprendem a conviver com regras e limites, entendendo que nem sempre se ganha e que é fundamental respeitar o outro. Esses valores também são trabalhados nas assembleias mirins. A partir do trabalho realizado nestas oficinas, desfrutam da possibilidade de conhecer outros espaços da cidade, onde se apresentam.

Pequeno porte — Ação “Eu, cidadão”, realizada pela Associação Casa Arte Vida e Escola Municipal Emma D´Ávila de Camillis, na cidade do Rio de Janeiro. Atende 60 crianças entre 5 e 12 anos e 20 adolescentes com até 15 anos na Comunidade de Capoeira Grande. A falta de serviços básicos como saneamento, transporte, saúde e educação de qualidade reflete os altos índices de analfabetismo, evasão escolar, violência e doenças epidêmicas. Em um trabalho coordenado com a escola, a OSC oferece atividades que complementam o currículo, estimulando a interpretação e produção de textos. Nas oficinas de tecnologia, as crianças e adolescentes têm contato com programas de edição de texto e imagem, jogos educativos e robótica. A cada bimestre é realizada uma reunião de planejamento e acompanhamento das ações entre a OSC e a escola. Os encontros são divididos em dois momentos, um pedagógico e outro social. As educadoras e coordenadoras levantam a necessidade de cada criança e a encaminham para a rede de proteção social, quando necessário. A OSC e a escola parceira também participam das conferências municipais para a construção de políticas públicas de educação e assistência social.

Médio Porte — Ação “Projeto Olho Vivo”, realizado pela Associação Experimental de Mídia Comunitária – Bem TV e a Escola Estadual Guilherme Briggs, em Niterói. Se existe algo que atrai os jovens são as tecnologias da informação e da comunicação. Partindo desse interesse, o Projeto Olho Vivo constrói um instrumento de inclusão social para adolescentes de seis comunidades de Niterói. Atende 54 adolescentes entre 13 e 18 anos, formando-os na área da comunicação, com o objetivo de ampliar suas perspectivas de vida. Além disso, estimula a visão crítica dos adolescentes sobre a realidade em que estão inseridos, sobre os meios de comunicação e sobre o próprio mercado de trabalho.

Grande porte — Ação “A escola atravessada pelo território”, realizada pela Associação Redes de Desenvolvimento da Maré e a CIEP Hélio Smidt, no Rio do Janeiro. No Complexo da Maré, maior conjunto de favelas da capital carioca, a parceria entre OSC e escola resulta em políticas públicas efetivas. O trabalho conjunto entre as 16 associações de moradores e as escolas da região criou o movimento chamado “Maré que Queremos”. O resultado foi a construção de 20 novas escolas e a implantação do turno único, com ampliação do tempo de funcionamento das unidades.

O projeto oferece atividades arte-educativas para crianças e adolescentes nos diversos espaços da Redes da Maré. Também são realizadas oficinas de azulejaria, teatro, fotografia e um curso de informática para adolescentes.

A ação “Nenhum a Menos”, no contexto do projeto, realiza a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola e acompanha aqueles que somam mais de 12,5% de faltas. O trabalho é feito por mobilizadores comunitários. Essas crianças passam a receber acompanhamento pedagógico e social. Também é realizada a complementação escolar para aquelas que sofrem com a distorção idade/série.

Para quebrar as barreiras simbólicas geradas em um contexto de violência, é desenvolvida a ação “Maré sem Fronteiras”, que promove quinzenalmente um passeio ciclístico pelos polos de cultura e pontos de interesse das crianças e adolescentes da Maré, como forma de atravessar o território com educação.

Próximas regionais — As próximas premiações regionais ocorrem no dia 27 de outubro em Belém - PA (regionais Belém e Goiânia); 9 de novembro em São Paulo – SP (regionais São Paulo, Ribeirão Preto e Curitiba); e 14 de novembro em Recife – PE (regional Recife).

A premiação nacional será no 11 de dezembro, no auditório Ibirapuera em São Paulo, quando serão anunciadas as quatro parcerias premiadas nacionais (uma de cada porte orçamentário) e OSC e escola receberão mais R$ 100 mil cada uma. O prêmio total para cada instituição reconhecida na última etapa somará R$ 130 mil.

O Prêmio Itaú-Unicef é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Este ano tem como mote “Educação Integral: Parcerias em Construção”.

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