Utilitários conquistam consumidores

Pesquisa aponta que as vendas dos utilitários cresceram de 2007 para 2008. Conforto e economia na hora de abastecer são fatores que contribuíram para o aumento das vendas.

Brasília – Eles são mais altos, de longe chamam a atenção e estão cada vez mais em evidência. Trata-se dos veículos utilitários, um dos segmentos que mais cresceu nos últimos anos.

Para o diretor da Mahindra Govesa, Estenio Tibério Pereira da Costa, entre os principais motivos que levaram a esse crescimento está a evolução tecnológica desenvolvida para esse tipo de carro. “Algum tempo atrás, era status ter vários carros na garagem. Hoje, essa mentalidade mudou. O mais funcional e prático é adquirir um automóvel que atenda a várias necessidades”, considera.

Esse é justamente o caso dos utilitários, segundo Costa. “Atualmente, ele tem o conforto de um carro mais leve, o que facilita o seu uso para o transporte urbano, para um simples passeio de fim de semana ou, até, para viagens longas, pois também apresenta mais resistência. Além disso, serve, ainda, para transportar cargas e rodar em estradas de terra. São essas múltiplas utilidades que passaram a chamar a atenção do consumidor”, argumenta.

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF) reflete o bom momento do segmento de comerciais leves, que abrange picapes, camionetes e utilitários em geral. Em fevereiro de 2008, foram emplacadas 673 unidades, 5,8% a mais em comparação com janeiro, quando os concessionários venderam 636 carros.

Ao observar as vendas dos dois primeiros meses de 2008, o crescimento é de 23,8%, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram vendidos 1.309 veículos, contra 1.057. “O crescimento das vendas denota o maior poder de compra da população e a visão que ela tem das vantagens que os utilitários possuem”, identifica o consultor de vendas da Mahindra Govesa, João Carlos Barbosa.

Os utilitários deles, ou a maioria deles, vêm na versão 4x4, com um motor mais potente, com fortes carrocerias e uma mais resistência a impactos. Inicialmente, eram mais utilizados em lugares de difícil acesso, com condição de estradas ruins, porém, hoje, eles já fazem parte do dia-a-dia dos centros urbanos.

“Os veículos Mahindra, por serem a diesel, oferecem mais economia que os comerciais leves. O combustível chega a custar 30% menos que a gasolina, sem contar que o motor consome 40% menos que os dos demais veículos”, observa Barbosa. Ainda segundo o consultor, os utilitários são mais confortáveis, apresentam economia na hora da manutenção e possuem menor índice de quebras e reparos.

Os utilitários ainda apresentam as melhores estruturas de suspensão e resistência em terrenos instáveis. “Esses tipos de vantagens são importantes nos centros urbanos já que, em alguns lugares, o asfalto possui muitos desníveis e buracos”, acrescenta o consultor.

O engenheiro Manoel Torres, que viaja muito para pescar e visitar suas fazendas, diz estar muito satisfeito em ter adquirido um veículo Mahindra. “Procurei comprar um carro que atendesse as minhas necessidades dentro dos centros urbanos e fora deles. A picape cabine dupla da Mahindra, além de apresentar conforto interno, economia no abastecimento e constância na velocidade, é mais barata e mais resistente que outros utilitários da concorrência”, garante o engenheiro.

Perfil do Grupo Govesa – Inaugurada em 1942, mas com o nome de Eletro Mecânica Importadora de Goiás Ltda, a Govesa, hoje, é um grupo de empresas divididas em vários setores tais como construtora, consórcio, corretora de seguros, locadora e trading. Entre os que mais se destacam está o de revenda de veículos que trabalha com marcas multinacionais, como a Volkswagen, Toyota Hyundai, Yamaha e Sundown Motors.

Perfil da Mahindra - O grupo Mahindra surgiu em 1945 e, atualmente, figura entre os cinco maiores fabricantes de tratores e máquinas agrícolas do mundo, além de se destacar no segmento de utilitários. Ele atua em diversos ramos da economia indiana, como serviços financeiros, componentes automotivos e tecnologia da informação. Com um faturamento de mais de U$ 4 bilhões em 2006, emprega, atualmente, mais de 40 mil pessoas.