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12/01/2018 - 07:16

Professor da FGV analisa mercado de aplicativos de mobilidade no Brasil

O professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV, André Miceli, acredita que o mercado de aplicativos de mobilidade no Brasil tem um grande potencial e uma tendência à fragmentação. Ele ressalta que apenas 10% da população do país, perto de 20 milhões de brasileiros, usam algum sistema. "Isso equivale a toda a população de alguns países europeus, mas a uma pequena parcela da população do Brasil. Como temos um sistema de transporte urbano fundamentalmente rodoviário, o potencial de expansão é muito grande", aponta André Miceli.

O especialista aponta que os recentes problemas apresentados pela Uber podem ampliar ainda mais o mercado. "Exemplo disso é a gigante Didi Chuxing comprar o controle do aplicativo de táxi 99. O investimento marca um passo significativo na execução da estratégia global da Didi", destaca o professor da FGV.

André Miceli aposta ainda na tendência de aumento cada vez maior de usuários desse serviço no país. "Os jovens foram os primeiros a baixar, agora os pais já estão usando e novos usuários devem surgir. O mesmo acontece com as cidades, primeiro foram as capitais, agora as cidades menores devem receber os aplicativos", observa.

Regulamentação - As novas normas para transporte de passageiros por aplicativo que entraram em vigor na cidade de São Paulo , de acordo com Miceli, pode virar uma jurisprudência nas outras cidades. Ele alerta que esse processo pode desestimular a entrada de novos motoristas ou até a saída de alguns. "Com isso teremos menos oferta, logo os preços podem aumentar", acredita.

Agora, em um momento complicado para o setor em termos de regulação, cria-se para o professor da FGV um ambiente cada vez mais competitivo com a presença de outros grandes nomes como a Cabify. Para Miceli, a Uber parece diante de mais um desafio. "Pode ser que apareçam aplicativos específicos para certos nichos. Como o que só vai transportar mulheres, o de luxo e até mesmo os aplicativos de cooperativas de táxi", diz.

Uber — Já a situação da Uber no Brasil, de acordo com Miceli, é diferente daquela vista em outros países onde o mercado de transporte de aplicativos é forte. "Na China, por exemplo, a Uber enfrentou anos de dificuldades antes de desistir do mercado, vendendo suas operações para a própria Didi. Na Rússia, houve movimento semelhante, mas a fusão se deu com a Yandex, a maior companhia do ramo por lá", lembra André Miceli.

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