Mais crédito para morar

Expansão do setor imobiliário amplia número de financiamentos e gera novos mecanismos para encontrar a casa própria .

O mercado imobiliário brasileiro cresce a taxas vigorosas. O crédito concedido ao setor, segundo a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário (Abecip), praticamente dobrou em fevereiro de 2008, na comparação com o mesmo mês em 2007: o montante atingiu a cifra de R$ 478,2 milhões – expansão de 99,5% frente ao período anterior. A carteira de crédito voltada para habitação (isso exclui os grandes empreendimentos) somou R$ 47,1 bilhões no mesmo mês, segundo o Banco Central (BC) – incremento de 1,5% no mês

Tamanha exuberância do setor se reflete na aparição de novas ferramentas que auxiliam os consumidores na compra do imóvel desejado. O Unimob – Universo Imobiliário ( www.unimob.com.br ) –, por exemplo, é um portal que foi criado para ajudar na procura da casa dos sonhos. Com apenas três cliques, o internauta pode encontrar o imóvel que anseia.

O surgimento do Unimob acontece num momento de grande expectativa do segmento no Brasil. Enquanto os Estados Unidos, a maior potência mundial, enfrentam obstáculos por causa da crise dos subprimes (hipotecas com alto risco de inadimplência), o Brasil dá seus primeiros passos no mercado de imóveis.

Atualmente, o crédito imobiliário responde por apenas 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. As projeções da Abecip apontam a elevação dos números para 2,3% em 2008, 3,6% em 2009 e 10% somente em 2015. É pouco, se comparado ao México (11%), Chile (15%) e Espanha (44%). Além disso, a verba destinada ao financiamento da habitação responde por 20% de todo o crédito ofertado no País ao consumidor pessoa física, enquanto que no resto do mundo essa taxa chega a 70%.

O amplo espaço para a expansão do crédito, que anima as empresas do setor a investirem cada vez mais, também pode ser notada no total de unidades financiadas em fevereiro. Ao todo, foram 5.949 imóveis (+74% sobre fev/07). Facilidades, como a diminuição dos juros de financiamento, também influenciam num prognóstico de entusiasmo. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, pode dar descontos de até 1,5% ao ano nos juros – mais um fator animador.