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08/12/2017 - 06:17

França e Rio buscam estreitar relações comerciais


Encontro na FIRJAN reuniu grupos empresariais franceses e fluminenses.

Representantes do Movimento de Empresas da França (Medef) se reuniram na última quarta-feira (6/12) com seus pares fluminenses na sede da FIRJAN para conhecer melhor o ambiente de negócios do estado do Rio. “A França é um dos maiores investidores no Brasil e no estado do Rio. Por isso, é de grande interesse estreitar ainda mais as relações com o país”, ressaltou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio. O encontro contou também com a presença do presidente BNDES, Paulo Rabello de Castro, que detalhou os projetos do banco de desenvolvimento para 2018.

Das cerca de 900 companhias de origem francesa instaladas no Brasil, 200 estão localizadas em território fluminense. “Ampliar a colaboração entre os dois países é fundamental. Existem setores e oportunidades com potencial para serem trabalhados. Além disso, queremos ajudá-los a melhorar ainda mais o ambiente de negócios brasileiro”, observou Alexis Duval, presidente do Conselho França-Brasil do Medef Internacional.

Com objetivo de demonstrar aos franceses o potencial brasileiro, que, para o presidente do BNDES já superou seu período recessivo, Paulo Rabello informou que o planejamento do banco é desembolsar anualmente de R$ 150 bilhões a R$ 175 bilhões até 2022. Para ele, a recuperação da economia possibilitará esses números. “Ouso dizer também que o crescimento do Brasil ano que vem será de 4%, não de 3% como aponta a maioria das projeções”, disse.

Rabello defendeu também a votação no primeiro trimestre de 2018 da reforma tributária e a aprovação da reforma da previdência, que, para ele, é uma questão de bom senso. “O teto de gastos torna a reforma necessária, já que a única parte desse grande orçamento que dá para enxugar é o investimento. O custeio está comprometido. Essa é a razão porque as reformas são indispensáveis", analisou.

Ambiente de negócios fluminense — Guilherme Mercês, economista-chefe do Sistema FIRJAN, apresentou as potencialidades do estado do Rio, que tem a segunda maior economia do país e representa 11% do PIB. De acordo com ele, 12 atividades concentram 84% dos empregados fluminenses, sendo os maiores setores a construção civil, serviços industriais de utilidade pública, as áreas naval e aeronáutica, vestuário, alimentos, extração de petróleo e produtos de metal.

“Em março de 2016, o ambiente de negócios era marcado pela crise. Hoje, a palavra de ordem é reforma. Estamos saindo fortalecidos desse cenário, mas ainda temos alguns desafios a enfrentar, como aprovar as reformas da previdência, a do setor elétrico e a tributária”, pontuou.

Para Maxime Rabilloud, presidente da Total Brasil, o país é estratégico para sua empresa, com investimentos de cerca de R$ 7 bilhões nos últimos anos. Ainda assim, Rabilloud enxerga entraves a serem superados. “A questão ambiental brasileira, por exemplo, é burocrática e sofre grandes dificuldades por conta da judicialização. O arcabouço tributário também é extremamente complexo e precisa ser revisto”, pontuou Rabilloud, que também preside a Câmara de Comércio e Indústria França-Brasil.

Júlio César Moreira, diretor de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), anunciou melhorias na atuação da entidade para destravar a entrada de investimentos no país: “Vamos aderir, por exemplo, ao protocolo de Madrid em 2018, nos adequando, portanto, aos 18 meses necessários para registro de marcas, diminuindo nosso prazo atual de 24 meses”.

Oportunidades de investimento — Entre as oportunidades de investimento no estado do Rio, destaca-se o setor de infraestrutura. Segundo Mauro Viegas, presidente do Conselho de Infraestrutura do Sistema FIRJAN, o Brasil investiu apenas 2,3% do PIB nesse segmento, média abaixo da recomendada pelo Banco Mundial, que é de 4,5% ao ano: “Precisamos mudar essa realidade. Isso é possível principalmente com a maior atuação da iniciativa privada e de investidores internacionais”.

Maria Paula Martins, subsecretária de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do governo do Rio, anunciou oportunidades em saneamento e rodovias para 2018: “Estamos planejando lançar um programa de concessão de rodovias com três lotes pelo estado, medindo cerca de 200 km cada. Além disso, a possibilidade de concessão ou firmação de PPP para a Cedae, a empresa de saneamento e distribuição de água, é atrativa”.

Em relação ao mercado e petróleo e gás natural, Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN, destacou o calendário regular de leilões, as novas regras de conteúdo local, o plano de desinvestimento da Petrobras e programas governamentais, como o Gás Para Crescer e o Reate, como impulsionadores para os próximos anos. “O ambiente de negócios para esse mercado está melhorando”, afirmou aos empresários franceses.

Sobre inovação e indústria criativa, Gabriel Pinto, gerente da Indústria Criativa da FIRJAN, apresentou o potencial da Casa FIRJAN, que será inaugurada em 2018. “Com os novos desafios, esse hub ajudará a fomentar negócios relacionados à criatividade, que é uma das potencialidades do Rio”, disse.

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