Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

29/05/2018 - 08:29

FCB Brasil apresenta peça teatral inspirada no estudo “Os Medos Que Pairam Sobre Nós”

Desdobramento da pesquisa sobre o medo na contemporaneidade, o espetáculo, intitulado “Kansas”, tem direção e dramaturgismo de Gabriela Mellão.

São Paulo — Em uma iniciativa inédita, será lançada no dia 30 de maio, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, a peça teatral “Kansas”, inspirada na pesquisa da FCB Brasil, “Os medos que pairam sobre nós”, que trata dos diferentes medos do homem na contemporaneidade. Com direção e dramaturgismo de Gabriela Mellão, que participou de todo o processo do estudo, o espetáculo se propõe a retratar sobretudo sensorialmente a pesquisa. A interpretação é de Ester Laccava, Erika Puga, Alexandre Stockler, Clovys Tôrres e Plínio Soares.

O estudo “Os Medos que pairam sobre nós”, realizado pela FCB Brasil em parceria com o Coletivo Tsuru e com a Quantas, analisou os diferentes medos do homem na contemporaneidade, nesta realidade urbano digital. Uma das conclusões é que o fracasso e o medo de enfrentar o novo, medos individuais, são sensações preponderantes entre os brasileiros, depois do medo da violência e do medo da ameaça à vida dos filhos.

“A Gabriela Mellão participou das entrevistas, da pesquisa de campo, das reuniões. Ficou totalmente imersa no nosso Estudo. Agora, por meio da peça, a ideia é que se consiga promover uma experiência sensorial que seja um desdobramento desse trabalho. O objetivo é fazer com que o tema medo seja expresso além das palavras. Estamos muito animados com o trabalho da Gabriela, se inspirando no estudo para criar a peça e com a possibilidade de promover algo tão diferenciado em uma agência”, explica Marcia Neri, VP de Planejamento.

“A ideia de montar uma peça a partir de um projeto de pesquisa me intrigou profundamente, desde o início. A densidade do tema e a preocupação em encontrar a veia positiva do universo do medo me deixaram desconfortável e tive receio de ser pretencioso ou ingênuo. O envolvimento visceral da Gabriela Mellão e a crença inabalável da Marcia Neri produziram uma tradução vibrante do tema. Desde a primeira leitura pública fiquei impressionado com o resultado”, comenta Pedro Cruz, COO da FCB Brasil.

A peça constrói um espelhamento poético das reflexões originadas a partir de discussões teóricas com estudiosos sobre o tema, como o psico-bio-físico Samuel Souza, o sociólogo Miguel Jost e o psiquiatra Paulo Ficks, pesquisador do PROVE (Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência), além do laboratório realizado entre os brasileiros que participaram da pesquisa: 2 mil pessoas, de diferentes classes e localidades do país.

A dramaturgia do espetáculo é fruto de uma colagem de textos de Mellão, de trechos de textos retrabalhados de autores espanhóis Rodrigo Garcia e Angelica Liddell, dois gigantes da nova dramaturgia mundial, entre outros escritores da contemporaneidade, como o poeta Paul Celan.

Com patrocínio da FCB Brasil, o espetáculo fica em cartaz até o dia 4 de julho, terças e quartas, às 20h.

Direção e dramaturgismo: Gabriela Mellão | Com: Ester Laccava, Erika Puga, Alexandre Stockler, Clovys Tôrres e Plínio Soares.| Corpo criativo e colaboração dramaturgica: Ester Laccava, Erika Puga, Alexandre Stockler, Clovys Tôrres, Plínio Soares, Luciana Ramanzini, Aline Santini, Antonio Salvador, Reinaldo Soares, Aline Abovsky, Tono Guimarães e Lutz Gallmesteir | Produção: Fernando de Marchi – De Marchi Produções e Pedro Santos | Iluminação: Aline Santini | Trilha original: Lutz Gallmesteir | Cenografia: Camila Schmidt e Rogério Velloso | Fotografia: Marcelo Uchôa| Coreografia: Reinaldo Soares | Fisioterapeuta/Preparador Corporal: Glauco Muller | Assistente de direção: Tono Guimarães | Operador de som: André Teles | Assessoria de Imprensa: Morente Forte | Realização: FCB Brasil e Gabriela Mellão

Teatro Sergio Cardoso - R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, às terças e quartas, de 30/05 a 4/07, às 20h

O espetáculo — Homens que perderam a confiança em si e no mundo. Homens que vivem ameaçados não apenas pelo que os circundam, mas sobretudo pelo que os constituem. Homens que precisam se defender deles próprios, além dos outros. Homens amortecidos, mofados, petrificados. Homens desumanizados. Homens que são homens, mas vivem como homens-fósseis.

O espetáculo teatral “Kansas” expõe a precariedade da humanidade hoje. Apresenta estilhaços de vida de homens-fósseis. Eles vivem em cena suas buscas incertas por amor, validação, segurança e paz, entre outros alicerces primordiais da existência, enquanto se asfixiam em um aquário humano, ora em desespero ora em anestesiamento profundo.

O título do espetáculo surge em referência a uma frase emblemática de O Mágico de Oz: “We’re not in Kansas anymore”. Evocação do paraíso perdido, Kansas simboliza um lugar que não existe mais, e a falta de segurança, tranquilidade e solidez que acompanha esta privação.

Sem Kansas, o que resta é o medo. Medo deste mundo incerto, regido por ameaças de todos os lados, no qual os seres humanos testemunham o aniquilamento de si próprios ora em desespero ora em um anestesiamento profundo.

O estudo — Vivemos tempos incertos, marcados pelo desmantelamento das instituições, crescimento da intolerância, perda da privacidade, surgimento de hackers, bullies, haters, além de ameaças nucleares. Por outro lado, pressões sociais vêm de todos os lados e cresce a expectativa por uma vida cada vez mais perfeita. A FCB Brasil captou esse sentimento e desenvolveu o estudo “Os Medos que Pairam sobre Nós”.

Além de analisar os diferente medos do homem, o estudo também nomeou os medo-nuvem, que requalificam e impulsionam os medos que sentimos.

Embora a violência e a preocupação com os filhos continuem sendo os medos mais latentes – algo compreensível no contexto atual do país –, o medo do fracasso e de enfrentar o novo afligem mais da metade da população (78%). Estes medos incluem nuances como medo de decepcionar a pessoa que ama, medo de falhar como exemplo de pai/mãe, medo de não ser feliz, medo de fracassar individualmente, medo de perder o emprego, medo de injustiça.

O estudo também mostra que, embora os medos possam ter um efeito paralisante, os brasileiros elaboram seus medos, seja racionalizando ou compartilhando, para conseguir seguir em frente.

Avaliou-se também o papel das marcas nessa atmosfera de medo e como podem atuar para que as pessoas enfrentem seus medos. As seguintes categorias foram pesquisadas: bancos, automóveis, telecom, internet, seguros e cuidados pessoais. As marcas do mundo digital, como Google, Facebook, YouTube, Instagram e Twitter, são as que atuam mais fortemente nessa direção contra o medo.

O campo foi realizado entre maio e agosto de 2017. Foram feitas mais de 50 entrevistas na rua, questionários abertos on-line com mais de 230 respostas, entrevistas com 7 especialistas e um questionário final quantitativo com 2.088 entrevistas on-line, que teve como público-alvo a população Brasil ABC, 13 anos ou mais.

A metodologia qualitativa contou com entrevistas em profundidade com especialistas de diversas áreas como Psico-Bio-Física, Psiquiatria, Antropologia e Psicologia e Sociologia. | medo.fcbbrasil.com.br/estudo

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira