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11/05/2018 - 08:42

Precisamos desmistificar a inovação

É quase inevitável. Quando ouvimos a palavra ‘inovação’, automaticamente, nosso cérebro remete a algo altamente tecnológico, feito nos maiores laboratórios do mundo com o auxílio dos maiores gênios da atualidade. Essa mistificação da palavra talvez seja o motivo para que tenhamos tanto medo de inovar. Mas inovação não se limita a alta tecnologia. Inovar é algo que precisa se tornar hábito em nossas vidas, principalmente no ambiente de trabalho.

Não é necessário realizar uma ampla pesquisa para saber que nosso cenário atual é desafiador e só sobreviverão aqueles que estiverem prontos para mudar. Os modelos tradicionais de negócios estão em cheque e não temos escolha a não ser desenhar novas estruturas organizacionais e processos que façam mais sentido em um novo mundo.

Quando olho minha trajetória de atuação nas empresas com o objetivo de melhorar as práticas internas, percebo algo bastante comum em todos os lugares; o medo do novo. É comum. Faz parte do ser humano se acomodar com práticas antigas, que, aparentemente, funcionam, e ignorar a necessidade de mudança pelo período máximo de tempo possível. Como resultado, temos processos enferrujados, práticas que não fazem sentido no mundo em que vivemos e uma dificuldade cada vez maior de se manter competitivos no mercado.

O medo de inovar está nos deixando presos ao passado. E o maior problema disso é que seremos ultrapassados por aqueles que abraçam a inovação e, assim, corremos o risco de nos tornarmos irrelevantes para o mercado.

A inovação é uma prática diária e começa nas pequenas coisas. Você já deve ter inovado seus próprios processos de trabalho para melhorar seu fluxo de tarefas e, provavelmente nem percebeu. E, quando falo que inovação é uma prática diária, o que quero dizer é que precisamos nos acostumar com essa ação, pois, se todos começam a praticar a inovação, aos poucos, ela vai perdendo seu misticismo e se tornando algo habitual entre nós.

O Design Thinking é um método que pode ajudar nesse processo e muitas organizações já constataram sua eficácia. Essa prática, basicamente, tem como objetivo propor soluções com a colaboração de diversas áreas de uma empresa para encontrar soluções para destravar uma etapa do processo produtivo, de onde partir para criar um novo produto ou serviço, solucionar a dor de um cliente etc.

Usar o Design Thinking como parte da elaboração ou reformulação dos modelos de negócios é para os fortes, ou melhor, para quem está disposto a mudanças. É o momento para colocar a mão na massa, testar suposições e ideias, encarar fracassos, voltar à estaca zero. É um processo que requer paciência, pois nem sempre uma só aplicação do Design thinking vai resultar em um plano de ação. Mas é um excelente ponto de partida e pode ajudar as pessoas a quebrarem as barreiras criativas e testes diversas ideias para surgir novas soluções.

Não seremos inovadores se olhamos, percebemos, pensamos e agimos do mesmo jeito, da mesma forma. Só conseguiremos ser mais inovadores quanto mais diversos formos. Por isso, o uso do Design Thinking tem se tornado cada vez mais popular, pois estimula o compartilhamento de ideias e a construção de novas soluções em conjunto, ouvindo ideias de todos os envolvidos e colocando em prática essas ideias mesmo sem a certeza que irão funcionar.

. Por: Marco Ornellas | Perfil — Formado em Psicologia, Dinâmica dos Grupos e Design Thinking, Marco Ornellas é Coach e membro do International Coaching Federation (ICF) e Consultor com 25 anos de experiência. Pai de três filhas e avô de dois netos, mantém-se em constante prototipagem, testando novas abordagens, comportamentos, aprendizagens e soluções. Inquieto por natureza, Marco Ornellas decidiu despir-se de todas as certezas acumuladas em 25 anos dedicados ao desenvolvimento organizacional para redescobrir os desafios, dilemas e oportunidades das áreas de Recursos Humanos na 4ª Revolução Industrial. O mergulho, impulsionado pelo Mestrado em Biologia-Cultural sob a tutela de Humberto Maturana, levou à promoção contínua de rodas de diálogo com os mais diversos atores da sociedade e ao sucessivo redesenho de programas, treinamentos e workshops desenvolvidos pela Ornellas Consultoria.

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