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28/02/2018 - 07:22

Vale atinge lucro líquido de R$ 5,5 bilhões em 2017


Alta de 32,4% ante o ano anterior. No quarto trimestre, a mineradora brasileira registrou lucro líquido de US$ 771 milhões, alta de 47% ante o mesmo período do ano anterior.

Uma das maiores mineradoras do mundo, a brasileira Vale, anunciou seu balanço no dia 27 de fevereiro (terça-feira), informando que o seu lucro líquido em dólares foi US$ 5,5 bilhões obtido em 2017 , — US$ 1,5 bilhão superior ao período de 2016. O Ebitda ajustado foi de US$ 15,338 bilhões em 2017, ficando 28% acima de 2016, apesar do impacto negativo da apreciação do Real (8,4%) e dos maiores preços de bunker (45%), principalmente em função de maiores preços realizados e prêmios.

O Ebitda trimestral ajustado foi de US$ 4,109 bilhões, tendo ficado em linha com o terceiro trimestre de 2017, apesar da redução de US$ 5,3/t no Platts IODEX, como resultado de maiores preços de Metais Básicos e Carvão, maiores volumes de vendas de Minerais Ferrosos e menores custos de Metais Básicos.

O fluxo de caixa livre foi de US$ 8,604 bilhões em 2017, o maior nível desde 2011, permitindo uma redução de US$ 6,899 bilhões da dívida líquida, que totalizou US$ 18,143 bilhões em 31 de dezembro de 2017.

O fluxo de caixa livre trimestral aumentou consideravelmente em relação ao terceiro timestre de 2017, totalizando US$ 2,744 bilhões no quarto trimestre de 2017. Isso permitiu uma redução significativa da dívida líquida de US$ 2,923 bilhões no trimestre. "O sólido resultado operacional e a conclusão do Programa de Desinvestimento aceleraram a redução da dívida líquida. Os US$ 18,1 bilhões de dívida líquida no quarto trimestre de 2017 equivalem a uma dívida líquida pró-forma de US$ 14,4 bilhões, considerando a entrada em caixa de US$ 3,7 bilhões da conclusão da venda dos ativos de Fertilizantes para a Mosaic em janeiro e do Project Finance do Corredor de Nacala a serem recebidos no curto prazo. Obtivemos o financial close do Project Finance de Nacala, o que significa que todas as condições precedentes foram atendidas e iremos receber os recursos em 21 de março de 2018. Esses fluxos, em conjunto com a geração contínua de caixa das operações, nos permitirão atingir nossa meta de US$ 10 bilhões de dívida líquida no curto prazo", destacou o CFO da Vale, Luciano Siani Pires.

Os resultados de 2017 — O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani Pires, comentou que os investimentos alcançaram seu menor nível desde 2005, totalizando US$ 3,848 bilhões em 2017, o que representou uma redução de US$ 1,342 bilhão em comparação com 2016, devido, principalmente, à conclusão do projeto de mina e usina do S11D. É esperado que tais investimentos permaneçam neste nível nos próximos anos.

O Ebitda ajustado para o segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 13,192 bilhões em 2017, ou seja, 26% maior do que em 2016, principalmente devido ao efeito líquido do aumento de 22% do Platts IODEX nas receitas e nos custos (US$ 2,248 bilhões) e dos ganhos de maiores prêmios e das iniciativas comerciais (US$ 1,439 bilhão), que foram parcialmente compensados pelo impacto negativo da variação cambial (US$ 556 milhões) e pelo aumento de 45% dos preços de bunker (US$ 409 milhões).

O Ebitda ajustado por tonelada do segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 37,9/t em 2017, ficando 24% maior do que em 2016, principalmente devido à maior realização de preços e ao melhor mix de produtos, apesar do aumento de 45% nos preços de bunker.

"A Vale está focada em maximizar suas margens através do ajuste do portfólio de seus produtos e de seu volume, levando em consideração o balanceamento dos efeitos positivos da realização de preço contra os impactos no custo. No futuro, os custos serão menores e a realização de preço aumentará gradualmente com a melhora constante do mix de produtos e com a otimização contínua da cadeia de valor", comentou Peter Poppinga, diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão.

Ebitda ajustado de Pelotas — O Ebitda ajustado de pelotas representou 18% do Ebitda ajustado total da Vale, totalizando US$ 2,767 bilhões em 2017, o que significou um aumento de 52% em relação a 2016.

Minerais Ferroros — O Ebitda ajustado do segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 3,319 bilhões no 4T17, representando uma redução de US$ 355 milhões em relação ao terceiro trimesre de 2017, principalmente devido aos menores preços. Após excluirmos os fatores exógenos de menores preços e prêmios (US$ 581 milhões), o Ebitda ajustado ficou US$ 226 milhões maior do que no terceiro trimestre de 2017.

O Ebitda breakeven por tonelada do segmento de finos e pelotas3 aumentou para US$ 33,9/t no quarto trimestre de 2017, ficando US$ 3,9/t maior do que no terceiro trimestre de 2017, principalmente devido aos fatores exógenos como maior taxa de frete spot, maiores preços de bunker e menor prêmio para o minério 65% Fe.

O preço trimestral CFR referência em base seca (dmt4) de finos foi de US$ 72,6/t no 4T17, ficando US$ 7,0/t acima da média trimestral do Platts IODEX.

Metais Básicos — O Ebitda ajustado de Metais Básicos foi de US$ 2,139 bilhões em 2017, superior em 16% ao de 2016, devido, principalmente, a maiores preços. "Estamos a caminho de garantir que cada um dos ativos de Metais Básicos tenha fluxo de caixa positivo, independente do cenário de preços, e, ao mesmo tempo, de manter a opcionalidade para capturar os possíveis benefícios que virão com a adoção dos carros elétricos. Em 2017, realizamos uma detalhada avaliação mina-a-mina, colocando em care and maintenance duas minas no Canadá e uma refinaria de níquel em Taiwan. Outras interrupções estão planejadas para 2018, como a da refinaria de metais preciosos de Acton e a da refinaria e smelter de Thompson. Além disso, acabamos de lançar nosso programa de eficiência de custos com o objetivo de alcançar a redução de US$ 150 milhões até 2020", comentou Eduardo Bartolomeo, diretor-executivo de Metais Básicos.

O Ebitda ajustado trimestral de Metais Básicos atingiu US$ 782 milhões no quarto trimestre de 2017, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2011, representando um aumento de US$ 221 milhões devido, principalmente, a maiores preços e menores custos.

VNC — O Ebitda ajustado trimestral de VNC foi de US$ 11 milhões, devido, principalmente, a maiores preços de níquel e cobalto, à produção trimestral recorde de cobalto e a custos mais baixos5, que foram reduzidos em 14%, passando para US$ 8.420/t no quarto trimestre de 2017.

Carvão — O Ebitda ajustado do carvão embarcado a partir de Nacala alcançou US$ 410 milhões em 2017, levando à evolução no Ebitda ajustado do segmento de Carvão para US$ 330 milhões em 2017, o primeiro resultado positivo desde 2010.

O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, comentou os resultados de 2017: "Nosso desempenho em 2017 mostra uma geração de caixa excepcional e uma redução significativa da dívida líquida devido à melhor realização de preços, disciplina rigorosa na alocação e melhora marginal nos resultados dos ativos de níquel e cobre". Ele concluiu dizendo que "2017 foi o ano de inflexão para a Vale. Demos início a ambiciosas mudanças em eficiência, gerenciamento de custos e governança corporativa. Estamos construindo as bases para diversificar a geração de caixa, melhorando a performance dos ativos que temos hoje e reduzindo, consequentemente, a dependência ao minério de ferro. Nosso objetivo é transformar a Vale em uma empresa mais previsível".

— A Vale distribuirá R$ 4,7 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em dividendos sob forma de juros sobre capital próprio. O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 2,2 bilhões em dezembro de 2017 e R$ 2,5 bilhões em fevereiro de 2018, ambos a serem pagos em março de 2018. Este valor equivale ao pagamento mínimo estabelecido pelo Estatuto da Vale. A decisão de pagar o mínimo requerido reflete uma cautelosa e disciplinada abordagem da Vale, até que a companhia receba os recursos da venda dos ativos e da geração de caixa das operações — avisa.

— A nova política de dividendos está sendo discutida e será aprovada até o final de março— termina.

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