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04/04/2008 - 10:12

200 anos dos Portos x Tecnologia Portuária

Atingimos a maioridade?

Em 1808 o Rei D. João VI proporciona a abertura de nossos portos para o mundo. Cerca de 9.000 km de costa se abriram para o comércio internacional. Depois de tanto tempo, vários portos criados, recordes de movimentação e a expectativa de um colapso logístico, sempre fazem parte do cotidiano do noticiário portuário de nosso país.

Com a Lei de Modernização dos Portos, a tão famosa 8.630 de 1993, permitiu-se a consolidação de reformas e a inserção de nossos portos em um contexto de modernização como nunca antes em um mercado que não poderia mais esperar, sob o risco de ficar para trás na história portuária mundial e continuar freando a economia. Mas, de 1808 para 2008, o que de fato temos a comemorar? O que precisamos melhorar? Qual nosso diferencial competitivo em um cenário global que faz com que Rotterdan e Singapura pareçam estar logo ali do outro lado da baía?

Como em tudo o que se propõe a fazer, o Brasil tem um grande potencial criativo que o permite ser uma nação respeitável. Com a Lei de Modernização, surgiram os arrendamentos que trouxeram a atenção de grupos internacionais com o plano de criarem-se Terminais Operadores Portuários modernos e com grande capacidade de movimentação. Na fase inicial, esbarrou-se no custo da mão de obra. Objeção vencida e agora? Modernização tecnológica. Esta etapa pegou o mercado local de surpresa, pois no país não havia fornecedores locais com capacidade para atender à demanda famigerada por velocidade e agilidade dentro de um ambiente de alta complexidade da legislação. Porém, com grande capacidade de investimento, os decisores foram ao mercado fazer as compras. Com isso o mercado portuário brasileiro se tornou comprador de sistemas, equipamentos portuários e profissionais gabaritados para a gestão dos Terminais, que somados ao time local, poderiam inserir nossos portos no grupo titular da seleção mundial deste mercado.

Em 15 anos desde a abertura para a modernização, muita coisa se construiu e ainda há muito que se fazer. Hoje já temos fornecedores locais de sistemas informatizados para atender o mercado portuário com capacidade para absorver à demanda que se sofisticam a cada dia mais. Cidades como Santos, onde se localiza o maior e mais movimentado porto de nosso país, já se posicionam como fornecedoras de mão de obra especializada no negócio portuário, sistemas informatizados que incorporam a complexidade do mercado local e nacional e esta é uma grande conquista. Hoje possuímos as peças e as pessoas necessárias para movimentá-las ao favor do país. Certamente, a próxima fase da modernização dos portos, será responsável por um acentuado movimento de metropolização de regiões que não tinham em grande parte do tempo, oportunidades de crescimento. O Porto pode ser uma grande alavanca de prosperidade responsável pela geração de empregos e oportunidades para as pessoas, atraindo ainda mais investimentos e nos tornando referência no mercado mundial. Quando isso ocorrerá em larga escala, ainda é uma incógnita, mas já vemos os elos desta corrente como empresas ligadas direta e indiretamente à atividade portuárias, cada vez mais fortes e maiores. Aí sim, atingiremos a maioridade.

. Por: Anderson Brazão, diretor da Technolog - [email protected]

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