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22/11/2017 - 07:11

CONRE-3 realiza XIII Encontro Estatístico

Evento apresenta panorama dos principais erros estatísticos que comprometem resultados nas áreas acadêmica, de tecnologia e saúde.

Estatístico é o profissional que apresenta dados reveladores a partir da obtenção e interpretação dos dados nas mais diversas áreas do conhecimento. Por meio de seu trabalho é possível relacionar eventos, fatos e fenômenos, permitindo prever resultados futuros com maior confiabilidade. Além das análises, a estatística permite validar métodos e técnicas para reduzir incertezas.

Mas quais são os possíveis erros que podem ameaçar a validade das conclusões? E como evitá-los? Esses e outros assuntos serão discutidos no XIII Encontro Estatístico, que acontece em 25 de novembro, em São Paulo. Com o tema: “Erros Estatísticos”, o evento trará importantes profissionais que apresentarão os principais erros cometidos nas áreas acadêmica, de tecnologia e saúde.

A abertura será feita por Dóris Fontes, Presidente do Conselho Regional de Estatística da 3ª Região (CONRE-3). Na sequência, os presentes contarão com um panorama geral dos erros apresentado por alguns de seus conselheiros e pelo convidado Alexandre Pinto, membro da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD), além de dois painéis específicos.

Painel 1 - Machine Learning: Os erros em Machine Learning, tema do Painel 1, serão apresentados por Adriana Marques Silva, Head de Analytics da SAS, e Julio Trecenti, Diretor-técnico da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ) e vice-presidente do CONRE-3.

A escolha do tema deve-se ao advento do Big Data e à popularização dos modelos estatísticos no ambiente corporativo. Por conta desse aumento, a quantidade de profissionais que utilizam técnicas de aprendizado aumentou exponencialmente nos últimos anos.

“A popularização, apesar de positiva, trouxe com ela a banalização dos conceitos estatísticos existentes por trás dos algoritmos computacionais. As consequências de um modelo incorreto do ponto de vista estatístico podem ser sérias. O problema principal desses modelos é que sua capacidade de generalização é baixa, fazendo com que as decisões tomadas no mundo real sejam diferentes daquelas esperadas em laboratório. Na prática, um carro que dirige sozinho, por exemplo, pode bater ao analisar uma placa ligeiramente alterada”, explica Julio Trecenti.

Painel 2 – Saúde: O Painel 2, sobre os erros na área médica, contará com as participações das professoras Regina Albanese Pose, psicopedagoga clínica e professora nas áreas de Bioestatística e Psicometria da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e FSA (Fundação Santo André), e Ângela Tavares Paes, docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE). Também estará presente Lucas Petri Damiani, que foi estatístico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e da Escola de Enfermagem da USP. Atualmente trabalha no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (IEP-HCor).

Em especial, na área médica, boa parte do conhecimento é construído a partir de pesquisas quantitativas e análises de dados. Para a Professora Ângela, erros estatísticos nessas análises podem levar a conclusões erradas, o que reflete na prática médica e consequentemente nos pacientes.

“Os médicos utilizam comprovações científicas publicadas em revistas médicas para conduzirem sua prática. Se a análise estatística desses trabalhos foi aplicada de forma errada, pode-se constatar que uma droga inócua com sérios efeitos colaterais é melhor que outra e assim pacientes são expostos a um sofrimento sem necessidade”, explica.

Neste sentido, o evento é importante, não apenas para estatísticos, mas para médicos e demais profissionais ligados ao tema.

“Hoje, as cerca de 1790 escolas médicas brasileiras devem dar conta, cada vez mais, de uma medicina personalizada, que tenha como premissa a biodiversidade humana. Tal fato converge para uma situação em que o domínio de informações sobre estudos clínicos, cada vez mais, esteja em situação divergente com a capacidade humana de leitura, compreensão, interpretação e aprendizagem. Considerando esta dimensão, é que os profissionais da área da saúde contam com parceiros da área da estatística, informática, a fim de potencializar o binômio produção-consumo de evidências científicas sólidas. Portanto, cada vez mais, nós, estatísticos, clamamos para que os pesquisadores façam os trabalhos em equipes multidisciplinares, incluindo o bacharel em estatística”, alerta a Professora Regina.

Conhecimento para estatísticos e demais profissionais ligados ao tema — O encontro promete ser um espaço para integração e fonte de conhecimento para estatísticos e todos os profissionais ligados ao tema, que utilizam modelos estatísticos em suas áreas de atuação.

“Nossa intenção é alertar profissionais sobre as consequências dos erros estatísticos nas diversas áreas. O tema é extremamente relevante e uma manhã será pouco para discuti-lo. Ainda assim, só o fato de levantarmos a lebre para o problema e a oportunidade de apresentá-lo outros profissionais já pode gerar frutos. É uma sementinha que plantamos para disseminar a necessidade de levar a Estatística a sério. Quando profissionais inseridos nessa área discutem erros que ocorrem com frequência e se pronunciam a respeito disso, ajudam a disseminar o problema e alertar outros profissionais para que esses erros aconteçam cada vez menos”, comenta Ângela.

“Na área da estatística, minha expectativa é que o evento sirva para empoderar o estatístico como profissional estratégico em qualquer ambiente de negócio. Ao contrário do que muitas pessoas afirmam, o avanço crescente do machine learning veio para reforçar ainda mais essa posição, não para substituir o trabalho do estatístico por outros profissionais. Ao mesmo tempo, espero que as discussões abram os olhos de estatísticos que estão desatualizados: a estatística muda com o mundo, e o mundo está muito acelerado. Não temos tempo a perder”, finaliza Trecenti.

O evento — O Encontro, direcionado a estudantes, profissionais da área e demais interessados, é organizado pelo Conselho Regional de Estatística da 3ª Região – CONRE-3, responsável pelos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As inscrições, que podem ser feitas pelo site www.conre3.org.br, têm investimento de R$ 30,00. No dia do evento é preciso levar um litro de leite em caixa. Cada inscrição dará direito a uma camiseta.

O XIII Encontro Estatístico acontece a partir das 9h, no auditório da SAS Software Brasil, em São Paulo.

. XIII Encontro Estatístico – Erros Estatísticos, como evitá-los?, dia 25 de novembro de 2017, das 9h às 13h30, no Auditório da SAS Software Brasil, Av. Brigadeiro Faria Lima, 3744 – Itaim., Inscrições: até 24 de novembro, pelo site: www.conre3.org.br (informar o tamanho da camiseta). Investimento: R$ 30,00 e um litro de leite em caixa (alimento deve ser levado no dia do evento).* Inscritos ganham uma camiseta| Mais informações: [email protected] ou (11) 3361-8590.

A Estatística foi considerada a melhor carreira de 2017, segundo ranking anual do CareerCast.com, site norte-americano especializado em empregos, com salário médio anual de US$ 80,110. Em 2016, ficou em segundo lugar. No Brasil não é diferente. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2013, entre 48 carreiras de nível superior, a estatística é a que apresenta a segunda melhor remuneração média no país, só perde para os médicos. Foi chamada de Profissão “Sexy” pela Revista Harvard Business Review e tem mais vagas de emprego do que profissionais formados. Foi regulamentada no Brasil pela Lei Federal Nº 4.739 de 1965.

O CONRE-3 - O Conselho Regional de Estatística da 3ª Região (CONRE-3), com sede no município de São Paulo, abrange os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Foi constituído pelo Conselho Federal de Estatística (CONFE), em 1968. O órgão, entre suas atribuições, é responsável por zelar pelos interesses da profissão, além de fiscalizar e zelar pela ética profissional.

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