Temporada de balanços nos EUA anima mercados

Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, analisa a cobertura das principais potências.

Na ausência de uma agenda econômica relevante e um fator político determinante, os mercados passam a olhar a temporada de balanços nos Estados Unidos. Seguindo no otimismo do aumento do lucro corporativo, os futuros do S&P e Dow apresentaram uma alta de 0,7% e 0,4%, respectivamente. Na China, o PIB veio com uma superioridade de 1,4%. No caso da produção industrial, esta veio abaixo do esperado, tendo com estimativa 6,4% e vindo com 6,0%. Os índices de Xangai e Hong Kong encerraram o dia também abaixo da estimativa, com 1,41% e 0,83%.

Já o mercado de câmbio, o índice para o dólar teve um alta, enquanto o do euro uma queda. Ao saírem dados do Instituto Zew o dólar obteve uma valorização em relação ao euro. O Zew ainda apontou que os maiores motivos da queda foram: tensões geopolíticas na Síria e uma provável guerra comercial, esses eventos acabam criando uma incerteza política em relação às firmas alemãs exportadoras. Em relação a produção industrial dos Estados Unidos, houve uma alta de 0,5%. A alta foi suportada graças a uma recuperação na atividade extrativista e a melhora no clima que causa impacto positivo no setor de utilidade básica.

No Brasil, o mercado teve uma alta e tenta se alinhar ao exterior positivo e ao mesmo tempo esquecer as incertezas no cenário eleitoral. Com o dólar e o DI em queda, a alta da bolsa acaba por ter uma grande contribuição das elétricas e do setor de utilidade básica. Com uma agenda econômica vazia, os agentes devem acompanhar o cenário externo.

A Nova Futura Investimentos — Sócia-fundadora da BM&Bovespa, a Nova Futura Investimentos, corretora instituída no ano de 1983, atua nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com uma presença nacional de destaque, a instituição financeira conta com 14 escritórios espalhados por diversas cidades do país.

Em março de 2016, começou seu plano agressivo de expansão para o segmento de varejo, mercado no qual ainda não atuava e, recentemente, assumiu os clientes da parceira PAX, do Grupo Pague Menos, ampliando sua carteira para 9.000 clientes.