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12/12/2017 - 07:07

Editora Maayanot conquista Prêmio Jabuti com Livro de Arte

Livro divulga ilustrações de quadros e esculturas do artista israelense Gershon Knispel radicado no Brasil, com forte conteúdo humanista e social. Com 25 anos de existência, Editora Maayanot comemora 200 títulos publicados e cerca de um milhão de livros impressos.

Celebrando seus 25 anos de existência, a editora Maayanot tem mais um motivo para comemorar: a conquista do Prêmio Jabuti de 2017 na categoria “Ilustração”, que será entregue nesta quinta-feira (30) no Auditório Ibirapuera, ao livro “Retrospectiva: Os 60 Anos das Criações de Gershon Knispel”. A Maayanot torna-se, assim, a primeira editora judaica a receber tal honra. O livro aborda a trajetória de um dos grandes artistas contemporâneos, o israelense radicado no Brasil Gershon Knispel, com textos de Fábio Magalhães, Natan Zach, Ron Bartosh, Gideon Ofrat, João Batista de Andrade, Gilla Balas e do rabino David Weitman, além de um longo poema de Augusto de Campos especialmente dedicado ao grande artista.

O projeto do livro nasceu após uma exposição individual de quadros e esculturas do artista no Memorial da América Latina em 2013, chamada Testemunhos, e oferece uma edição trilíngue (português e inglês, em 240 páginas, e hebraico, em 140 páginas), um pôster central com quatro dobras com alguns dos principais murais de Knispel , inclusive a obra máxima do artista: os quatro painéis sobre Holocausto e Inquisição.

Conforme destaca rabino David Weitman, fundador e editor da Maayanot, Knispel tem várias obras tombadas, como o prédio e mural de sete metros de altura da TV Tupi, no bairro do Sumaré, em São Paulo (tombado em 2012 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - Condephaat), e outras pelo governo de Israel, o que dá uma medida de sua importância cultural. Sobre o livro “Retrospectiva: Os 60 Anos das Criações de Gershon Knispel”, assim resume o rabino Weitman: “Quem gosta de artes plásticas e de história vai se deleitar com a publicação”.

História da Editora Maayanot: “Maayanot”, em hebraico, significa “fontes”. Fundada em 1992, consolidou sua presença no mercado editorial participando da Bienal Internacional de Livros do mesmo ano, realizada no Parque do Ibirapuera. Seu objetivo principal é difundir a sabedoria milenar judaica em língua portuguesa, para os mais diversos públicos. Até agora são quase 200 títulos publicados e cerca de um milhão de livros impressos, que tratam dos mais variados temas e divididos em várias categorias, como autoajuda, mística e filosofia judaica, ética e comportamento e Brasil judaico, entre outros.

A milenar filosofia judaica ? que vem desde os tempos dos patriarcas ? envolve a história do pensamento judeu, que muitas vezes serviu de base para a consolidação de crenças diversas e normas éticas em toda a trajetória da humanidade. E uma das coisas mais importantes desse caminho foi a transmissão do conhecimento pelas gerações, seja por via oral com os discursos rabínicos, seja através de livros e escolas.

Em seus 25 anos de atuação no mercado editorial brasileiro, a Editora Maayanot publica desde obras clássicas (Maimônides, Luzzato, Bíblia) e autores contemporâneos (Adin Steinsaltz, Aryeh Kaplan, Bernardo Kliksberg, Abraham Twersky, Jonathan Sacks, entre outros), até romances e livros infantis com apurado conteúdo didático, a fim de ensejar o aperfeiçoamento ético e moral dos leitores de todas as idades.

Para levar esta sabedoria ao maior número possível de leitores, a Maayanot também comercializa livros e-books: já são 24 títulos no formato para leitores de livros eletrônicos como Kindle, Kobo e IPAD, e com expectativa de novos lançamentos em breve. Enfim, a Editora Maayanot continua ampliando o alcance de suas publicações, que podem ser encontradas nas mais conceituadas redes de livrarias em todo o país, no seu novo site (www.maayanot.com.br) e no Facebook.

Trajetória de um mestre — Vencer o concurso para criar o mural da TV Tupi, em 1958, foi justamente o motivo que trouxe Knispel pela primeira vez ao Brasil. Em 1963, ganhou o prêmio o prêmio de livro ilustrado na 7ª Bienal de São Paulo com desenhos para poemas de Bertolt Brecht. Sua proximidade com referências da vida cultural brasileira na década de 60 fizeram com que Knispel fosse, constantemente, convidado a expor suas obras, ilustrar livros e produzir gravuras e cartazes para os movimentos sociais.

Aproximou-se de Oscar Niemeyer, em 1964, como membro da equipe em Israel no desenvolvimento do projeto da Universidade de Monte Carmel. Mas Knispel teve de deixar o Brasil logo após o golpe militar naquele ano, só retornando em definitivo em 1995, já em plena democracia. Em 1998, foi convidado a produzir o monumento em comemoração aos 50 anos de criação do Estado de Israel.

Knispel é um dos fundadores do movimento realista do então jovem estado de Israel, nos anos 50. Além da Pomba de Noé, símbolo forte da sobrevivência judaica durante o exílio, instalado no Memorial da Imigração Judaica, o artista tem inúmeras obras expostas, em lugares como o Clube Hebraica e o Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do Estado de S. Paulo). Destaque especial para as quatro esculturas expostas na Instituição Beneficente Ten Yad, nas quais Knispel descreve a tragédia do Holocausto que se abateu sobre o povo de Israel no século 20 e os heróis das revoltas nos guetos, além das perseguições perpetradas pela Inquisição na Península Ibérica.

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