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04/04/2008 - 09:42

Empresas gastam mais para contratar e reter talentos

Pesquisa da Grant Thornton International mostra que concorrência e falta de pessoal altamente qualificado levam organizações de capital fechado a mudar modo de relacionamento com funcionários.

Os gastos das empresas privadas não listadas em bolsas com o pagamento de seus staffs subiram 63% nos últimos doze meses. Já os custos com o recrutamento e a retenção de pessoal ficaram 59% mais altos no mesmo período. É o que mostra o International Business Report, pesquisa da Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton, uma das maiores organizações de auditoria e consultoria do país. A pesquisa foi ouviu 7.800 empresas de 34 países.

De acordo com a pesquisa, a China é o país com a porcentagem mais alta de empresas que estão gastando com suas equipes: 91%. O Brasil, segundo a pesquisa, aumentou os gastos em 66%, bem próximo da média mundial, que é de 63% - no país, foram ouvidas 150 empresas, sendo cem de São Paulo, 25 do Rio e 25 de Salvador. Países emergentes, como Índia (86%), Turquia (85), Polônia (82%) e África do Sul (82%) são os que apresentam os maiores gastos. “São os países emergentes que têm sido mais afetados pelos custos com funcionários”, explica Alex MacBeath, líder global da área de empresas não listadas em bolsas da Grant Thornton International.

Para Wanderlei Costa Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton, a falta de funcionários altamente capacitados está levando a uma revolução dentro das empresas. “Os empresários já perceberam que não é apenas o salário que atrai os executivos, então muitas empresas já oferecem benefícios diferenciados.” Para Wanderlei, funcionário motivado é um dos melhores marketings para as empresas. “Por isso as organizações estão se esforçando para agradar o staff e manter seus profissionais.”

A mesma pesquisa exemplifica essa preocupação. Na média, 59% das empresas ouvidas disserem ter tido gasto valores maiores nos últimos doze meses para encontrar e manter funcionários adequados às vagas, de executvos a trabalhadores braçais. Também perto da média global, 61% das empresas brasileiras pesquisadas disseram ter gasto mais para preencher as vagas.

Há países, no entanto, em que os gastos com recrutamento são bem maiores do que a média mundial, como no Vietnã (84%), China (81%), Índia (79%) e México (79%). “A falta de colaboradores e o aumento da competição estão levando as empresas de capital fechado a criar políticas de recrutamento e retenção de pessoal”, afirma MacBeath.

Entre todas as empresas que participaram da pesquisa, 64% afirmaram estar trabalhando para reter os funcionários certificando-se que eles conhecem os valores e missão da companhia – esse, segundo os entrevistados, é o meio mais eficaz de assegurar a lealdade da equipe. Essas organizações também estão preocupadas com a sucessão de seus gerentes e diretores. Por isso, 57% responderam que estão dando treinamento e criando oportunidade de ascensão aos funcionários.

Wanderlei afirma que reter profissionais é importante para o sucesso, a longo prazo, de todas as empresas, mas é “particularmente crítico para as empresas privadas não listadas em bolsas. “O recrutamento é um processo caro e uma organização que está sempre perdendo seus talentos não vai progredir e crescer”, explica. “Além disso, mudar constantemente de colaboradores aumenta o trabalho de quem permanece na companhia, criando desconforto na equipe”, diz. “Oferecendo benefícios, dificilmente os profissionais deixam a empresa apenas por causa do salário.” Para ele, o relacionamento do profissional com a empresa para a qual ele trabalha é como qualquer outra relação. “Esse relacionamento leva em conta se o colaborador acredita no que está fazendo, com quem ele trabalha, os valores da organização e o tratamento que ele recebe.”

Aumento de custos com o staff.: China – 91% | Índia – 86% | Turquia – 85% | Argentina – 75% | Brasil – 66% | Média global – 63% | Canadá – 61% | Alemanha – 57% | México – 53% | Estados Unidos – 48% | Japão – 17%.

Aumento de gastos para recrutamento e manutenção das equipes.: Vietnã – 84% | China – 81% | Índia – 79% | México – 79% | Brasil – 61% | Média Global – 59% | Grã-Bretanha – 49% | Alemanha – 48% | Singapura – 30% | Japão – 3%

A pesquisa - Em 1992, a Grant Thornton International iniciou uma série de pesquisas anuais (EBS ou Pesquisa de Empresas Européias) sobre as posturas e expectativas de pequenas e médias empresas européias. Em 2003, o projeto se tornou mais abrangente, passando a incluir empresas de médio porte de vários países e foi rebatizado como IBOS ou Pesquisa Internacional de Proprietários de Empresas.

Em 2007, o nome da pesquisa foi novamente alterado para International Businessa Report (Relatório Internacional de Empresas), ou IBR. A Grant Thornton International doa US$ 5 à Unicef para cada questionário IBR respondido pelas empresas. As doações em 2008 deverão ultrapassar US$ 35 mil.

Perfil do Terco Grant Thornton - Há 25 anos no Brasil, a Terco Grant Thornton é a 5ª maior organização de auditoria e consultoria do país. Com mais de 500 profissionais, possui 900 clientes ativos. Em 2007, registrou um crescimento de 50% em seu faturamento em relação ao ano anterior. Com sede em São Paulo, possui escritórios no Rio, em Salvador e em Goiânia.

Desde 2005 é a representante brasileira da Grant Thornton International (GTI), uma das maiores organizações de consultoria e auditoria do mundo, líder do mercado de contabilidade e consultoria. Com 521 escritórios em 113 países, a GTI registrou faturamento global de US$ 3,4 bilhões no ano passado.

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