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16/03/2018 - 07:19

“O Golpe de 2016” : a importância da clareza partidária das universidades brasileiras

Para o Dr. Prof. Rabino Samy Pinto, incluir cursos que apresentem as diversas posições políticas ajudará na criação de debates sinceros, respeitosos e com rigor cientifico.

Recentemente, foi criado um curso na Universidade de Brasília (UnB) na área de graduação das ciências políticas com o título “O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, o lançamento da disciplina teve um desdobramento em outras instituições de ensino, que pretendem incluir o assunto no currículo. Um exemplo é que alguns professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) preparam um curso livre sobre o mesmo tema. A Universidade Federal do Ceará (UFC) e as federais da Bahia (UFBA) e Amazonas (UFAM) também abordaram o Impeachment de Dilma Rousseff. A iniciativa foi duramente criticada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que lamentou o uso do espaço público para promoção de militância político-partidária.

Para o Dr. Prof. Rabino Samy Pinto, assim como não existe uma escola sem partido, não existe uma universidade sem partido. “Acreditar numa instituição educacional apartidária é crer em uma ilusão, uma utopia. O que precisamos é um amadurecimento político das instituições, deixar mais claro as propostas. Penso que o professor titular da cadeira da UnB, Luiz Felipe Miguel, fez o seu dever. É óbvio que há uma leitura para a defesa de determinados partidos e uma crítica para outros. E eu não vejo aqui nenhum problema com isso, a não ser de deixar cada vez mais transparente para a sociedade brasileira que precisamos terminar com esse disfarce de discurso imparcial”, comenta.

Quando se olha as ementas do novo curso da UnB se verifica uma visão bilateral, em que a universidade tira a responsabilidade sobre o tema da matéria, ao deixar claro que a disciplina é facultativa, não obrigatória.

“Termino chamando atenção também às referências bibliográficas do curso. É notório que não há o discurso da imparcialidade e que voltamos a assistir mais um caso de utopia. Em favor da liberdade, da democracia e da justiça social o Brasil, através das suas universidades, precisa ter cursos de visão esquerdista, de visão liberal, e de direita, para dar oportunidade para se criar um debate sincero, respeitoso, com rigor científico e que possibilite que os alunos tenham uma visão unilateral de compreensão do mundo e dos processos políticos”, completa o Dr. Prof. Rabino Samy Pinto.

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