Deputado incentiva melhor qualidade na programação da TV

Muito tem se discutido sobre a qualidade da programação televisiva que invade diariamente os lares brasileiros. São programas que oscilam entre o informativo e o entretenimento, com toques eróticos e até animalescos, sem medir limites para conseguir audiência. Respeito pelo telespectador é algo inexistente na maioria dos vocabulários dos gestores da programação. Mas isso não representa novidade.

Embora a televisão brasileira tenha qualidade em termos técnicos, quando o assunto é conteúdo há muitas queixas. Cenas de sexo explícito, pessoas sendo expostas ao ridículo, mazelas familiares e a violência banalizada são elementos presentes na programação de muitas emissoras.

A televisão foi trazida para o Brasil em 1957. De lá para cá, sua tecnologia e abrangência fizeram dela a todo-poderosa dentre os meios de comunicação de massa. Nenhum outro instrumento tecnológico criado pelo homem desperta tanta atenção, é tão adorado e odiado, e movimenta tanto dinheiro. Mas, sempre que se fala em TV, as pessoas se vêem às voltas com uma discussão tão velha quanto seu surgimento: a qualidade do conteúdo transmitido.

Muita gente, dentro e fora dela, está empenhada na batalha pela qualidade. Assim, foi aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 22 de dezembro de 2006, o Projeto de Resolução nº 40/03, de autoria do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB), que institui o “Prêmio Paulista de Responsabilidade Social da TV”.

Pensando no poder da televisão na formação de opiniões, na forte influência na educação das pessoas e por tratar-se de uma concessão pública, o deputado teve a idéia de premiar as emissoras de televisão cuja programação melhor promoveu, durante o ano, a cultura universal e nacional, a diversidade de fontes de informação, o lazer e o entretenimento, a pluralidade política e o desenvolvimento social e econômico do País, respeitando a dignidade dos cidadãos.

O objetivo desta iniciativa é incentivar a boa programação televisiva, que atenta aos problemas sociais, promove valores de paz e dignidade humana e incentiva a cidadania. “Infelizmente, as emissoras tem se preocupado muito mais com os pontos de audiência do que com lares e pessoas. Já está mais do que na hora dessa situação mudar!”, afirma o deputado.