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01/12/2017 - 06:53

Indústria brasileira do aço não recupera as perdas dos últimos 3 anos, diz IABr


Preservação do mercado interno contra as importações desleais e o incremento das exportações são as prioridades, diz os executivos do Instituo Aço Brasil. Há previsão que haja uma alta de 4% nas vendas no Brasil em 2018, mas há decisões prioritárias a ser tomadas para o fomento do setor. Por enquant o as exportações é que estão segurando as empresas.

Em uma coletiva de imprensa no dia 30 de novembro (quinta-feira), no Hotel Hilton em Copacabana, Rio de Janeiro, os executivos do segmento siderúrgico e que representam o Instituto Aço Brasil (IABr) disseram que o crescimento da atividade econômica nacional é lento e ainda não suficiente para que a indústria brasileira do aço se recupere da pior crise de sua história. A previsão do Instituto Aço Brasil de vendas internas é de aumento de 1,2%, em 2017, tímido para compensar a queda acumulada de 32,2%, de 2013 a 2016. A produção deve aumentar 9,2% em relação ao ano passado, devido à entrada em operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), enquanto o consumo aparente de aço deve crescer 5,2% em 2017. Consumo este significativamente suprido pelas importações, cuja previsão de crescimento é de 33,5% este ano.

— Tal fato reforça a necessidade do Governo brasileiro estar atento a medidas ágeis e eficazes de defesa comercial contra práticas abusivas de comércio praticadas por outros países, como é o caso do antidumping de bobinas a quente— lembra o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes .

No curto prazo, devido ao baixo nível de utilização da capacidade instalada, em média de 63%, a saída das empresas aqui instaladas para manter nível mínimo de suas operações é a exportação. A previsão do Aço Brasil é que as exportações de aço cresçam 14,5% este ano na comparação com 2016, ressaltando-se que este aumento em relação ao ano anterior deve-se às exportações da CSP.

Para a efetiva recuperação não só da indústria do aço, mas da indústria de transformação em geral é preciso que o Governo brasileiro corrija as assimetrias competitivas, como elevados custos financeiros e cumulatividade de tributos e concretize as reformas trabalhista e tributária. Outra questão relevante é a elevação da alíquota do Reintegra para 5% para ressarcir os resíduos tributários embutidos nas exportações dos produtos brasileiros.

Sem a correção das assimetrias competitivas e da retomada dos investimentos em infraestrutura, a estimativa do Aço Brasil é de que as vendas de aço no mercado interno só retornarão aos níveis de 2013 em 2028, ou seja, 15 anos depois!

A expectativa do setor é que o governo implemente concretamente as obras de infraestrutura, assim como sejam mantidas as regras de conteúdo local como sinais de alento no médio prazo para a indústria no Brasil.

Cabe reforçar o aumento, em 2017, de medidas de defesa comercial no mercado internacional, por pressão do excedente de capacidade produtiva no mundo, especialmente na China, levando a práticas predatórias de comércio e preços depreciados. Exemplo relevante é a decisão anunciada pelo presidente Donald Trump de abrir investigação para barrar o ingresso de aço de outros países sob a "égide" da segurança nacional, com base na Seção 232.

Já no Brasil, a expectativa do setor é que o governo implemente medidas legítimas de defesa comercial para se proteger de práticas desleais de comércio adotadas pelos países. No caso do antidumping de bobinas a quente, por exemplo, o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) avaliou o processo e constatou claramente a ocorrência de dumping praticado por empresas chinesas e russas e o dano à indústria nacional.

— O mercado doméstico continua bastante difícil para o setor. “As vendas internas do aço somente retornarão aos níveis do ano de 2013 em 2028. É uma década e meia perdida para a indústria do aço — disse o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Alexandre Lyra.

Sérgio Leite de Andrade, presidente da Usiminas e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil observou e diz ser positivo as decisões de reformas que o governo federal está promovendo, mas ainda considera muito tímido diante de tantos tributos

Na lista dos principais setores consumidores de aço, apenas o automotivo apresentou reação ao longo de 2017. —Os segmentos de construção civil e bens de capital continuam em situação muito difícil, com queda nas produções e vendas em 2017 em relação ao ano anterior. O setor siderúrgico opera hoje, em média, com apenas 63% da sua capacidade instalada sendo utilizada, enquanto que o ideal seria 80% — comparou.

O setor do aço estuda entrar na Justiça por causa do Reintegra — É a busca pelo ressarcimento do resíduo tributário, fazer valer a ampliação da alíquota do Reintegra,programa do governo federal que devolve parte dos tributos cobrados na cadeia produtiva de produtos exportados, diz Mello Lopes. — A entidade já está no processo de escolha do escritório de advocacia que cuidará da ação judicial — emendou.

— A lei brasileira veda que se exporte impostos , portanto, a indústria brasileira quer o ressarcimento. Do resíduo tributário que acumula oa longo do processo produtivo — disse o executivo do IABr.

O Marco Polo anunciou que o IABr formará uma coalização com entidades empresariais para levar ao governo uma pauta de reivindicações relacionadas à indústria da construção civil. A primeira reunião será nos próximos dias em São Paulo. Essa coalizão será formada pelas entidades empresariais do setor da construção civil, como a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),  Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Secovi-SP, Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada — Infraestrutura (Sinicon), e Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

— Com medidas bem pontuais, a construção civil pode ter um processo de recuperaçã — afirmou Mello Lopes. Mas somente depois da primeira reunião dessa coalizão vamos ter mais ifnormações — completou.

O executivbo se posicionou sobre o aumento aprovado para o royalty da mineração, Cfem, criticou dizendo que é mais uma medida que vem na contramão das necesidades, isso tira a competitividade de quem quer exportar minério, acaba aumentando o preço do aço — enfatiza.

O setor de petróleo e gás natural consegue vantagens com o Repetro, onde estende por 20 anos benefícios aduaneiros para o setor, e o setor siderúrgico não consegue prioridade em suas demandas.

Entedendemos que o governo ignora nossas colocações, já demonstramos o efeito positivo que a indústria siderúrgica pode ter na economia brasileira, enfim, a indústria da transformação de um país tem que ser fortalecida, ela gera emprego e renda, garantido a infraestrutura de um país.

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