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08/04/2008 - 09:08

Comitiva da Petrobras visita a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa


Aquisição marca entrada da companhia na cadeia produtiva de combustíveis no Japão.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, lidera comitiva da companhia que iniciou no dia 7 de abril visita de quatro dias ao Japão. No último dia 1º de abril, a Petrobras concluiu a operação de compra da refinaria Nansei Sekiyu, localizada em Okinawa, em parceria com a japonesa Sumitomo. Além da visita à refinaria, prevista para o dia 8 (terça-feira) a agenda inclui reuniões com autoridades governamentais e importantes grupos empresariais japoneses, alguns dos quais já mantêm parcerias com a Petrobras.

Gabrielli e os diretores Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Jorge Zelada (Internacional) se reuniram no dia 7 (segunda-feira), em Tóquio, com o ministro de Economia, Comércio e Indústria do Japão, Akira Amari. Durante o encontro, o presidente da Petrobras ressaltou que, com a compra da refinaria, a companhia posiciona-se como investidora no mercado japonês, participando da cadeia de combustíveis daquele país, desde a produção de derivados de petróleo até a importação de etanol.

O presidente sugeriu ao ministro que o governo japonês apóie empresas de seu país interessadas em instalar-se no Brasil com vistas a atender à crescente demanda por suprimentos para a indústria brasileira de petróleo e gás. Citou, como exemplos, as áreas de mecânica pesada, metalurgia e construção naval, entre outras.

O ministro Akira Amari manifestou a satisfação do governo japonês com a nova posição da Petrobras no Japão e expressou a vontade das autoridades de ampliar o uso do etanol, revelando, porém, a preocupação com os aspectos ambientais do cultivo da cana-de-açúcar e seu impacto sobre a produção de alimentos.

De olho no mercado do Leste Asiático - Em entrevista coletiva concedida no primeiro dia em Tóquio, o presidente destacou que a refinaria de Okinawa representa um importante passo na estratégia da companhia de ampliar sua presença no mercado de derivados de petróleo, e também de etanol, no Leste da Ásia. Com capacidade para processar até 100 mil barris de óleo leve por dia, a Nansei Sekiyu processa, atualmente, cerca de 35 mil barris. A Petrobras pretende aumentar gradativamente a produção até a carga máxima, visando, além do mercado japonês, chegar a Cingapura, Vietnã e Malásia, entre outros.

“Temos uma grande operação comercial a partir dos nossos escritórios em Cingapura e Pequim”, lembrou Gabrielli. “Nosso escritório em Tóquio é de representação financeira, mas agora, com a refinaria Nansei, vamos ampliar nossa presença produtiva no setor de petróleo e combustíveis no Japão e no Leste Asiático”, disse.

Gabrielli afirmou que a Petrobras avalia o uso de petróleo pesado na refinaria. “Estamos estudando a possibilidade de crescer a capacidade de refino e permitir o processamento de petróleo pesado nessa unidade”, comentou. O presidente falou também sobre projetos de exportação de etanol para o mercado japonês, lembrando que, no final de 2005, a Petrobras, em parceria com a estatal japonesa Nippon Alcohol Hanbai KK, criou a Brazil-Japan Ethanol, com o objetivo de introduzir o etanol brasileiro no mercado japonês.

No dia 8 (terça-feira), em Okinawa, a comitiva da Petrobras visitará a refinaria Nansei Sekiyu e se encontrará com o governador de Okinawa, Nakaima Hirozaku, e o prefeito de Nishihara (município onde está localizada a refinaria), Arakaki Seiyu. A Nansei Sekiyu tem como sócios a Petrobras (com 87,5% de participação) e a Sumitomo (com 12,5%). Além da unidade de refino, possui um terminal de petróleo e derivados para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três piers com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 toneladas e uma monobóia para navios de até 280.000 toneladas.

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