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16/12/2017 - 07:09

Leilão da Boi Gordo arrecada 4 vezes mais e atinge R$ 67 milhões

Um consórcio controlado pela Zuquetti & Marzola Participações e Representações Ltda, arrematou, no dia 14 de dezembro (quinta-feira), por R$ 67 milhões, 12 lotes de uma propriedade rural na região de Comodoro, em Mato Grosso, de 53 mil hectares.

O valor da arrematação superou as expectativas dos credores e do juízo da falência, que havia fixado lance inicial de R$ 18 milhões para as terras — um deságio de 90% em relação à avaliação dos bens, de R$ 177 milhões. A responsável pela organização do leilão, que reuniu 14 habilitados e teve 43 lances em uma disputa de quase uma hora, foi a empresa Lut Leilões. “O leilão on-line e presencial consegue atingir um público de interessados cada vez maior. Traz mais transparência nas execuções e agilidade aos processos”, diz César Augusto Badolato, leiloeiro oficial. Cerca de 60 pessoas acompanharam o leilão presencialmente e pela internet.

Segundo o promotor de Justiça que acompanha o caso, Eronides Santos, da Promotoria de Justiça de Falência do Ministério Público de São Paulo, o trabalho de fechamento da falência deve durar mais 3 anos, devido a uma nova fase de busca de bens dos ex-sócios da companhia. “Estamos conseguindo trazer para a massa falida da Boi Gordo esses bens desviados, que serão avaliados e leiloados. Nossa expectativa é que a incorporação desses imóveis, a maioria rurais, traga cerca de R$ 500 milhões a mais em bens à massa falida”, comenta Eronides.

A Boi Gordo é a primeira empresa rural que, após falir, ressarcirá seus credores, de acordo com o administrador judicial da Boi Gordo, Gustavo Sauer. Antes, Gallus e Arroba’s também abriram falência, mas não conseguiram pagar todos os credores.

“Desde a decretação da falência, vendemos mais de 60 fazendas distribuídas por 220 mil hectares, muitas delas com ágio, tendo levantado cerca de R$ 530 milhões. Com esse dinheiro foram pagos os credores trabalhistas, com cerca de R$ 75 milhões em créditos. No início do próximo ano, pagaremos investidores e todo o passivo tributário”, explica Sauer.

As 12 fazendas vendidas nesta quinta tiverem origem da divisão das Fazendas Realeza do Guaporé I e II, com cerca de 135 mil hectares, que estava avaliada em R$ 525 milhões. Dessa região, a massa falida levantou R$ 319 milhões, o que corresponde a 61% do valor da avaliação.

Segundo o promotor Eronides Santos, “a recuperação desse valor é a maior já registrada em casos de pirâmides financeiras, mas nem sempre é assim. O investidor de boa-fé, normalmente, perde todo capital investido”, diz Santos.

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