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16/03/2018 - 06:59

Petrobras: líquido no prejuízo, mas exportações dobram em 2017


Embora o resultado operacional teve registro de R$ 35,6 bilhões, mais do que o dobro em 2016, e sua posição de exportadora líquida, foi de 361 mil barris (bpd) no período, ante 167 mil bpd ano anterior. A direção diz que o lucro líquido alcançou R$ 7,089 bilhões, mas por conta do acordo da class action e adesão a programas de parcelamento de tributos explicam prejuízo líquido, que chegou aos R$ 446 milhões. No quarto trimestre do mesmo ano também as perdas somaram R$ 5,477 bilhões.

Em entrevista coletiva à jornalistas, no dia 15 de março de 2018 (quinta-feira), na sede da empresa, Centro do Rio, e por teleconferência, a Petrobras divulgou os resultados do quarto trimestre e de 2017, onde dentre os demonstrativos apresentou um prejuízo líquido negativo de R$ 446 milhões em 2017, mas manteve a tendência de recuperação de seus resultados operacionais e registrou o menor prejuízo dos últimos quatro anos.

De acordo com o presidente da Petrobras Pedro Parente, a companhia teria alcançado um lucro líquido de R$ 7,089 bilhões, mas despesas extraordinárias, especialmente o acordo de R$ 11,198 bilhões para encerramento da ação coletiva de investidores nos Estados Unidos (class action) da class action e a adesão a programas de regularização de débitos federais, que somaram R$ 10,433 bilhões, tiveram impacto significativo no resultado.

O desempenho das operações da empresa manteve tendência positiva, com um resultado operacional mais que o dobro de 2016, totalizando R$ 35,624 bilhões. Houve redução de R$ 16,4 bilhões em relação a 2016 nas reavaliações dos ativos da companhia (impairment), fator que mais contribuiu na melhoria do lucro operacional. Em 2017, por outro lado, essa despesa foi afetada negativamente por registros de impairment no setor de fertilizantes que levaram a uma baixa contábil de R$ 1,3 bilhão. O resultado operacional foi ainda favorecido pela queda de 10% nos custos operacionais gerenciáveis, alta de 24% no preço do petróleo no mercado internacional bem como um ganho maior as exportações.

"Estamos numa trajetória consistente de recuperação, seguindo à risca o que nos propusemos no nosso plano de negócios. Os maiores impactos no balanço de 2017 refletem despesas não recorrentes que reduziram incertezas e riscos em relação ao futuro da companhia”, disse o presidente, Pedro Parente.

Segundo os demonstrativos, em 2017, a empresa reduziu a dívida líquida para US$ 84,871 bilhões, menor valor desde 2012. Com uma gestão ativa da dívida, também foi possível aumentar o prazo médio de vencimento de 7,46 para 8,62 anos e reduzir a taxa média de juros de 6,2% para 6,1%. Além disso, a despesa anual de juros da companhia caiu de R$ 25,6 bilhões em 2016 para R$ 22,3 bilhões.

Métricas de topo — A Petrobras superou a métrica de topo de segurança em 2017. O objetivo inicialmente traçado era reduzir a Taxa de Acidentados Registráveis (TAR) para 1,4 por milhão de homens-hora e o resultado obtido foi de 1,08 por milhão de homens-hora, conforme já anunciado. Com isso, a empresa definiu uma TAR de 1,0 por milhão de homens-hora como métrica para 2018, antecipando em dois anos o atingimento deste indicador em relação ao planejamento estratégico.

A relação entre a dívida líquida e a geração de caixa (Ebitda) saiu de 3,16 em setembro de 2017 para 3,67 em dezembro do ano passado refletindo negativamente na métrica financeira da companhia. Isso se deu em função dos efeitos já explicados da class action e da adesão aos programas de parcelamento de tributos.

Mesmo com esse aumento, a companhia mantém a meta anunciada no planejamento estratégico em outubro de 2016 de reduzir a relação entre a dívida líquida e o Ebitda para 2,5 vezes até o fim de 2018.

Outros destaques de 2017 — Outros destaques de 2017 foram os ganhos de R$ 6,3 bilhões obtidos com a venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), o fluxo de caixa livre positivo, a meta de produção atingida e o aumento das exportações. A companhia também superou todos os apontamentos relativos a fraquezas materiais e apresenta pela primeira vez um relato integrado de suas operações.

Fluxo de Caixa Livre positivo — O fluxo de caixa livre foi positivo pelo décimo primeiro trimestre consecutivo, alcançando R$ 44,064 bilhões, um volume 6% superior ao ano anterior.

Meta de produção alcançada — A companhia bateu pelo quarto ano seguido o recorde de produção no Brasil e alcançou, pelo terceiro ano consecutivo, sua meta de produção. O volume de produção total de petróleo e gás natural foi de 2 milhões 767 mil de barris de óleo equivalente por dia (boe), sendo 2 milhões 655 mil boe no Brasil, mesmo com a venda de ativos no exterior.

A venda de derivados no país declinou 6% em comparação a 2016. A produção foi de 1 milhão 800 mil barris por dia (bpd) e a venda alcançou 1 milhão 940 mil bpd, devido ao aumento das importações por terceiros.

Aumento das exportações — A companhia aumentou em 32% o volume de exportações de petróleo e derivados — a preços mais elevados pela alta do Brent no mercado internacional — e reduziu em 18% as importações. Manteve, ainda, sua posição de exportadora líquida, com saldo de 361 mil barris por dia (bpd) em 2017, contra 167 mil bpd em 2016.

Controles internos — Desde o balanço de 2014, a Petrobras registra apontamentos de fraquezas materiais em alguns de seus controles internos como por exemplo a gestão de acessos e a segregação de funções em sistemas. Estas observações foram completamente sanadas em 2017.

Relato Integrado — segundo a companhia, pela primeira vez, a Petrobras consolida num único processo todas as suas informações de gestão, demonstrações financeiras e de sustentabilidade. O relatório integrado permite que os acionistas e demais públicos de interesse da companhia tenham uma visão completa do impacto das atividades da empresa na sociedade.

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