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11/05/2018 - 08:08

QGEP atinge lucro líquido de R$159,1 milhões no 1T18

Ante R$42,8 milhões no 1T17, em função do aumento do lucro operacional e do recebimento da segunda parcela da venda da participação no Bloco BM-S-8.

A QGEP Participações S.A. (B3: QGEP3), uma das principais empresas do setor de Exploração & Produção, com um portfólio único de ativos de produção, desenvolvimento e exploração de óleo e gás, anunciou em teleconferência no dia 10 de maio (quinta-feira), seus resultados do primeiro trimestre de 2018, encerrado em 31 de março de 2018.

Os destaques financeiros do primeiro trimestre de 2018 foram a receita líquida foi de R$118,8 milhões, 11,7% superior ao 1T17. Esse aumento foi decorrente da maior produção de gás em Manati, que alcançou média diária de 4,6MMm³ no 1T18, 9,5% superior aos 4,2MMm³ registrados no 1T17.

De acordo com os dados divulgados pela companhia, os gastos exploratórios foram de R$14,9 milhões, mais do que o dobro do mesmo período do ano anterior. Os recursos foram dispendidos principalmente para a aquisição e processamento de sísmica que será realizada ao longo de 2018 para os blocos de Sergipe-Alagoas, e estudos metaoceanográficos para os blocos das bacias de Pará-Maranhão e Foz do Amazonas. Os gastos totais foram parcialmente compensados pelo estorno do montante de R$6,8 milhões constatados pela QGEP como um valor não devido após auditoria dos gastos do Bloco BM-S-12, já devolvido à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

— Os custos operacionais totais somaram R$46,6 milhões, 16,3% inferiores ao mesmo período do ano passado, em comparação com os R$55,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, refletindo principalmente as maiores despesas de depreciação e amortização e de royalties, em função do aumento da produção. Em contrapartida, os custos de produção foram menores no período— destaca a QGEP .

A Companhia teve uma redução de 70% nos custos de manutenção na comparação trimestral, atingindo R$3,2 milhões, pois não houve custos relevantes de manutenção não recorrente no 1T18, enquanto no primeiro trimestre do ano anterior, os custos de manutenção alcançaram R$10,9 milhões, em grande parte relacionados as atividades na plataforma de Manati.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$12,9 milhões, aumento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 16,8% em relação ao 4T17. Esse crescimento deveu-se principalmente pelo aumento de custos com pessoal devido a maiores despesas associada à provisão para participação dos funcionários nos lucros e resultados e incremento de despesas com a realização de planos de stock option.

— O Ebitdax no período foi de R$206,8 milhões, comparado aos R$46,4 milhões registrados no 1T17, refletindo principalmente o recebimento da segunda parcela da venda do Bloco BM-S-8. A margem Ebitdax foi de 173,9%. Excluindo esse ganho não-recorrente, o Ebitdax seria equivalente a R$59,2 milhões, beneficiando-se da maior produção, enquanto a margem Ebitdax seria de 49,9%— informa a companhia.

O resultado financeiro líquido foi de R$31,6 milhões, em comparação com os R$19,7 milhões no 1T17. No 1T17, o fundo cambial apresentou performance negativa, consequência da desvalorização do Dólar, enquanto no 1T18, seguindo sua Política de Gestão de Riscos de Mercado, a companhia não possuía aplicação no fundo cambial, já que os recebíveis relacionados à venda do BM-S-8 são denominados em dólares e, portanto, funcionam como um hedge natural para compromissos futuros na mesma moeda. Com isso, o resultado financeiro deste trimestre reflete basicamente a receita financeira de remuneração da taxa CDI para títulos privados e da taxa SELIC para títulos públicos.

O lucro líquido no 1T18 atingiu R$159,1 milhões, comparado a R$42,8 milhões no 1T17, em função do aumento do lucro operacional e do recebimento da segunda parcela da venda da participação no Bloco BM-S-8. Excluindo esse ganho nãorecorrente, o lucro líquido seria equivalente a R$62,0, com margem de 52,2%.

Caixa — Saldo de caixa foi de R$2,2 bilhões ao final do trimestre refletindo a entrada de recursos com a venda do BM-S-8 e os pagamentos relativos aos acordos de farm-out.

A administração da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) comenta os resultados: — No primeiro trimestre de 2018, focamos nossos esforços em iniciar as operações do nosso segundo ativo produtor, o Campo de Atlanta, e investimos no nosso crescimento orgânico, através da participação bem sucedida na 15ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Também neste ano, realizamos uma distribuição extraordinária de dividendos no montante de R$400 milhões, como reflexo do nosso excesso de caixa e reconhecimento aos acionistas.

Do ponto de vista operacional, as equipes técnicas da QGEP, operadora do Campo de Atlanta, trabalharam em conjunto com as equipes do FPSO Petrojarl I para interconectar as linhas de produção dos poços à embarcação, processo que foi concluído de forma segura e bem sucedida no final de março. O primeiro óleo produzido através de um dos poços do Campo ocorreu em 02 de maio, após a conclusão dos testes elétricos e hidráulicos, bem como a obtenção das licenças necessárias à operação. Em função de dificuldades mecânicas com a bomba de fundo do poço e consequente utilização da bomba no leito marinho, esperamos que a produção diária se estabilize em um volume 10% a 20% inferior à nossa expectativa de 20.000 barris de óleo a partir de dois poços ainda no segundo trimestre. No segundo semestre deste ano, o consórcio decidirá sobre a perfuração de um terceiro poço como parte do Sistema de Produção Antecipada (SPA) do Campo. O óleo produzido no SPA será adquirido pela Shell por um preço composto pelo valor de mercado do Brent menos um desconto a ser estabelecido a cada carga, por se tratar de óleo pesado com alta acidez. O fluxo de caixa deste ativo nos primeiros 18 meses de produção se beneficiará de custos operacionais mais baixos, seguindo o aditivo ao contrato firmado com o operador do FPSO divulgado em 2017 pela Companhia.

Os leilões realizados pelo governo federal são essenciais para nossas iniciativas de crescimento orgânico. No primeiro trimestre deste ano, adquirimos mais dois blocos na Bacia de Sergipe-Alagoas, novamente em parceria com a ExxonMobil e a Murphy Oil, ao participar da 15ª Rodada de Licitações da ANP no final de março. Os blocos são adjacentes aos outros quatro blocos que já possuímos em conjunto, com a QGEP mantendo 30% de participação em cada um deles. Este é um excelente posicionamento para nós, por uma série de razões. Em primeiro lugar, nossos blocos são considerados de médio-baixo risco, em função de sua proximidade a várias descobertas já divulgadas pela Petrobras. Em segundo lugar, os prospectos estão localizados em águas ultraprofundas e têm alto potencial de volume, tendo assim alta possibilidade de recompor as nossas reservas. Por último, estreitamos relações com companhias de alto nível por meio desse consórcio, o que assegura a utilização das melhores práticas internacionais da indústria.

Planejamos concluir a aquisição de dados sísmicos para todos os blocos neste ano, e o programa de perfuração, com base na interpretação desses dados, deve ser iniciado ao longo de 2020.

A produção do Campo de Manati alcançou média de 4,6MMm³ por dia nesse primeiro trimestre, em linha com nossas expectativas revisadas. No momento, estamos mantendo nosso guidance de 5,1MMm³ para a produção média diária no ano de 2018, mas reavaliaremos nossas projeções no final do segundo trimestre com base nos níveis de demanda nas próximas semanas, e nas previsões das condições meteorológicas na região Nordeste. Qualquer revisão será realizada no início de julho, quando divulgaremos nossos valores de produção do segundo trimestre para os campos de Manati e Atlanta, aprimorando assim nossas práticas atuais de divulgação.

Conforme reportado anteriormente, a venda do BM-S-8 e os acordos de farm-out nos permitiram restabelecer o programa de alocação de capital ao final de 2017. Levando em conta a considerável redução de nossos compromissos financeiros futuros resultantes dessas ações, a proposta da Administração foi de uma distribuição de dividendos totais de R$400 milhões, ou cerca de R$1,54 por ação. O pagamento desses dividendos foi efetuado em 20 de abril de 2018 a todos os acionistas registrados em nossa base em 11 de abril de 2018.

Continuamos a avaliar oportunidades de investimento envolvendo a aquisição de novos ativos. A QGEP já está inscrita para participar da próxima Rodada de Licitações da ANP, programada para o início de junho deste ano, a qual inclui ativos no pré-sal. A companhia está avaliando a melhor forma de alocação de capital, considerando o retrospecto de bônus das últimas rodadas. Além disso, poderemos avaliar outras aquisições de ativos disponibilizados ao mercado. Dependendo dos resultados, uma potencial segunda distribuição extraordinária de dividendos poderá ser considerada, desde que isso não comprometa nossa posição financeira ou nossos planos de investimento futuro. Enquanto isso, recebemos US$45 milhões no final do primeiro trimestre, relativos à segunda parcela da venda da nossa participação no Bloco BM-S-8 e, neste segundo trimestre, fortaleceremos ainda mais nossa posição de caixa com o recebimento dos R$70 milhões referentes aos nossos contratos de farm-out para os primeiros blocos da Bacia de Sergipe-Alagoas.

Em relação aos blocos das bacias de Pará-Maranhão e Foz do Amazonas, que adquirimos inicialmente com parceiros na 11ª Rodada de Licitações da ANP, e dos quais hoje detemos 100% de participação, iniciamos recentemente o processo de farm-out. Fazemos parte hoje de um setor que está em ascensão no Brasil. O cenário de óleo e gás se tornou novamente atraente para as petroleiras internacionais, dada a abundância de nossos recursos, a flexibilização dos obstáculos regulatórios e o talento técnico que temos no país. Nesse ambiente aprimorado, 2018 promete ser mais um ano de progressos para a QGEP com a adição do segundo ativo produtor, sem deixar de considerar a otimização de nosso portfólio de ativos — conclui

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