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18/11/2017 - 07:41

Gestão de Riscos Operacionais


Tenho realmente controle do meu negócio ou estou correndo um grande risco?.

Mais do que nunca as empresas precisam incorporar a Gestão de Riscos Operacionais em seus planejamentos estratégicos e culturas organizacionais. Não saber identificar e controlar os riscos que sua empresa está correndo é tão perigoso quanto dirigir um carro em alta velocidade de olhos vendados. Por isso é sempre importante refletir: Estou correndo esse risco?

Quando uma pessoa precisa passar por um procedimento operatório, um dos primeiros pedidos do médico é o risco cirúrgico. O conteúdo deste laudo é que sinaliza a atual situação de saúde do paciente, a ponto de qualificá-lo como apto, ou não, àquela cirurgia. Se qualificado, durante a realização do procedimento operatório, uma série de indicadores são acompanhados, e todos os envolvidos estão preparados para executar as ações que forem necessárias. Se não for qualificado, o procedimento será tratar as causas para que os indicadores (olhem eles aí de novo) atinjam patamares que viabilizem a cirurgia. A Gestão de Riscos Operacionais nas organizações tem este mesmo princípio.

O principal objetivo deste tipo de gestão é garantir a saúde das organizações, reduzindo, ou eliminando por completo, perdas financeiras e operacionais, prejuízo de imagem, autuações e multas, perdas legais e de informações de negócios. Além disso, existem outros motivadores para realização de tal gestão, como a acirrada competitividade do mercado, potencializada por clientes cada vez mais exigentes, que não perdoam como costumavam perdoar (e o faz rapidamente com a ajuda da inovação das comunicações e redes sociais) ou até mesmo por que muitas empresas ainda precisam operar em condições cada vez mais desafiadoras, com estruturas mais enxutas e menos estoques.

Uma fila, por exemplo, pode ser fator determinante para um cliente desistir ou não considerar uma empresa numa próxima compra. A emissão incorreta de uma nota fiscal pode acarretar no pagamento indevido de impostos, com prejuízo a imagem, mais multas e autuações. Atrasos na entrega de um produto pode ser fatal para o estabelecimento da relação de confiança entre cliente e empresa. E por aí vai...

Dessa forma, podemos afirmar com segurança: gerir riscos é fundamental e deve fazer parte da estratégia e cultura de toda organização, seja ela de qualquer porte e segmento. É, e se não é, deve ser uma prioridade. Com saúde não se brinca.

Depois dessas pontuações e fazendo uma análise rápida, é importante sempre refletirmos: quais riscos operacionais podem afetar e gerar perdas substanciais a nossa organização, a médio e longo prazo? Ou: estamos gerindo adequadamente nossos riscos?

A adequada Gestão de Riscos Operacionais requer uma visão de negócio e de mercado associada a uma dinâmica estabelecida de identificação, análise e mitigação, suportada por uma gestão de indicadores, bem como por processos e sistemas, com pessoas responsáveis por cada atividade. Vale ressaltar que essa gestão pode ser implantada pelas próprias áreas das organizações ou por uma área destinada a executar tal atividade para todas as demais.

Uma vez implantada a Gestão de Riscos na companhia, cabe aos responsáveis identificar os possíveis riscos e seus impactos, definir como monitorá-los e acompanha-los, e sempre como mitiga-los, reduzindo a probabilidade de acontecer e, caso ocorra, estabelecer um plano de ação para corrigir ou um plano de contingência para minimizar os impactos. É de suma importância criar procedimentos para situações não previstas, afinal, os negócios e processos são dinâmicos e qualquer empresa está sujeita aos mais diversos e novos riscos.

Para finalizar, devemos prestar atenção a alguns “detalhes”, pois o pior cenário é realizar essa gestão, por exemplo, sem garantir que os indicadores, limites, ferramentas de controle e ações estejam sempre atualizados de acordo com o momento, tanto do ponto de vista da evolução dos negócios, como de possíveis sazonalidades, ou sem que todos sejam comunicados e envolvidos da maneira adequada, garantindo o comprometimento e a prontidão necessária.

Com certeza, com tudo isso sob conhecimento, nossos “procedimentos cirúrgicos” serão mais seguros, nossas viagens de carro mais agradáveis e nossos negócios terão muito, mas muito mais sucesso.

. Por: Yuri Sanchez, sócio fundador da Peers Consulting | Sediada em São Paulo e com atuação em todo país, a Peers desenvolve ou já desenvolveu projetos para empresas como Advent International, Carlyle, BTG, Boticário, Movida, Axa, TCP, Kroton, Quero-Quero, Allied, Scalina, Ferrero, Aon, Grupo Cataratas e Instituto Sonho Grande entre outras. |http://peers.com.br.

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