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09/05/2018 - 08:09

Petrobras atinge lucro liquido de R$ 6,96 bilhões no 1T18


Melhor resultado trimestral nos últimos cinco anos, com um crescimento de 56% em relação ao mesmo período de 2017, e o pagamento de dividendos aos acionistas no valor de R$ 0,05/ação para ambas as classes de ações, de um valor total de R$ 652 milhões, que serão pagos no dia 25 de maio de 2018.

A Petrobras divulgou seus resultados em uma coletiva de imprensa, no dia 8 de maio de 2018 (terça-feira) em sua sede, no Centro do Rio de Janeiro (RJ). Cautelosos mas com um certo entusiamo falavam do melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões. A companhia também terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.

— Estamos cumprindo à risca o que prometemos no nosso plano de negócios anunciado em 2016 e o resultado do primeiro trimestre mostra que as escolhas têm sido acertadas e que o esforço tem valido a pena. Com este resultado, consolidamos a trajetória de recuperação da Petrobras. Nosso objetivo, e ainda há muito o que fazer, é chegar a dezembro com uma empresa que tem indicadores de segurança entre os melhores do nosso setor, financeiramente equilibrada e com sua reputação recuperada — disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

No primeiro trimestre de 2018, a companhia reduziu a taxa de acidentados registráveis de 1,08 acidentados por milhão de horas trabalhadas no fim de 2017 para 0,95 acidentados por milhão de horas trabalhadas, ligeiramente abaixo da métrica de 1,0 que foi revisada para o fim deste ano. O indicador financeiro, que é a relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, também registrou melhora, saindo de 3,67 vezes para 3,52, reafirmando o compromisso estabelecido no plano de negócios da Petrobras, de chegar ao final do ano com uma relação dívida líquida/Ebitda ajustado de, no máximo, 2,5 vezes.

A principal explicação para o aumento de 56% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado é o aumento nas cotações internacionais do petróleo, que saiu de US$ 53,8 na média do primeiro trimestre de 2017 para US$ 66,8 neste ano. Além disso, a mudança no preço internacional também permitiu que a Petrobras obtivesse margens mais elevadas nas exportações de petróleo e gás natural, assim como na venda de derivados. A empresa também teve ganhos com a alienação de ativos de Lapa, Iara e Carcará no pré-sal da Bacia de Santos.

Por outro lado, houve redução no volume de vendas no Brasil (principalmente da gasolina, em função de maior concorrência do etanol) e queda no volume de petróleo exportado. Os dados de importação de terceiros a partir do primeiro trimestre de 2018, no entanto, indicam que houve mudança na tendência de mercado, com uma redução significativa nas compras de diesel, que caíram de 4.170 mil metros cúbicos no quarto trimestre de 2017 para 2.907 mil metros cúbicos no primeiro trimestre de 2018, levando a uma recuperação da participação de mercado da Petrobras, que saiu de 74% em 2017 para 79% em abril de 2018. Na gasolina, as importações registraram pequena elevação, mas a participação de mercado da companhia aumentou, de 83% em 2017 para 86% em abril de 2018.

A elevação nos preços internacionais do petróleo também levou a pagamentos mais altos de participações governamentais, que subiram de R$ 6,20 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 7,97 bilhões no mesmo período deste ano. As despesas da companhia também foram afetadas pelo pagamento de tarifas para uso do gasoduto da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e pelo impacto da variação de valor das opções contratadas para proteger o preço de parte da produção de óleo.

O desempenho das operações da empresa manteve tendência positiva que já vinha sendo registrada em trimestres anteriores, com um lucro operacional 25% maior que o primeiro trimestre do ano passado, totalizando R$ 17,82 bilhões, com destaque para o início da produção no campo de Búzios, avanço físico na construção das oito plataformas que serão instaladas no Brasil até o fim de 2019, crescimento de 4% nas exportações, menores despesas gerais e administrativas e menores gastos com ociosidade de equipamentos. Já a dívida líquida da empresa diminuiu para US$ 81,45 bilhões, uma redução de 4% em relação ao último trimestre. Com uma gestão ativa da dívida, também foi possível aumentar o prazo médio de vencimento de 8,62 para 9,26 anos e manter a taxa média de juros em 6%.

Com o lucro líquido registrado no primeiro trimestre de 2018, a Petrobras irá remunerar todos os seus acionistas no valor de R$ 0,05 por ação. A distribuição para os acionistas não era feita pela Petrobras desde 2014.

Métricas de topo — A Taxa de Acidentados Registráveis (TAR) foi de 0,95. A métrica prevista para 2018 era de 1,0 por milhão de homens-hora, mas a empresa conseguiu antecipar em dois anos o alcance do indicador em relação ao previsto no planejamento estratégico.

A relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado saiu de 3,67 em dezembro de 2017 para 3,52 em março deste trimestre. Isso se deu em função dos efeitos da Class Action e da adesão aos programas de regularização de débitos federais que afetaram o Ebitda do quarto trimestre de 2017. Sem o acordo da Class Action, o índice dívida líquida/ Ebitda ajustado seria de 3,07. A alavancagem também reduziu de 51% para 49%.

Remuneração aos acionistas com distribuição de R$ 652 milhões — Após decisão do Conselho de Administração, a empresa irá antecipar o pagamento de dividendos na forma de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,05/ação para ambas as classes de ações, valor total de R$ 652 milhões. O pagamento ocorrerá no dia 25 de maio de 2018.

Os principais destaques.: Resultado líquido — O lucro líquido da Petrobras no primeiro trimestre de 2018 foi de R$ 6,96 bilhões, 56% superior ao resultado do primeiro trimestre de 2017, — o melhor desde o mesmo período em 2013— afirmou Pedro Parente.

Produção — A produção total de petróleo e gás natural no primeiro trimestre de 2018 foi de 2.680 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2.582 mil boed no Brasil, 4% inferior em relação ao primeiro trimestre de 2017, refletindo, principalmente, as paradas programadas e o desinvestimento em Lapa.

A companhia aponta que os bons resultados da produção obtidos no trimestre tem a ver com as parcerias com as empresas Total, Exxon, BP e CNPC.

A produção de derivados, no Brasil, caiu 7% e as vendas 9%, em relação ao primeiro trimestre de 2017, totalizando 1.679 mil barris por dia (bpd) e 1.768 mil bpd, respectivamente. Em relação ao quarto trimestre de 2017, houve queda no volume de vendas de gasolina e diesel, em função da menor demanda, embora tenha havido recuperação do market share no diesel, como consequência dos ajustes de preço implementados no final de 2017.

Redução da dívida — A empresa reduziu em 4% a dívida líquida para US$ 81,45 bilhões, em relação ao último trimestre.— disse o diretor executivo financeiro e Relações com os Investidores, Ivan Monteiro.

Exportações — A Petrobras manteve a posição de exportadora líquida, com saldo de 507 mil bpd no primeiro trimestre de 2018 (em comparação com os 489 mil bpd no primeiro trimestre de 2017), em função da redução das importações em 38%.

Fluxo de Caixa Livre positivo — O Fluxo de Caixa Livre permaneceu positivo pelo décimo segundo trimestre consecutivo, atingindo R$ 13 bilhões no primeiro trimestre de 2018, 3% inferior ao ano anterior, principalmente em função do pagamento da primeira parcela do acordo da Class Action e do prêmio para contratação de opções de venda para proteger o preço de parte da produção de óleo.

Lucro operacional — O lucro operacional foi de R$ 17,82 bilhões no primeiro trimestre de 2018, 25% superior ao do primeiro trimestre de 2017.

O diretor executivo de Governança e Conformidade lembrou que a Petrobras sempre primou pela Responsabilidade Social e Ambiental, — uma empresa que sempre apoiou a cultura, a educação, e nos últimos cinco anos, por alguns desvios e vários aspectos não positivos teve que repensar a sua gestão, agora com total compliance, opera com prevenção de riscos corporativos — destacou.

— A Petrobras de hoje é outra, uma companhia com sustentabilidade corporativa — completou Pedro Parente.

Licitações de Plataformas — sobre o futuro da indústria naval brasileira o diretor executivo de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia, Hugo Repsold Júnior disse ao Portal e TV Fator Brasil que há de fato um início de avaliação dos futuros estaleiros para as construções das plataformas, cujos quesitos a serem levadas em considerações são a tecnologia, inovação e gestão. A competitividade estará no centro das negociações, e detalhes estruturais, tributários, trabalhistas serão tratados com os órgãos do setor, governos, etc., mas não vamos mudar uma vírgula para arcar custos, diferenças, ou algo parecido. A companhia não disponibiliza pagar mais que a cotação internaiconal, a disputa terá que ser em igualdade de condições com outros países. Acredito que poderemos ter competitividade na constução naval brasileira, e reerguer novamente este segmento — concluiu o executivo.

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