México está na rota de expansão de investimentos de empresários brasileiros

O Brasil, que busca avançar nas negociações de mercado com os EUA, também mira o México.

São Paulo - O México receberá, no dia 8 (terça0-feira), o painel de debates "O NAFTA e as oportunidades do açúcar e do álcool" da Bioenergy Alliance, evento da FMC que reúne, nesta semana, os principais empresários e autoridades em etanol das Américas em um giro pelos Estados Unidos, México e Guatemala. Os debates contarão com a presença da Pemex, Petrobrás, dos ministérios brasileiros das Relações Exteriores e Agricultura, além de representantes do governo mexicano e produtores de açúcar e álcool do México.

Os empresários brasileiros vêem o México como um país importantíssimo na expansão de investimentos e de mercado do etanol: "no México o custo de produção é muito alto e isso pode alavancar muitos negócios para o Brasil como a importação do produto brasileiro ou parcerias com empresas locais para viabilizar a exportação para os EUA", afirma Maurílio Biagi Filho, presidente do grupo Maubisa.

Já o presidente da Trading CPA, Dagoberto Delmar Pinto, salienta que "o México, para os brasileiros, significa isenção de tarifas e aumento real das exportações do produto". Hoje a Trading CPA exporta 500 milhões de litros via Caribe e quer chegar a 1,5 bilhões de litros nos próximos anos.

A expansão para o mercado da América do Norte, em particular para os EUA, foi o tema do debate ocorrido ontem, em Miami (EUA). O painel "As relações Brasil-EUA e oportunidades nas Américas" tratou de temas centrais sobre o atual contexto de expansão e exportação do etanol: inovações para viabilizar a entrada no mercado norte-americano e o questionamento dos mitos veiculados internacionalmente a respeito do etanol.

Roberto Gianetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, propôs uma mudança radical de rumo nos relacionamentos do setor entre governos, produtores e consumidores de etanol no Brasil e nos EUA. Segundo ele, os produtores do Brasil e EUA deveriam se aliar para abastecer o crescente mercado norte-americano de etanol: existem hoje cerca de sete milhões de veículos flex rodando nos EUA, com a adição de 1,5 milhões de novos bicombustíveis por ano. Trata-se de um mercado que os produtores de etanol norte-americanos não conseguiriam suprir sozinhos, o que abriria espaço para o Brasil e baratearia o alto preço de combustível que os prejudica em tempos de ameaça de recessão. | Por: PR Newswire