RioBotz/PUC-Rio leva seus “insetos” e sumôs para a Iron Cup, em Minas Gerais

Equipe carioca participa pela primeira vez de um dos mais importantes torneios de robótica do País e que vai reunir competidores universitários de todo Brasil.

A RioBotz, equipe de robótica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), vai levar sete robôs “insetos” e dois sumôs para a competição Inatel Robotics National Cup (Iron Cup), que vai acontecer de 02 a 04 de março(sexta a domingo) na cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí. O apelido “insetos” é por conta de os robôs serem todos bem leves e pequenos. Já os sumôs, também miúdos, têm que ser resistentes para tirarem o adversário da arena em lutas que são sempre muito rápidas.

A equipe carioca participa pela primeira vez da Iron Cup e vai competir em quatro categorias: na Beetleweight, com os medalhistas Mini Touro, Mini Maloney e Mini Puma, que se juntam ao novato Mini Snail, todos de até 1,36kg; na Antweight, de até 454g, com as versões micro do Touro, Maloney e Snail, e nas categorias sumô autônomo, com o C3+, e sumô rádio controlado com o C3. A RioBotz levará um time de 16 alunos que mantêm a expectativa de repetir o sucesso alcançado em outras competições, nas quais estes robôs já acumulam 16 medalhas conquistadas dentro e fora do Brasil, sendo sete de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.

A Iron Cup é a terceira maior competição de robótica do País e segue um esquema de dupla eliminação, em que o robô só sai da competição após perder duas lutas. Serão cerca de 300 estudantes e 120 robôs competindo em cinco categorias diferentes. “Estamos fazendo mutirões de testes diários para corrigirmos as possíveis falhas. Queremos estrear na Iron Cup trazendo medalhas para casa”, reforça Marco Antonio Meggiolaro, coordenador da RioBotz/PUC-Rio.

A RioBotz/PUC-Rio foi formada em janeiro de 2003 com o objetivo de projetar e construir robôs de competição. Em 14 anos de muitas batalhas, a equipe já contabilizou 73 títulos, sendo 40 campeonatos nacionais e 33 medalhas de ouro em competições ao redor do mundo. Outras 70 medalhas são a soma de 39 pratas (19 delas internacionais) e 31 bronzes (19 internacionais), totalizando 143 medalhas.

Perfil — A equipe é composta atualmente, em sua maioria, por alunos das Engenharias de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica. Segundo Meggiolaro, participar de uma competição deste porte é um estímulo para os estudantes. "A Robótica é uma ciência multidisciplinar que fornece bases para a aplicação de diversas engenharias, dentre elas a Elétrica, Mecânica e de Computação. O aluno aprende um pouco sobre todas essas áreas e, principalmente, como integrá-las. No mercado atual, dificilmente se encontra um produto de alta tecnologia puramente mecânico ou elétrico: todas essas engenharias são importantes para a geração de um produto competitivo". Os integrantes da RioBotz têm a possibilidade de adquirir conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos, além de utilizar na prática os conhecimentos obtidos em sala de aula. Embora seu foco seja a construção de robôs de combate, as tecnologias envolvidas podem ser aplicadas em diferentes setores como a indústria de energia, petróleo e médica.